1º Dezembro e o Expresso
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1º Dezembro e o Expresso
Leram a miserável crónica "A falsificação do sentimento patriótico" publicada no Expresso de 2 de Dezembro?
Escrevi-lhes o seguinte:
Caro senhor diretor
Foi com perplexidade e indignação que li a crónica "A falsificação do sentimento patriótico" no vosso jornal de 2 de Dezembro, agora que acabo de me aposentar, e estive, pela primeira vez, na comemoração do 1 de Dezembro. É espantoso que o articulista tenha escrito o que escreveu, parecia um texto encomendado de Madrid com o propósito não de denunciar a "falsicação", mas antes concorrer para promover a aniquilação do sentimento patriótico português.
E tanta inverdade e esquecimento deliberado. A guerra foi fácil para os Portugueses porque a Espanha estava envolvida na Guerra dos Trinta Anos, "esqueceu-se" o cronista que este conflito acabou em 1648, com o tratado de Vestefália, enquanto que a guerra da Restauração prosseguiu até 1668, e que vieram tropas de todo o Império Habsburgo sobre nós, além dos combates no ultramar contra holandeses e franceses. Portugal era igual a Espanha numa união dinástica, então porque eram espanholas as guarnições dos principais fortes nacionais? E o cronista nunca ouviu falar do conde de Olivares e do seu projeto sobre Portugal? Os Portugueses não aderiram logo à revolução, mas não havia telemóveis à época, todos aderiram à medida que se soube o que aconteceu, senão como seria possível resistir e vencer? E nem uma palavra para todos aqueles que morreram por Portugal em 28 anos de guerra...
O cronista tem o cuidado de dizer que lhe podem chamar o que quiserem, todavia não há nada a chamar, foi ele mesmo que se autodesqualificou como português e envergonhou quem o leu.
Sérgio Sodré
Carcavelos
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RE: 1º Dezembro e o Expresso
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Os portugueses resignados têm aquilo que merecem!!!
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RE: 1º Dezembro e o Expresso
Caros participantes
Aconselho o jornalista do Expresso a ler "Levanamentos populares do Algarve em 1637-1638 - A repressão" do Prof António de Oilveira da Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra, e depois vir reafirmar o escreveu.
Cump.
A.Correa
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