Barbosas do sec. 14

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Barbosas do sec. 14

#7273 | Carlos Silva | 20 jul 2001 17:58

Caros colegas,

Identifico uma Brites Barbosa (no Felgueiras gaio, titulo de Barbosas §29 N20) que me parece dar origem a numerosas familias nos arredores de Coura (onde os Barbosas foram e sào hoje numerosos).
Segundo o nobiliario de Felgueiras Gaio, Brites Barbosa era filha de Gonçalo Fernandes Barbosa, senhor de Marrancos, Aborim e Brandar.
Segundo Felgueiras Gaio esteve Gonçalo Fernandes Barbosa em aljubarrota, e na defesa do castelo de Neiva contra Pedro Rodrigues Sarmento (nas guerras Fernandinas suponho).
Matou o abade de Carvoeiro, o que parece ser motivo da "ruina" de sua casa (pelo facto de ter um seu apaniguado roubado um colar de ouro no cadaver do abade, o que transformou uma vingança privada em crime de ladrào).
Casou com Brites Correia, filha de Fernào Afonso Correia, senhor de Farelàes.

Brites Barbosa casou (?) com Estevào Gonçalves Justeiro ou Gesteiro, talvez criado ou capelào de seu "sogro", ou seu privado, ou homem importante de Coura .... segundo alguns membro da familia dos Novais, ou Varelas de Salamanca... chamado Justeiro por ser grande justador, ou por ser natural de Gesteira (Coura)ou por outro motivo.

Brites Gonçalves teve mais filhos de Vasco Gonçalves, clérigo.

Os dados parecem interessantes mas confusos. Gostava de saber se alguem tem estudado a familia : Gonçalo Fernandes Barbosa, Brites Barbosa, Estevào Gonçalves Justeiro ...

De modo geral estou interessado em obter informaçào sobre os Barbosas no sec. 14, que nào é o periodo favorito dos linhagistas e genealogistas que tratam da familia Barbosa.

A localizaçào dos lugares mencionados : Aborim, Brandar e Marrancos, tambem interessa.

Desde ja obrigado

Carlos Silva

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RE: Barbosas do sec. 14

#7342 | Vasco Jácome | 22 jul 2001 23:02 | Em resposta a: #7273

Caro Carlos Silva

Não lhe sei responder ao principal da sua questão. Posso é fazer alguns comentários aos Barbosa.

1) Comparação de Gayo com as “Linhagens Medievais“ de José Pizarro (Vol. 1 pg 515 e seguintes). Este segundo autor começa a sua genealogia em:

NUNO SANCHES DE BARBOSA cc TERESA ÁLVARES DE SOVEROSA (Gayo §1 N13):
1- Pedro Nunes de Barbosa, que segue
2- Sancha Nunes de Barbosa cc Abril Pires de Lumiares

PEDRO NUNES DE BARBOSA cc ELVIRA MARTINS DA MAIA, que tiveram:
1- Nuno Pires de Barbosa cc Teresa Anes Correia ss, mas com um bastardo
2- Martim Pires de Barbosa, que segue
3- Álvaro Pires de Barbosa ss
4- Fernão Pires de Barbosa c 1ª c Teresa Nunes Chacim ss, a 2ª c Estevainha Fernandes Barreto ss, apenas com um bastardo.
5- Soeiro Pires de Barbosa cc Maria Gomes da Ribeira cs
6- João Pires de Barbosa, com um bastardo legitimado
7- Mafalda Pires de Barbosa
8- Maria Pires de Barbosa
9- Sancha Pires de Barbosa, todas freiras em Arouca.

MARTIM PIRES DE BARBOSA cc ALDA LOURENÇO DE BERREDO, que tiveram:

MARTIM MARTINS DE BARBOSA, o Velho, cc MARIA MARTINS ZOTE, que tiveram:
1- Fernão Martins de Barbosa, que segue
2- Nuno Martins de Barbosa
3- Martim Martins de Barbosa, o Moço, cc Margarida Anes de Urrô cs (Gayo §160 N16)
4- Sancho Martins de Barbosa cc Inês Afonso Pimentel “de quem teve filhos, mas cujos nomes ignoramos.”
5- Sancha Martins de Barbosa cc Pero Anes da Cunha
6- Guiomar Martins de Barbosa, freira em Arouca
7- Ouroana Martins de Barbosa

FERNÃO MARTINS DE BARBOSA cc MOR AIRES DE TOROSELHO, que tiveram
1- Senhorinha Fernandes de Barbosa cc Martim Esteves
2- Alda Fernandes de Barbosa
3- N. Fernandes de Barbosa

Portanto, existem sérias divergências com o que está escrito nos Nobiliários, incluindo com o de Sousa da Silva. Será que podemos aceitar que Sancho Martins de Barbosa é o mesmo Sancho Pires de Barbosa N15 do ttº do Gayo e que este faz irmão do pai? Estará pelo menos correcta a descendência deste casal? Julgo que José Pizarro quando diz não conhecer os filhos, se refere a fontes documentais e não a nobiliários.

2) Locais de que pede informações

ABORIM: a Torre de Aborim, situada na freg. de Quintiães, Barcelos, é um dos edifícios tidos com como ligados aos Barbosas, com traços de arquitectura medieval e que ainda hoje existe. Pode ser vista em www.monumentos.pt. Sobre a genealogia deste ramo de Barbosas, além de Gayo, encontra algumas gerações descritas num trabalho de Domingos de Araújo Affonso publicado no “Distrito de Braga”, Vol. I da 2ª Série (V) – 1975 – Fasc. I-II-II-IV, pg 94 e seguintes. Encontra também na árvore 61 e 64 de Canaes de Figueiredo, com alguma continuação na apostilha 61 das “Últimas Gerações” (Vol. I, pg 321). A Torre de Aborim também está na obra de Artur Vaz Osório da Nóbrega “Pedras de Armas e Armas Tumulares do Distrito de Braga”, no vol. de Barcelos Aquém-Cávado.

COUTO DE BRANDAR: não sei ao certo do que se trata, mas dado que parece ligado a Ponte de Lima, será a freg. de Brandara?

MARRANCOS: é uma freg. de Vila Verde (estrada Braga-Ponte de Lima) e que foi do antigo concelho de Portela de Penela (ou Portela das Cabras). Aqui se situa o Paço de Marrancos dos Velho de Barbosa, que pelo casamento a 13-5-1807 de António Martinho Velho de Barbosa e Fonseca com D. Maria Emília Lopes de Azevedo Pinheiro Pereira de Sá, senhora do Solar de Azevedo, veio a passar a ser a varonia dos Condes de Azevedo. O 1º titular era filho deste casal. Pode ver a genealogia deste ramo no Gayo (recuando) a partir do ttº Azevedos §1 N27; ttº Costas §124; ttº Machados §19; ttº Aranhas §23; ttº Barbosas §1 N19 e §28 N20 e ainda no Vol. XI, Costados I, árvore 179.
Também a árvore 51 da obra de Canaes de Figueiredo e a respectiva apostilha nas “Últimas Gerações” (vol. I pg 278) abarcam esta família.

Cumprimentos,

Vasco Jácome

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RE: Barbosas do sec. 14

#7360 | Carlos Silva | 23 jul 2001 11:34 | Em resposta a: #7342

Caro Vasco Jàcome,

Obrigado pela muito interessante resposta (mais uma vez), que li com prazer, embora nào responda directamente a tào dificil questào.
Jose Sotto Maior Pizarro é realmente um autor que merece a maior atençào. Nào consigo por enquanto o endereço da go.to (de sua precedente mensagem) mas sempre posso arranjar alguem no Porto para ir à livraria Esquina (As raras vezes em que estou no Porto vou à Livraria Almeida e Sousa, rua de Ceuta, mas devo crer que nào arranjei ainda a "livraria perfeita").
Se nào me engano, o método de J. Pizarro consiste em revisitar os nobiliarios à luz da documentaçào.
Afinal nào é diferente o meu objectivo genealogico. Revisitar a ascendencia proposta por Felgueiras Gaio, Souza da Silva ou Carvalho da Costa, solidificar o edificio … nào à luz de documentos medievais, que nào me é permitido, antes de mais porque nào o saberia fazer, mas por via de estudos, transcriçoes de documentos …confirmando ou nào.
Quanto aos lugares que eu desejava identificar, confesso que tencionava saber deste modo se os Barbosas tinham um presença (patrimonial ou residencial) nas terras de Coura antes de Brites Barbosa.
Agradeço sua paciencia em responder com tanto pormenor.

Melhores cumprimentos

Carlos P.M.M. da Silva

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RE: Barbosas do sec. 14

#85918 | IZA LUSO BARBOSA | 10 mar 2005 16:59 | Em resposta a: #7273

Caros Confrades

Um dos meus problemas de há anos está precsamente na minha ascendência Barbosa.
O mais longínquo antepassado de meu trisavô Custódio Ferreira Barbosa é Gaspar Barbosa e sua mulher Isabel Lopes que se diz serem de Gandra, Valença do Minho( julgo tratar-se de uma freguesia de Paredes de Coura).
O filho deste casal - Manuel Barbosa, meu antepassado - deverá ter nascido cerca de 1670 uma vez que contraiu um primeiro matrimónio na Freguesia da Vitória, Porto, a 19 de maio de 1693, com Maria João, filha de João Alvares e de Maria Thomé. Depois de casado veio habitar no lugar de Bouçô, S. Cristóvão de Rio Mau- que creio ser a terra de naturalidade de Maria João - onde teve 5 filhos e onde sua mulher viria a falecer a 21.12.1722. Depois de viúvo contraiu segundo matrimónio em Vila do Conde com Maria Manoel, a 21.12.1728 de quem descendo.

Será que Gaspar Manuel e Isabel Lopes poderiam ser os que são referidos na Pedatura Lusitana?

Para esta questão muito gostaria de ouvir a Vossa opinião. Obrigada

Iza Barbosa

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