Marinhos de Moulães

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Marinhos de Moulães

#32609 | Eduardo Albuquerque | 02 jan 2003 11:15

Caro “Confrade” António Bivar,

Aqui passo a transcrever os documentos que possuo referentes a Moulães, S. João de Longos Vales, Monção.

Com os meus melhores cumprimentos,

Eduardo Albuquerque

Resposta

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RE: 1520 aforamento da Quinta de Moulães

#32610 | Eduardo Albuquerque | 02 jan 2003 11:17 | Em resposta a: #32609

1520 Outubro 2

Aforamento feito por D.Vasco Marinho a Lançarote Falcão e mulher, D. Joana Marinho, do Casal de Jusão, quinta de Moulães.

A.U.C. Universidade de Coimbra, Fazenda, Documentos Relativos ao Mosteiro de S. João de Longos Vales, Dep. IV, Secção 1ª E, Estante 23, Tab. 4, nº 4.

FELGUEIRAS GAIO, Marinhos, § 13, nº 13.

Casal de Jusão que he a quinta de Moulains /
Prazo feito a Lançarote Falcão de hum Casal sito Em Moalans /

Saibão quantos este Estromento d aforamento E novo praso virem como Eu Dom Vasco Ma / rinho protonotario E arcediago de Bermoim E comendatario do mosteiro de São / João de Longavares que he termo da Villa de Moncão cõm E outorgamento de Eitor Alvarez / prior Castreiro do dito mosteiro E João pirez conego do dito Mosteiro que ao presente no / dito Mosteiro mais não ha que todos Estamos presentes E outorgantes no cabido do mosteiro por som de campaã tangida segundo ahi E costume do dito mosteiro damos E / aforamos a Vos Lancarote Falcão fidalgo da casa del Rei Nosso Senhor morador na dita Villa de Moncão que presente estais E a Vossa molher Joanna Marinha não presente ambos / Em humã vos E mais a duas vozes que pos vos vierem que por todas Seião tres vozes E / Segundo ordem E figura de dereito E mais não . s . vos aforamos por as ditas / tres vozes . s . aste nosso casal que he do dito Mosteiro de S. João que se chama o casal / de Jusão Sito no couto do dito Mosteiro onde chamão Moulães termo da dita Villa de / Moncão o qual tem as casas E herdades E propriedades Seguintes

# primeira / mente humã casa telhada E humã adega colmada E hum curral palheiro E hum lagar / tudo colmado E huma Eira E huma cortinha que levara huma quartilha de Semeadura /

# mais hum talho de herdade que Entesta contra o nascente na Eira E contra / o poente cõm humã Vinha de João de Xame E parte pelo caminho que vay da aldea de / Moulães E leva dous alqueires de Semeadura E merece de remda hum alqueire

# / hum cãmpo que esta na cortinha que entesta na Vinha de João de Xame E da outra parte / cõm o campo do Valido E parte cõm humã leira de Afonso da quinta da parte do nascente / E leva de Semente dos alqueires E val de renda cinquo alqueires

# no prado de / Sa a cortinha humã leira que parte cõm João de Xame, contra o norte, da outra parte / cõm o casal do Ameal de hum Seu prado contra o meo dia E entesta contra o nascente / no campo da Cortinha E contra o poente entesta na rigueira, E leva de / Semeadura dous alqueires E meo merece de renda alqueire E meo

# o campo do / moinho que parte de humã das partes cõm o rigueiro E da outra parte cõm o giestal E en / testa cõm o nascente cõm o prado E da outra parte vay entestar no moinho E / levara de Semeadura tres alqueires E meo, E mais hum giestal a sima deste / campo que parte cõm outro giestal asima deste campo E parte com outro gi / estal de Velhas contra o meo dia E leva de Semente cinquo alqueires de Semente /

# hum talho que iaz em Samõnde que iaz no prado de João de Xame que leva / de Semeadura meo alqueire de pão E todo merece dous alqueires

# mais na veiga / de Moulães hum tereeo que vay de cabo a cabo que entesta na quingosta E da / outra parte vay pello monte E parte da parte de Sima cõm Fernão de Moulães / E João de Xame, E da parte do poente parte cõm humã leira do casal do ameal / E leva de Sementadura tres buzios merece Seis alqueires

# outra leira a cancella / que Se chama Agamõnda que parte cõntra a outra leira de fernão de Moulães E / de longo a longo vay Entestar no caminho E da outra parte contra o nas / cente parte cõm o caminho que vay para o Sobral Entesta de baxo cõm a herdade / do dito casal E leva de Semente des alqueires merece dous alqueires

# mais outra / leira derdade que Se chama barreiro cercada Sobre si E parte a Veiga de //

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//Moulães E da outra parte cõm o giestal de Velhas contra baxo E contra o nascente / Entesta no caminho que vay para o Sobral E levara de Semente quatro buzios / merece quatro alqueires

# mais abaxo desta herdade ias hum chão de / Sobral que parte cõm outro Sobral de Pedro de Crasto que levara de Semeadura / des alqueires E merece meo alqueire

# Na veiga de Moulães humã leira de / de Vinha que parte cõm a quingosta E da parte do meo dia parte cõm a Vinha de / João de Xame ate a quingosta que vay dar Em Moulães E parte desta / mesma parte contra o meo dia E poente cõm a Vinha dos do Carril E levara / de Semeadura esta Vinha 4 alqueires de pão E merece de renda Seis alqueires

# / Humã herdade Em pinheiro que parte cõm João de Xama E entesta cõm herdade / de Velhas de baxo E em sima Entesta cõm o caminho que vay para o Sobral E / leva de Semente dous buzios de pão de renda merece hum alqueire E meo

# mais / 2 cavaduras de Vinha na Veiga de Moulães que parte cõm a Vinha de constãnca / de Rial contra o meo dia E poente E da outra parte cõm a Vinha de João / de Xame E entesta na parte do nascente cõm a Vinha de João de Cellas E levara dous / alqueires de Semeadura E merece hum alqueire de renda

# mais outra leira / de Vinha que parte cõm Vinha de Fernão de Moulães E da outra parte de sima com / constãnca de Rial de longo a longo E entesta da parte do nascente cõm leira de / Vinha do casal do ameal E da outra contra o poente Entesta na quingosta / que vay para Nogueira a qual Vinha ate hora trazia Maria Rodriguez levara de / Semeadura cinquo alqueires merece tres alqueires

# mais hum pedaso de toial / nenhas queda (?) que levara de Semente Seis alqueires merece cõm a Eira E / Saida E casas sobreditas hum alqueires E meo de Semeanco de renda, o qual / casal E propriedades sobreditas nos aforamos pelo dito tempo de tres vozes /cõm suas agoas E Saidas E entradas E pertencas que lhe dereitamente perten / cem E tudo o mais que ao dito casal pertencer cõm tal freite E condicão / que todo lavreis E aproveiteis em tal guisa que Sempre melhore E não peiore / por mingoa de bom lavor E benfeitorias E que nos dedes de renda E / pensão Em cada hum anno vos E vossas vozes ao dito Mosteiro 9 buzios / de pão meado . s . meo milho E meo centeo que he a soma da avaliacão / asima decrarada do merecimento da renda que em alqueires soma trinta E / Seis alqueires de pão tudo pago por dia de Paschoa de resureicão de cada hum / anno os quais me pagareis ma des reis por alqueire que hagora he sua / verdadeira Valia qual vos ou Vosas Vozes mais quizerdes todo asi Em / pão ou Em dinheiro no dito mosteiro de S. João E pacos delle Em pas E em / Salvo Segundo foy todo Visto E apegado pela carta de Vadoria do muito / honrado alvaro annes abbade de Luzio E Vigairo antre Lima E / Minho da qual o teor della da verb ad verba tal he como ao diãnte Se Segue / Alvaro annes abbade de Luzio E Vigairo entre Lima E minho pelo reverendo E m (?), / padre Senhor Dõm Diogo de Sousa por merce de Deos E da Santa igreia Arcebispo E Senhor / da Cidade de Braga primas das Espanhas a vos honrado Eitor Alvarez / E João Afonso Saude Em Deos Sabede que o Senhor Vasco Marinho comendatário / do mosteiro de S. João por si E em nome de Pedro Marinho comeñdatario //

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// do mosteiro de S. João de Longavares me Envia dizer que elle queria aforar / os bens E propriedades que trazia Afonso gracia que deos aia das Calles E o logar / que tras Rui de pandozes que estão Em Moulães que São do dito Seu Mosteiro / de S. João me requeria que lhe mãndasse passar Sua carta de Vedoria / E eu Visto Seu requerimento E visto como vos Sois homeñs de Sans conciencias / que o fareis bem E como cumpre a Servico de deos vos cometo minhas vozes E / poder que vos cõm dous outros homeñs bons E de Sans consciencias dando lhe / iuramento dos Santos Evãngellos que bem E verdadeiramente elles com vosco E vos / cõm elles vades ver E apegar os ditos bens E propriedades E do que / por vos E pellos ditos dous homeñs boñs achardes que vallem de renda Em ca / da hum anno ao dito mosteiro de S. João me Fareis a Fabor por nossos asinados / ou por asentura publica para tudo ver E fazer dar suas autoridades aos / Foros E prazos Segundo que Sua Senhoria Em Suas constituicõens mãnda dada / Em a lapa aos 17 dias do mes d abril Mosem Ianes a fez anno de / mil E quinhentos E vinte annos. Por verdade da qual vos afora / mos o dito casal E propriedades Sobreditas delle como dito he pelo dito / preco Segumdo foy Visto o dito Casal E propriedades delle, pelos ditos / Eitor Alvarez E João Afonso que presentes estavão cõnteudos na dita carta / E homens bõns que para ella tomarão Segundo forma da dita carta Rui de / Pandozes E Fernão de Moulães E aveadores homeñs de Sans conciencias / moradores no dito couto que bem conhecem o dito casal E propriedades delle / E obrigamos os bens do dito mosteiro a vos fazermos este Foro bom E de / pons Em toda ins tria (?) durãnte as ditas vozes pagando adita pencão, com / prindo as coñdicões deste foro como dito he E de cõm este foro nos defender / mos E empararmos a direito de quem quer que nollo Embargar quiser / asi da nossa parte E mosteiro como da estranha, E os ditos Eitor Alvarez E João Afonso clerigos que presentes estavão disserão fe que elles pela cretude (?) da / dita carta tomarão os ditos Rui de pandozes E Fernão de Moulães la / vradores por serem, homeñs de Sans concienciencias E que lhe derão iuramento / dos santos Evãngellos E cõm elles iurão o dito casal E propriedades delle / E pello dito iuramento o pozerão na dita avaliacão E os ditos fernão de / Moulães E rui de pandozes que presentes estavão disserão que elles / pelo iuramento que feito tinhão E lhe fora dado pelos ditos Eitor Alvarez / E João Afonso clerigos virão o dito casal E apegarão E avaliarão na / dita renda E que mais não merecia pelo que conhecião o dito casal / E propriedades delle E sabião bem que era bem avaliado na dita / renda E o qual iuramento os ditos clerigos derão aos ditos homens / bons perante mim tabalião E testemunhas abaxo nomeadas E asignadas / nesta nota E as ditas partes aforantes E foreiro Sobreditos …(?) //

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// nunqua cõntra este fora irão nem virão Em nenhum tempo Em parte n…(?) Em todo E / indo que lhes não valha E que de pena Em nome delle para que a parte Esto seia / guardante des cruzados d ouro E a pena paga ou não que este foro sera sim /Esttavel durãmte as tres vozes E mais o dito Lamcarote Falcão que presente / estava Em seu nome E de sua molher 1a vos E duas que pos elles vi / erem obrigou si E Seus bens a pagar a dita pencão como dito he E / comprir as condisões deste foro E em testemunho de verdade dello mãndarão / ser feitos Seos tres estromentos ambos de hum theor que foy feito E outorgado / no cabido do dito mosteiro Sobredito aos 2 dias do mes d outubro do anno do nas / cimento de Nosso Senhor Jesu CriXto de 1520 annos A qual carta E so asinada / pelo dito provisor E ficou a propria Em poder do dito lancarote Falcão E / o dito D. Vasco marinho por passar mal desposto E iazer Em cama na dita Villa / não Esteve ao presente deste foro porem as mais pessoas aqui nomeadas estiverão / presentes E aSinarão aqui testemunhas que presentes forão Alvaro Afonso / filho de Luis Afonso clerigo de Missa E joão Cordeiro filho de Jose diaz E lopo Gonçalvez filho de Gonçalo de lira E eu tabelião a dita carta concertei / cõm o dito Lancarote Falcão por saber ler E eu Fernão Rodriguez Tabeliam publico do / judisial del Rei Nosso Senhor na dita villa E termo de Moncão que o escrevi.

Com os meus melhores cumprimentos,

Eduardo Albuquerque

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RE: 1585 Matrícula de Ordem de Ant.º Marinho

#32611 | Eduardo Albuquerque | 02 jan 2003 11:20 | Em resposta a: #32610

1585 Abril 16

Matrícula de Ordem de António Marinho

A.D.B. / U.M. Matrículas de Ordens, Pasta XIII, Caderno 8, fls. 108 e 108 v.

Prima tunsura somente

Antonio Marinho filho de donosor ma / rynho e de sua molher Isabell d almeyda da / freguesia de São João de Longua Vares deste / diocese fixado ha dita Igleia

Com os meus melhores cumprimentos,

Eduardo Albuquerque

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RE: 1585 Matrícula de Ordem de Ant.º Marinho

#32613 | Eduardo Albuquerque | 02 jan 2003 11:21 | Em resposta a: #32611

1585 Abril 15

Matrícula de Ordem de António Marinho

A.D.B. / U.M. Matrículas de Ordens, Pasta XIII, Caderno 8, fls. 126.

Primeiro grao das quatro menores
hostiario

Antonio Marinho filho de donozor marinho / e de sua molher Isabel d almeida da fregue / sia de São Johão da Comarca de Vallença des / te diocese

Com os meus melhores cumprimentos,

Eduardo Albuquerque

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RE: 1585 Matrícula de Ordem de Ant.º Marinho

#32614 | Eduardo Albuquerque | 02 jan 2003 11:21 | Em resposta a: #32613

1585 Abril 15

Matrícula de Ordem de António Marinho

A.D.B. / U.M. Matrículas de Ordens, Pasta XIII, Caderno 8, fls. 128.

Segundo grao das quatro menores
Lector

Antonio Marynho filho de donozor ma / rinho e de sua molher Isabel d almeida / da freguesia de São Johão da Comarca de Va / llença fixado há dita Igleia

Com os meus melhores cumprimentos,

Eduardo Albuquerque

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RE: 1586 Matrícula de Ordem de Ant.º Marinho

#32615 | Eduardo Albuquerque | 02 jan 2003 11:22 | Em resposta a: #32614

1586 Março 22

Matrícula de Ordem de António Marinho

A.D.B. / U.M. Matrículas de Ordens, Pasta XIII, Caderno 8, fls. 163 e 163 v.

Terceyro grao das quatro /
Menores exorgista/

Antonio Marinho filho de donosor //
// Donosor Marinho defuncto e de sua molher Isabel d almeida da freguesia / de São Johão de Longua vares comarqua / de vallenca

Com os meus melhores cumprimentos,

Eduardo Albuquerque

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RE: 1586 Matrícula de Ordem de Ant.º Marinho

#32616 | Eduardo Albuquerque | 02 jan 2003 11:23 | Em resposta a: #32615

1586 Março 22

Matrícula de Ordem de António Marinho

A.D.B. / U.M. Matrículas de Ordens, Pasta XIII, Caderno 8, fls. 165 e 165 v.

Quoarto grao das quatro /
Menores acolito /

Antonio Marinho filho de donosor //
// Donosor Marinho e de sua molher Isa / bell d almeida da freguesia de São / Johão de Longua vares comarqua / de vallenca

Com os meus melhores cumprimentos,

Eduardo Albuquerque

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RE: 1598 Casamento de João Marinho

#32617 | Eduardo Albuquerque | 02 jan 2003 11:25 | Em resposta a: #32616

1598 Janeiro 25

Casamento de João Marinho e de D. Filipa de Lira

A.D.V.C. Registos Paroquiais, freguesia de Santa Maria dos Anjos, Monção, livro misto nº 2, fl.

FELGUEIRAS GAIO, Marinhos, § 22, nº15.

A vinte, e çinco dias do mes de Janeiro do anno de noventa, e / oito Reçeby no Mosteiro de s. francisco desta Villa João mari- / nho filho de João marinho e de sua molher Isabel lopez / da freguezia de s. João de longovares com felipa de lira / filha de gregorio garçia nogerrol ia a defuncto, e de joanna / de lira desta Villa forão testemunhas o p.e Antonio pereira / Manoel d araujo, Manoel Soares de Moscozo, e outros / muitos / Cristovão Rebello

Com os meus melhores cumprimentos,

Eduardo Albuquerque

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RE: 1613 Óbito de D. Isabel de Almeida

#32618 | Eduardo Albuquerque | 02 jan 2003 11:26 | Em resposta a: #32617

1613 Janeiro 6

Óbito de D. Isabel d’ Almeida

A.D.V.C. Registos Paroquiais, freguesia de São João de Longos Vales, Monção, livro…nº, fl…

Aos seis dias do mes de Janeiro de / Seiscentos e treze annos falleceo / Isabel d almeida de Moulaes fez / manda ut supra / Francisco Gonçalvez

Com os meus melhores cumprimentos,

Eduardo Albuquerque

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RE: 1615 Escritura afecta à Capela N.ª Sr.ª Esp.

#32619 | Eduardo Albuquerque | 02 jan 2003 11:29 | Em resposta a: #32618

1615 Agosto 8

Escritura de doação e hipoteca à Capela de Nossa Senhora da Esperança, sita na quinta de Moulães, de uma vinha, sita no casal de Menanços, Mazedo e outros bens, pelo P.e António Marinho Falcão.

Outorgada em Pias, nas casas de morada do Reitor perante o tabelião Diogo Soares.

CALDAS, JOÃO AFONSO, Monografia de S. João de Longos Vales Monção., fl 125-126.

A.D.B. / U.M., Registo Geral, Livro 12, fl. 153, 153 v e 154.


Papeis da hermida de nossa s.ra da esperança sita na /
freguesia de são João de Longovares:-

Saibão quantos este estromento de doação e hipoteca pura e ire / vogavel a que o dereito chama entre bibos virem que no ano do na / cimento de nosso senhor Jesu christo de mil seiscentos e quinze anos aos / oito dias do mês de agosto do ano sobredito em o lugar de santiago / de pias que he termo da villa de Monção nas casa da morada de / Antonio marinho Falcão reitor do mosteiro de santiago de Pias em / pessoa de mj tabellião e das testemunhas ao diante nomeadas pareceo / o dito Antonio Marinho pello qual foi dito que elle por sua devoção tinha / feito hua capella de abocação de nossa senhora da esperança na sua quin / tão de moulais que he na freguesia de são João de longovares termo da dita / villa e que era sua tenção que a dita capella fosse encrecimento e nella se / dissesse missa e assi pera fabrica da dita capella e ornato della elle / fazia pura e irevogavel hipoteca da sua vinha que elle tem em menanços / freguesia de mazedo que serão doze cavaduras de vinha dizimo a / Deus sem della se pagar nada a pessoa algúa que parte do nacente com //

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// vinha do seu irmão gaspar d almeida e do poente com caminho o qual / vai de enxertada pera menanços e do norte com caanpo(?) de Antonio(?) / d araujo do vendaval com o dito caminho a qual vinha rende- / ra em cada hum ano mais de des mil reais Livres e forros dos gas- / tos a qual vinha hipotecada senão podera vender, trocar, cam- / bar nem partir antes andara com hua so pessoa que seia a que ne-(?) / La que elle nomear e dali por diante pello modo que elle assentar pe- / ra que pella dita vinha se fabrique a dita capella com mais a / obrigação que elle lhe puser e deste dia pera todo sempre estara / obrigada a dita capella e fabrica della dando licença o senhor Ar- / cebispo pera que nella se possa dizer missa e obrigaba sua pessoa / e bens a que agora nem em tempo algum não iria contra esta do- / ação e hipoteca em parte ou em todo e que vindo que não lhe valha e assi / o outorgou e o assinou e eu tabellião como pessoa publica aceitei / esta doação e hipoteca em nome da dita capella e da pessoa ou pessoas / a que toca e tocar possa estando a todo presentes por testemunhas Francisco gonçalvez / filho que ficou de Francisco gonçalvez de pinheiros e gregório gonçalvez filho de João / gonçalvez de boroca do termo da dita villa que todos assinarão eu Diogo Soares tavalião que o escrevi o qual treslado de doação e obrigação a / cima e atras escrita eu Diogo Soares tabellião do publico e iudici- / al por el rei nosso senhor nesta villa de monção e seu termo fis tresla- / dar de meu libro de notas sem cousa que duvida faça e aqui meu sinal publico sem direito.

Posse

Saibão quantos este estromento / de posse dado por virtude da doação atras virem que no ano do naci- / mento de nosso senhor Jesu christo de mil e seiscentos e quinze anos / aos vinte e oito dias do mês de setembro do dito ano na freguesia / de mazedo no aral de menansos na vinha conteuda na doação a / tras onde eu tabellião cheguei que he termo da villa de mon- / ção e dei posse da dita vinha da doação a christovão re- / bello reitor da villa de monção conforme ao despacho atras / do vigairo de balensa a qual posse lhe dei da vinha real au - / tual e corporal sem contradição de pessoa algúa e o dito cris- / tovão rebello aseitou em nome da dita capella a qual vi- / nha parte com as confrontações conteudas na doação atras / testemunhas que forão presentes manoel pereira morador no lugar de / Lapella deste termo e joão anes criado de João Lobato de castro / que todos assinarão eu Diogo Soares tabellião do publico e iudi- / cial por el rei nosso senhor na villa e termo de monção escrevi e assi / nei de mau sinal publicvo pagou nada: christovão rebello, de Manuel //


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// pereira de João anes:

Provissão

Nos o Arcebispo prismas de Bra- / ga etc avendo respeito ao conteudo na petição atras de Antonio Mari- / nho reitor da igreja de santiago de pias da comarca de valença / e a escritura iunta de doação e certidão de como a hermida / da invocação de nossa s.re da esperança situada no lugar de mou- / lais da freguesia de são João de longovares esta decentemente ornada / e fabricada pera nella se poder dizer missa pella presente lhe dou Licença / que nella possão alevantar novo altar e diser missa, e a dita es / critura se registara no livro do registo geral e esta nossa pro- / vissão e escritura se juntara ao livro da igreja matris pera / que visitando nos ou nossos desembargadores, vigarios e visitado- / res saberemos se a dita hermida esta fabricada de maneira que nella / se possa decentemente celebrar o culto divino dada em braga sob / nosso sello e sinal do Reverendo Doutor Aleixo de moraes governador e / provisor e vigario geral deste nosso Arçebispado aos nove dias do / mês de outubro de mil e seiscentos e quinze anos feleciano de / carvalho baxll e escrivão da camara da dita comarca e admi- / nistração de valença a fes Ao sello quatrocentos reais Ao escri- / vão sessenta A qual provissão e o mais escrito eu o conego / Valeriano d’Alfaro tresladei dos próprios bem e fielmente / a que me reporto com os quaes os consertei e com ont.o abaixo / assinado e por verdade assinei aqui dia, mes, e ano ut supra / Valeriano d’ Alfaro:-

Com os meus melhores cumprimentos,

Eduardo Albuquerque

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RE: 1615 Casamento de Marinha Rodrigues

#32620 | Eduardo Albuquerque | 02 jan 2003 11:30 | Em resposta a: #32619

1615 Novembro 15

Casamento de João Gonçalves e de D. Marinha Rodrigues

A.D.V.C. Registos Paroquiais, freguesia de São João de Longos Vales, Monção, livro misto nº 1, fl .

Aos quinze dias do mes de novembro de / seiscentos e quinze Casei na forma do / Sagrado Concilio Tridentino a Joam gonçalvez filho / de Pedro gonçalvez d ourilhe(?) Com Marinha / Rodriguez filha de Payo Rodriguez de Velhas / testemunhas Joam Falcão, Gaspar d almeida / e Joam marinho e outros muitos desta freguezia / a stação da missa do dia dos freigueses / ut supra / Francisco Gonçalvez

Com os meus melhores cumprimentos,

Eduardo Albuquerque

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RE: 1616 Óbito de Pedro Marinho

#32621 | Eduardo Albuquerque | 02 jan 2003 11:31 | Em resposta a: #32620

1616 Abril 11

Óbito de Pedro Marinho

A.D.V.C. Registos Paroquiais, freguesia de São João de Longos Vales, Monção, livro misto nº 1, fl .

Aos onze dias do mes de Abril de seis / centos dezaseis falleceo Pedro marinho / ...(?)…fez manda / Francisco Gonçalvez

Com os meus melhores cumprimentos,

Eduardo Albuquerque

Resposta

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RE: 1619 Óbito de D. Isabel Lopes

#32622 | Eduardo Albuquerque | 02 jan 2003 11:32 | Em resposta a: #32621

1619 Outubro 17

Óbito de D. Isabel Lopes

A.D.V.C. Registos Paroquiais, freguesia de São João de Longos Vales, Monção, livro misto nº 1, fl .

FELGUEIRAS GAIO, Marinhos, § 22, nº 14 (?)

Aos dezasete dias do mes de Xoutubro de / seiscentos e dezanove annos falleceo Isa / bella lopez de Moulaes fez manda / herdeiros e testamenteiros seus filhos Joam / marinho e Balthasar marinho ut supra / Francisco Gonçalvez

Com os meus melhores cumprimentos,

Eduardo Albuquerque

Resposta

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RE: 1619 Casamento de D. Joana Marinho

#32623 | Eduardo Albuquerque | 02 jan 2003 11:34 | Em resposta a: #32622

1619 Outubro 22

Casamento de Gregório Fernandes e de D. Joana Marinho.

A.D.V.C. Registos Paroquiais, freguesia de São João de Longos Vales, Monção, livro misto nº 1, fl .

Aos vinte e dous dias do mes de feveiro / de seisçentos e dezanove annos Casei / na do sagrado Concilio Tridentino / a Gregorio Fernandez de Santa Maria de linhares / do Reino de Galiza Com Joana / marinha filha de Joana marinha de / moulaes desta freguezia estando por / testemunhas Gregorio esteves de Moulaes e / Pedro marinho, filho de João marinho / e Gregorio Falcão filho de João Falcão / todos d Moulaes desta freguezia / ut supra / Francisco Gonçalvez

Com os meus melhores cumprimentos,

Eduardo Albuquerque

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RE: 1619 Casamento de Luís Marinho de Lobeira

#32624 | Eduardo Albuquerque | 02 jan 2003 11:35 | Em resposta a: #32623

1619 Novembro 30

Casamento de Luís Marinho de Lobeira e de D. Francisca de Amorim.

A.D.V.C. Registos Paroquiais, freguesia de São João de Longos Vales, Monção, livro misto nº 1, fl .

Ao derradeiro dia do mes de novembro / de seiscentos e dezanove annos Casei na / forma do sagrado Concilio Tridentino a Luís ma / rinho de loveira filho do Vaco da quinta / e de sua molher Maria sanches desta freguezia / Com Francisca d amorim filha de Afonso de lugo / e de sua molher Maria Lopez da Villa / de Monção forão testemunhas Domingos gonçalvez / Coadiutor desta igreia, Domingos gonçalvez de / Valverde, francisco gomes feitor neste / mosteiro e outros mais ut supra / Francisco Gonçalvez

Com os meus melhores cumprimentos,

Eduardo Albuquerque

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RE: 1638 Procuração de João Gomes Marinho

#32626 | Eduardo Albuquerque | 02 jan 2003 11:36 | Em resposta a: #32624

1638 Janeiro 13

Procuração de João Gomes Marinho e de Simão Marinho

A.D.V.C. Registos Notariais, Monção, 4º Ofício, Livro de Notas de Gonçalo Rodrigues Caldas, 1638, Janeiro 13 - 1638, Dezembro 17, 5.7.1.3, fl.s 1, 1 v. e 2.

fl.1

Procurasão de João Guomes marjnho da nogueira e de sjmão /
marinho e de sua molher de souto fiscal de são João

SajBão Coantos este estromento de procurasão bastante viren / que no ano do nasjmento de nosso Senhor Jeshus cristo de mil e seis / sentos e trinta e ojto anos aos trese dias do mês de janeiro / no lugar da ermjda na casa dea diguo de João Gomes / marinho que he sita na freguesia de canbezas e termo da / Villa de monsão ahj en presença de mim tabeliam e testemunhas ao diante / nomeadas pareserão presentes e outorgantes o dito João Guomes / marinho Veuvo e morador na aldea diguo sua quinta da nogueira e asj / seu genro e filha sjmão marjnho e sua molher paula / falcoa moradores na alldea de souto fiscal todos da freguesis / de são João de longuo Vares do termo da dita Villa / pessoas por mim tabeliam conhesidas e por ellas foj dito que fasião / perperavão (?) e constetuhião per seu serto e en todo bas / tantes procuradores com libre e geral admenistrasão a seu filho / jrmão e cunhado padre sebastião marinho Falcão cleriguo de / misa morador na dita freguesia de são joão de Longuo vares / mor todes da(?) prezente para que en nome delles cons //

______________________________________#_____________________________________
fl. 1 v.

// tuintes e de cada hun delles Representando suas mês / mas pessoas se posa obriguar ao Lesenseado marcos de / nis da sidade de bragua ou a outra coallquer pesoa que / for a todo o custo que fiseren as letras da viguajra / ria do salvador de canbeses que nelle seu filho jrmão / e cunhado e procurador bastante sebastião marjnho Falcão / tem Renunsjado Reverendo vigario da dita igreja sebas / tião allvares e pera a tall obriguasão e seguridade / e pagua do custo das ditas letras que avião de vir de / Roma da dita viguajria para elle seu procura / dor outorgar todos e coaisquer escreturas que pedidas / lhe foren e asjnalas com todos as obriguasonis / e clauzulas e penas e desaforamentos que foren nesesarios / para boa seguridade da tal obriguasão e lhe davão poder para na tall escretura ou escreturas poder / obriguar as pessoas e bens deles constetujntes e en / espesjall os tersos de seus bens asj moveis como / rais com Reserva que cada coal fasia de des mil reais / para deles poderen testar per suas almas e de todo o sobre / dito e para todo o mais que nesesario for para a seguridade e pa / gua das ditas letras posa elle seu procurador obrj / gar se en nome deles constetujntes asj da maneira que / lhe for pedido per que todo e com bastante poder eles cons / tuintes e cada hun deles para todo e se outro tan / to davão consedião e outorguavão ao dito seu procura / dor com libre e geral admenistrasão e se obriguavão / consuas pessoas e bens moveis e rais avjdos e per aver a todo o fej / to e asjnado e outorguado na dita escretura ou escreturas //

______________________________________#______________________________________
fl. 2.


// da dita obriguasão pelo dito seu procurador todo averen por bem / firme e valioso como se eles a todo presentes forão posto que de / direito se Reg.a suas presensas pesoais ou outro coalquer man / dado espesial e de o tjraren a paz e en sallvo do carego / do satisdasão e asj o diserão e outorgarão emandarão ser / feito o presente estromento de procuracam bastante estando pre / zentes por testemunhas francisco d araujo barbosa morador na quinta da enxer / tada freguesia de mazedo do termo da dita Villa o que / ella constujnte paula Falcoa per não saber escre / ver rogou asjnase per ella e asjnou a seu roguo estando / mais por testemunhas Gonçalo esteves morador na alldea de souto fiscal / da dita freguesia de são joão de longuo vares e Goncallo / anes morador no dito luguar da ermjda do termo da dj / ta Villa que todos asjnarão com elles constetujntes / Gonçalo Roiz tabeliam que ho esprevi / Francisco d araujo barbosa / Joam Guomes / simão marinho / de gonçalo + anes testemunha / gonçalo seteves

Com os meus melhores cumprimentos,

Eduardo Albuquerque

Resposta

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RE: 1647 Procuração de D. Maria Correia

#32627 | Eduardo Albuquerque | 02 jan 2003 11:38 | Em resposta a: #32626

1647 Abril 10

Procuração de D. Maria Correia de Moulais.

A.D.V.C. Registos Notariais, Monção, 2º Ofício, Livro de Notas de António da Silva, 1646, Abril 07 - 1648, Abril 23, cota 5. 7. 2. 17. fl.s s/n.

quitação e obrigação de maria Correa


Saibão quamtos este estromento de obri / gação e paga e quitação ou como em derej / to milhor lugar aia viren que no ano do nasi / mento de nosso Senhor Ihsu Xpo de mil e / seissentos e corenta e sete anos aos des / dias do mês de abril no lucutorio de São / Francisco desta villa de monção ahj perante / tabelião e testemunhas ao diante nomeadas e / asinadas pereserão prezentes e outor / gantes a saber lionor baptista vigaira / do ditto combento pella madre abbadeça / star doente em cama Antonia de São gi / raldo e lianor de S. Paullo discreptas / deputadas pera todas as couzas do di / tto Combento e maria Correa dona viuva de mu / laes de S. Joam de lomguo vares e por ella / ditta maria Correa foj ditto que elle me / tera feira a ditta digo a sua irmã / isabel de magalhais no ditto Combento / de seus bens que vendera e de hum cazal / que lhes dera ao ditto Conbento e lhe fica / va pera ella e seus filhos os bens que / tinha a ditta isabel de magalhais de / que lhe fisera doação e dera o ditto cazal / ao Combento em prezo de corenta e sin / co mil o qual esta sitto em Santa / marinha termo de valadares de que / se paga Coatro fanegas e meia e hum / Cabrito e trinta reis em dinheiro e porque ella ti / nha pago todo o dote e sãocristia / e alimentos e propinas e não estava / devendo couza algua e pera lhe da / rem plena quitação queria se obrigava / a lhe fazer o ditto cazal sempre bom / e asj pella ditta maria correa foj ditto //

______________________________________#______________________________________
fl.

// Se obrigava por sua pesoa e bens moveis E / rraiz avidos e por aver a lhe fazer sem / pre o ditto cazal bom libre e desem / bargado de toda a pesoa que enpe / dir ou embargar quiser e a lho segurar / e pellas dittas vigaira e discrettas foj / dito a davão por quite e libre ou todos / seus erdeiros d oie pera todo o sempre / do dote da ditta sua irmã por estarem / pagas e satisfeitas de todo o dote / e sãocristia e alimentos epropinas / e tinhão tudo en sua mão e asi lhe davão / de tudo plena paga e quitação d oie / pera sempre e se obrigavão por suas / pesoas e rendas do combento a numqua / lhe ser mais pedido couza alguma em re / zão do ditto dote por tudo estar paguo / e asi o diserão e outorgarão e aseitarão / e mandarão fazer o prezente que asinarão / e eu tabeliam o aseitei estando por testemunhas / felix pereira de castro o p.e francisco de lira de / paços manuel marinho Antonio da silva tabelião / e declarou ella maria correa obrigava a fa / zer o ditto cazal bom o seu terso o sobre / ditto asinarão e testemunhas o sobreditto o sobre / dito tabelião leonor Baptista / antonia de são / geraldo / maria correa / lianor de são paulo / Manuel marinho Falcão / Felix Pereira de Castro / Francisco de lira de paços

Com os meus melhores cumprimentos,

Eduardo Albuquerque

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RE: 1647 Doação de D. Isabel das Chagas

#32628 | Eduardo Albuquerque | 02 jan 2003 11:39 | Em resposta a: #32627

1647 Abril 11

Doação de D. Isabel das Chagas ( Isabel de Magalhães).

A.D.V.C. Registos Notariais, Monção, 2º Ofício, Livro de Notas de António da Silva, 1646, Abril 07 - 1648, Abril 23, cota 5. 7. 2. 17. fl.s s/n.

Doação que fes isabel das chagas


Saibão qoantos este estromento de doação cauza / dotis Remuneratoria entre vivos ou como em / dereito milhor vigor aia e diser se possa virem / que no ano do nasimento de nosso senhor Ihsu Xpo / de mil seissentos e corenta e sete anos aos / onse dias do mês de abril no lucutorio de São //

______________________________________#______________________________________
fl.

// Francisco da villa de monção ahj perante mim / tabeliam e testemunhas ao diante nomeadas pareserão / prezentes e outorgantes isabel de ma / galhais novicia no ditto combento filha / que ficou de gaspar d almeida de moulais / pesoa de min tabelião conhecida E / por ella foj ditto que seu cunhado francisco / de Caldas barbosza e sua molher maria / correa sua irmã se desfiserão e venderão / sua fazenda pera Remedio e dote / do mostejro della novicia isabel de / magalhais que ja estava paguo no dito / Convento e por estar agredesida disso / e pella tam boma obra que nisso lhe / fiserão dissse Doava e fazia doação / cauza dotis Remuneratoria que o de / reijo da entre vivos a ella ditta sua / irmã maria correa viuva e pera seus filhos e seus / dotes que lhe ficarão do dito seu cunhado / francisco de Caldas e della sua irmã de to / dos seus bens moveis e rrais avidos e por / aver d oie pera todo sempre libre / e desenbargado de toda apesoa por / ser seu o que fazia de seumoto proprio / e de libre vontade e sem constrangimento / de pesoa alguma e somente Reser / vava pera sj dous mil e Coatrosentos / reis os coais lhe pagarião pera sua tença / em cada hum ano por dia de são miguel / de setembro em dinheiro de contado moeda / corrente deste Rejno de prata posto / e paguo no ditto Combento en sua mão / en vida tam somente della doadora / e dotadora que se lhe pagarão do cam / po da cortinha Com tal Comdição que / não se lhe pagando a ditta tença podera / ella aRendar o ditto campo e delle pa / gar se da ditta tença dos dittos Dous dous / mil coatrosentos reis e o Remanesente //

______________________________________#______________________________________
fl.

//


Com os meus melhores cumprimentos,

Eduardo Albuquerque

Resposta

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RE: Marinhos de Moulães

#32636 | abivar | 02 jan 2003 12:51 | Em resposta a: #32609

Caro Eduardo Albuquerque,
Não sei como lhe agradecer por todos os interessantíssimos documentos que pôs à minha disposição, para além das magníficas imagens da capela de D. Vasco Marinho; noto, entre muitas outras informações preciosas, que existem documentos do Mosteiro de S. João de Longos Valles no arquivo da Universidade de Coimbra. Eu só conhecia o fundo da Torre do Tombo de onde já tinha extraído algumas informações acerca deste núcleo familiar; em particular, de facto já me tinha dado conta de que o "Dionísio" dos nobiliários era de facto chamado "Donosor", mas pergunto-me se os dois nomes se podiam considerar "sinónimos", e se de facto os Dionísios (também aparece um Damião) que encontro na descendência da "minha" Grácia Rodrigues podem ou não ser um indício favorável à filiação conjecturada do "meu" João Falcão. Entre os filhos que encontrei da Catarina Marinha filha de João Falcão de Moulães temos os seguintes nomes: Manuel, Sebastião, Isabel, Catarina, António, Ângela, etc.; parecem de facto repetir um padrão de nomes familiar aos Marinhos Falcões descendentes de Donosor Marinho, de acordo com Gayo e documentos disponíveis. Mais uma vez muito obrigado e desejo-lhe um óptimo Ano Novo; fico à disposição para quaisquer troca de informações que considere relevantes.
Com os melhores cumprimentos,
António Bivar

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RE: Marinhos de Moulães

#32643 | Eduardo Albuquerque | 02 jan 2003 15:58 | Em resposta a: #32636

Caro António Bivar,

Dos muitos documentos que possuo relativos a Marinhos, grande parte, foram já dados a público, neste “site” respectivamente em:

- família marinho falcão, cujo acesso é http://www.geneall.net/P/forum_msg.php?id=3225 ;

- Família Marinho Falcão II, endereço electrónico http://www.geneall.net/P/forum_msg.php?id=4579 ;

Nestes dois tópicos encontrará, por certo, outras surpresas, nomeadamente, em documentos referentes a D. Vasco Marinho.

Estou a trabalhar, neste momento, noutros relativos a D. Vasco, mas porque se encontram em latim bulático cursivo e muito abreviado, a sua transcrição não tem sido tarefa fácil.

Destes darei notícia no momento oportuno.

Reportando-me, agora, a fundos documentais referentes à personagem em questão, verifica-se uma grande dispersão.

Em Braga no A.D.B / U.M. encontram-se muitos documentos quer no Fundo Monástico Conventual – Societas Jesu – relativos a S, João de Longos Vales, quer no Registo Geral respeitantes a confirmações de igrejas, quer no registo de Ordens, quer em Inquirições de Genere...;

Em Viana do Castelo, no Arquivo da Câmara Municipal, encontrará incorporados todos os manuscritos pertencentes a Luís Figueiredo da Guerra, com muitas informações preciosas, e, evidentemente no Arquivo Distrital, encontrará os registos paroquiais e notariais de Monção e seu termo.

Em Coimbra, no A.U.C., encontram-se vários pergaminhos do século XVI, um incluso com a assinatura autógrafa de D. Vasco Marinho, de que disponho de digitalização, e muitos outros relativos a S. João de Longos Vales, no núcleo da Fazenda da Universidade.

Em Lisboa, no A.N.T.T para além da consabida legitimação dos filhos de D. Vasco em 1511, pelo Rei D. Manuel I, no corpo cronológico encontrei muitos documentos referentes ao genro Lancerote Falcão, e ao pai deste, Tristão Francês.

E dos quarenta Livros que aí se guardam de S. João de Longos Vales, dei uma vista de olhos muito a correr pelos primeiros nove, neles tendo encontrado muitos aforamentos do século XVI, que por ausência de tempo disponível não transcrevi.

Penso que neste núcleo documental ou no registo de ordens de Braga poderá estar a solução do seu problema.

Se quiser ter a gentileza de sucintamente me indicar, a cronologia, o local, os autores e o tipo dos documentos encontrados por si na T.T. ficar-lhe-ei muito grato.

Agradecendo a atenção dispensada, subscrevo-me com os meus melhores cumprimentos,

Eduardo Albuquerque

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RE: Marinhos de Moulães

#32668 | abivar | 02 jan 2003 20:09 | Em resposta a: #32643

Caro Eduardo Albuquerque:
Mais uma vez muito obrigado pela sua mensagem e por todas as novas informações, para além das que eu já tinha avidamente retirado dos tópicos acerca de Marinhos Falcões, que, como bem conjecturou, muitas surpresas me reservavam, não sendo a menor a verdadeira ascendência Falcão de Lançarote Falcão, que eu totalmente desconhecia (para além do que diziam, pelos vistos erradamente, os nobiliários). Aconteceu-me há minutos um pequeno desastre, pois quando estava a transcrever para esta resposta algumas informações por mim retiradas de documentos da Torre do Tombo acerca destas linhagens, tudo desapareceu (pelo que julgo ter percebido, tem a ver com a passagem das 19h...). Sendo assim, aqui vai novamente o que me parece que poderá encerrar novidades para si (agora seguramente escrito num tratamento de texto...):

- Mosteiro de S. João de Longos Valles, Lº 2 (tombos ordenados a 26/9/1550):

fls. 46 a 49v: Casal de Moulães: ref. a João Marinho, Pero Falcão, João Falcão, "dóozor marinho", Vasco Marinho.

fls. 66 a 68: Quintaã de Moulães: ref. a Pero Falcão como possueiro.

fls. 284v: nova data: 17/1/1594

fls. 324v : Campo da Coutada: ref. a "prazo...feito por Vasco Marinho comendatairo que fora do dito mosteiro".

fls. 341v a 344v: Herdades da pedra ladra (?), Leira da vinha na Veiga de Moulães, Casal da Nogueira: ref. a Izabel Lopez, Isabel dalmeida, Catarina Soares, João Falcão, Joana Marinha, todos de moulães.

fls. 353v: Quinta de Fayão: ref. a Diogo Soares (morador em Viana), pai de Antº de Abreu (menor de 14 anos).

fls. 365: ref. ao Vasco da Quinta (de Souto Fiscal), sendo Afonso da Quinta a 1ª vida no prazo.

- Most. S.J.L. Valles, Lº 34

fls. 338 (11/4/1523): ref. a Pº Marinho, Cavº da Ordem de Cristo e Comendador do mostº de S. J. L. Valles.

fls. 340v: ref. a Vasco Marinho "pay delle comendador".

fls. 614 (29/4/1630): Sentença contra o Juíz dos Orfãos João Rodrigues Villarinho obrigando-o a ser possueiro do Casal da Terrada.

Esta sentença foi para mim uma descoberta essencial, pois a fls. 615v/616 declara o Juíz dos Orfãos "... lhe não pertençia ha tall peSoa//ria por ter dado em dote a seu gem/Ro Julliam Fernandéz ha metade/do campo gramde que se cha/mava de Fragua...", completando a informação a fls. 615: "...por coanto a metade do/campo grande dera ha seu gemro em/ Dote com huã Sua filha...". Ora são também meus ascendentes um Julião Fernandes Villarinho e sua mulher Grácia Rodrigues, que por diversos indícios desconfiava serem próximos parentes da família do meu outro ascendente Juíz dos Orfãos; com esta referência fico seguro que se tratava de uma filha e genro. Os assento de Segude (onde se situa a Terrada, local de residência do Juíz dos Orfãos) começam cerca de 1617, pelo que o assento de baptismo de Grácia Rodrigues não consta deles (ou se trata da primeira filha, ou de uma filha anterior ao casamento com Catarina Marinha que ocorreu em 1616, portanto apenas catorze anos antes desta sentença judicial). Tenho muitas informações acerca da vastíssima descendência destes casais que se estende por diversas freguesias de Monção com os apelidos Villarinho, Marinho Falcão, Sousa Lobato, Caldas Lobato, Sousa, Sá e Sousa, Caldas, Rodrigues de Caldas, etc.

Tenho outros apontamentos relativos ao Casal de Villa Boa (Mostº de Paderne, Livro 10, etiquetado na lombada como "Paderne 12", fls. 277, por finais do sec. XVII); interessam-me devido aos Villarinhos, mas também aparecem Marinhos. O acima referido Julião Fernandes Villarinho era deste lugar, bem como uma das linhas de Gomes Villarinhos meus ascendentes; se lhe interessar posso dar-lhe mais pormenores.

Também encontrei entre os documentos que colocou no tópico "Marinhos Falcões" o dote do meu tio-antepassado Pedro de Caldas e Sousa, casado com Ângela Marinha Falcão; tenho diversas informações acerca da descendência e ascendência deste casal (são ascendentes dos Moscosos da Brejoeira, dos Caldas do Largo do Caldas de Lisboa, etc.; o apelido Caldas destes últimos provém de um tio paterno de Pedro de Caldas chamado Sebastião de Caldas, como o pai que era vigário de Badim, mas também descendem de Pedro). O meu ascendente por esta linha, irmão de Pedro, chamava-se Leandro de Caldas Castro e era afilhado de Leandro de Queirós Pereira, da Quinta do Hospital de Ceivães também referido em documentos por si colocados no atrás referido tópico; o meu Leandro era casado com uma Caetana Maria Sarmento, filha de Inácio Rebelo e de D. Jacinta Antónia Lobato (ou Sarmento ou de Castro, tudo nomes com que aparece referida, sempre com o "Dona"), misterioso casal de que desconheço a ascendência, mas responsável pelo "Pereira" dos meus "Pereira Caldas" ("dos Condes de Silves"). Mas já estou a derivar, pelo que penso ser altura para acabar esta resposta, ficando estes assuntos talvez para outro tópico!
Com os melhores cumprimentos,
António Bivar

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RE: Marinhos de Moulães

#32676 | Eduardo Albuquerque | 02 jan 2003 22:50 | Em resposta a: #32668

Caro António Bivar,

Venho agradecer a sua precedente e muito prestimosa mensagem, bem como toda a atenção dispensada!

Por momentâneo “embaraço” de tempo, a ela me voltarei a reportar brevemente em momento oportuno.

Com o meu muito obrigado, os meus melhores cumprimentos,

Eduardo Albuquerque

Resposta

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Descrição da Q.ta de Moulães

#39323 | victória | 07 abr 2003 14:42 | Em resposta a: #32609

Caros Confrades

Aqui deixo a descrição da Quinta de Moulães:

No passado sábado após ter visitado na Igreja Matriz de Monção o túmulo de D. Vasco Marinho, rumei a S. João de Longos Vales, e descobri a Quinta de Moulães, sita no lugar do mesmo nome.

O acesso é difícil, feito por estradas secundárias, daquelas onde dois carros não se cruzam e os antigos caminhos foram cobertos pelo moderno alcatrão.

Chegado a Moulães, nada mais vejo do que uma meia dúzia de casas, modificadas por claras influências estrangeiras, de gosto duvidoso, e nada me parece relevante.

Assemelha-se a um lugar fantasma, não há pessoas nem vestígios de alguma capela, à primeira vista.

Parecem frustradas as minhas expectativas sobre Moulães. Aparece então uma senhora, que depois de questionada me indica uma casa, incaracteristica, mas típica desta região do Minho que é chamada Casa da Quinta de Moulães. Esta casa, sem qualquer tipo de ornato ou arquitectura digna de nota tem à sua frente uma pequena casinha, de uns 3 a 4 metros de largura, coberta por um telhado recente, sem acabamento, como se de um armazem ou palheiro se tratasse. Essa mesma edificação, composta por porta principal, na fachada e duas janelas nas paredes laterais, é a sobredita Capela de Moulães. Nenhuma cruz atesta a presença de um local de culto. A mesma senhora me disse que foi há pouco mais de 6 anos feita a cobertura de telha e madeira, pois sempre se lembrou da dita capela em ruínas, sem telhado, descrevendo-me mesmo que no lugar da pia de água benta as galinhas da quinta punham os seus ovos e aí nasciam os pintos. Nunca se lembra de lá terem existido imagens, e já tinha a dita senhora mais de 60 anos. Ai se Lançarote Falcão e Joana Marinho soubessem!!!...

Da quinta nada mais restam do que pequenos campos divididos pelas tradicionais "partilhas".

Cerca de um quilómetro acima, depois de passados os campos fica a Nogueira, do João Gomes Falcão e Catarina Alvares. Lá nada existe de antigo ou velho.

Com um grito, pode-se comunicar de Moulães para a Nogueira e vice-versa.

Cerca de 500 metros abaixo da capela, situa-se a Veiga, a mesma dos aforamentos.

E nada mais de relevante tem Moulães, apenas a memória de uma Quinta que foi grande, mas que se encontra confinada a pequenos campos.

Pertence, actualmente, ao Reverendo Padre Bento Caldas, Pároco da Freguesia de Bela, em Monção, herdada por parte do pai.

Com os melhores cumprimentos

Eduardo Domingues

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RE: Descrição da Q.ta de Moulães

#39327 | abivar | 07 abr 2003 15:06 | Em resposta a: #39323

Caro Eduardo Domingues:

Muito obrigado pela sua comovente descrição desses vetustos locais. Registo a coincidência de ser o actual proprietário um sacerdote de apelido Caldas, quando a minha ascendência do Alto Minho me chega pelo meu bisavô também Caldas, descendente por varonia e por outra linha de um sacerdote, Sebastião de Caldas, Vigário de Badim (Monção), desde a primeira metade do séc. XVII...

Até onde será possível recuar na sucessão de heranças da Quinta de Moulães a partir do actual proprietário?

Um abraço,

António Bivar

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RE: Marinhos de Moulães

#39410 | victória | 08 abr 2003 11:55 | Em resposta a: #32609

Caro António

Estava à espera que me fizessem essa mesma pergunta! De facto, o actual proprietário, P.e Bento, pároco de Bela, e meu antigo professor de Latim, herdou a Casa e Quinta de Moulães, herança paterna.
O pai, que desconheço o nome, foi irmão de outro sacerdote, o P.e Agostinho Afonso Caldas, pároco de Pias, homenageado recentemente com a atribuição do seu nome à Escola EB 2/3 de Pias, em Monção, e, ainda, irmão de ??? , autor do livro "Monografia de S. João de Longos Vales", nome referido várias vezes pelo Ex.mo Sr. Eduardo Albuquerque, livro que em Monção quase não teve procura, em virtude de tratar de assuntos relacionados com a família Caldas, como me foi informado na livraria Páris (a propósito, Paris, dos Rocha-Páris, familiares dos ‘antigos’ donos das Quintas da Laranjeira e Sobreira, em S. Mamede de Troviscoso, em Monção, com Capela de invocação de S.to Amaro(???), com duas pedras de armas, Pitas plenos e Antas, Antas de Coura, descendente actual desta quinta é o Eng. Pedro Dantas da Cunha, esse mesmo do caso Vale e Azevedo, como o mundo é pequeno!!! Destes mesmo Dantas da Cunha foi a Quinta da Armada em Troviscoso, ramo Magalhães-Lançós, vendida à um ano). Voltemos aos Caldas: Outra Coincidência, o P.e Agostinho é, por sua vez, cunhado do actual dono (não sei precisar, se descendente) da Casa da Bornaria, também dita nos nobiliários, da Baronaria, na freguesia de Bela, em Monção, onde viveu Diogo Soares de Brito, O Tato, pai de Diogo soares de Brito, Pé de Ferro, salvo erro (Casa esta que se apresenta como uma contruçãodo sec. XVIII / XIX, mas cuja capela anexa atesta a antiguidade correspondente aos SOARES TANGIL, no Felgueiras Gayo ou no, “Nobiliário de Famílias do Minho”, do L.do Manuel de Araújo e Castro. É, pois, provável, que estes Caldas Afonso sejam mesmo descendentes dos ‘seus’. Agora lembro outra coisa, há, algures no livro “Monção e o seu alfoz na heráldica nacional”, referências a uma pedra d’armas de Caldas Afonso, salvo erro, em S. Paio de Segude.
Neste momento, e no local de trabalho, é tudo que posso dizer. Logo que tenha mais informações ou esteja na posse da Monografia de S. João de Longos Vales, estou ao seu inteiro dispor.

Um abraço

Eduardo Domingues

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RE: Marinhos de Moulães

#39425 | abivar | 08 abr 2003 14:28 | Em resposta a: #39410

Caro Eduardo:

Muito obrigado pelas informações. Gostaria muito de ter a referida monografia de S. João de Longos Valles, em original ou fotocópia...

Acho que tenho cópia de fotografia dessa pedra de armas, se não me engano publicada no Arquivo do Alto Minho (mandaram-me a fotocópia, há muitos anos, sem a referência e ainda não a recuperei...). Os meus Caldas andaram a saltar de freguesia em freguesia, acompanhando as consortes (talvez por não serem primogénitos); o Padre Sebastião era de S. Salvador de Paderne, Melgaço, o filho João nasceu-lhe em S. Lourenço do Prado, Melgaço, freguesia da mãe, mas foi viver em solteiro para S. Julião de Badim, Monção, onde o Pai era vigário e onde deixou farta geração, em particular sucessivos vigários até ao século XIX. O neto Leandro já nasce em Ceivães, Monção, mas acompanha a mulher de volta a Badim e o bisneto João, aí nascido, finalmente "aterra" em Segude, freguesia da sua mulher, onde estabilizam mais três gerações até finalmente se espalharem pelo Sul. Podem ter erigido a referida pedra de armas nesse período de quatro gerações...

Um abraço,

António Bivar

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RE: Marinhos de Moulães

#39526 | victória | 09 abr 2003 11:10 | Em resposta a: #39425

Caro António

Quanto à referida monografia de S. João de Longos Vales, em original ou fotocópia, terei todo o prazer em lhe enviar cópia, logo que a tenha em meu poder, o que deve ser em breve.
Em relação à pedra d’armas, se quiser, também lhe posso mandar cópia extraída de “Monção e o seu alfoz na heráldica nacional”
Falando, agora, sobre os ‘seus’ Caldas: não me parece grande a migração da família, talvez por conhecer bem aquelas terras. O P.e Sebastião era de S. Salvador de Paderne, e o filho João nasceu em S. Lourenço do Prado, local de passagem obrigatória do Padre para se deslocar à vila de Melgaço e voltar a Paderne, o que é ‘natural’ que o Sr. Padre se tenha perdido de amores, como a Samaritana do Fado. Quanto ao facto do filho ter ido viver, em solteiro, para S. Julião de Badim, Monção, onde o Pai era vigário, isso deve estar relacionado com as ‘viagens’ que os padres faziam sempre que se aproximavam as festividades litúrgicas, ou os oragos. O já supra citado, se repete, com o neto Leandro nasceu em Ceivães, Monção, mas acompanha a mulher de volta a Badim, freguesia, ou melhor, aldeias, como dizem os assentos, vizinhas, onde basta subri uma pequena colina, e já se muda de ‘aldeia’. De Badim para Segude, passa-se o mesmo, é longe em termos geográficos, mas relativamente próximo pelos caminhos que se usavam. Outra coisa digna de nota: na altura dos ‘confessos de Páscoa’ os padres faziam a ‘volta’ ao concelho. De Ceivães dirigiam-se a Valadares, Barbeita, Sá, Badim. O padre de Badim visitava Ceivães, Barbeita, Merufe, Segude, Tangil. O de Tangil fazia Riba de Mouro, Merufe, Segude, e S.ta Marinha, junto a Sistelo, Arcos de Valdevez. Os padres de Merufe, deslocavam-se a Tangil, Lordelo, S. João de Longos Vales, Parada. E assim ocorria no resto do concelho. Depois de todas estas deambulações, ainda, eram convidados para as ‘festas em honra de oragos’, e aí, a freguesia de tangil, era ‘raínha’ pois não havia Santo que não festejassem o que lhes valem a alcunha de “queima santos”.

Mudando de assunto, falando de Marinhos, penso que encontrei uma nota sobre os prováveis pais de João Gomes Marinho/Falcão, marido da Catarina Alvares, que desenvolverei noutro tópico, devidamente justificado.

Com os meus melhores cumprimentos

Eduardo Domingues

Resposta

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RE: Marinhos de Moulães

#39529 | abivar | 09 abr 2003 11:39 | Em resposta a: #39526

Caro Eduardo:

Mais uma vez muito obrigado pelas suas coloridas descrições que me deixam muita vontade de visitar essas paragens. Seria interesante fazer um estudo sistemático dos "costumes" um tanto "livres" dessa região por volta do século XVII; quase todos os sacerdotes que encontrei nas minhas "viagens" pelos paroquiais de Monção e Melgaço tinham farta prole, e pelo menos três deles são meus antepassados (um deles duas vezes, através de dois filhos), já para não falar no vetusto D. Vasco Marinho. Meninas solteiras, "de boas famílias" a ter filhos (algumas vezes de sacerdotes) e depois a "casar bem" também encontrei. Além disso poucos eram "fiéis" a uma só amante, como parece ter sido o "meu" Padre Sebastião de Caldas (Os cinco filhos que lhe encontrei tinham todos Maria Soares por Mãe); o meu outro antepassado Padre Sebastião Rodrigues Villarinho (uma das "portas" para os Marinhos Falcões) teve filhos de pelo menos duas e provavelmente três amantes.

Se for possível adquirir a Monografia de S. João de Longos Vales, muito lhe agradeço, mas peço-lhe que me dê conta de qualquer despesa.

Fico a aguardar com grande interesse os desenvolvimentos acerca dos pais de João Gomes Falcão!

Um abraço,

António Bivar

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RE: Marinhos de Moulães

#39677 | victória | 11 abr 2003 00:05 | Em resposta a: #39529

Caro António Bivar

João Gomes Marinho da Nogueira, assim é designado numa procuração de 13 de Janeiro de 1638, feita em conjunto com Simão Marinho, seu genro, e Paula Falcoa, sua filha, moradores no lugar de Souto Fiscal em S. João de Longos Vales.
Este João Gomes Marinho, de que não sabemos a data de nascimento, sabemos que casou a 12 de Fevereiro de 1589 com Catarina Alvares, enviuvando dela a 17 de Outubro de 1632. Faleceu na freguesia de S.ta Eulália de Trute, em Monção, a 17 de Outubro de 1639.
Pela procuração citada, sabemos que teve um filho “...padre sebastião marinho Falcão cleriguo de / misa morador na dita freguesia de são joão de Longuo vares...” que teve os nomes Marinho-Falcão, assim como sua filha se apresenta como Falcoa. Mas há mais provas: A ter como certo o casamento em 1589, cerca de 71 anos depois, a 13 de Maio de 1660, casa na paróquia de S.ta Eulália de Trute um João Gomes Falcão com Beatriz de Brito Soares (dos Soares Tangis, senhores da quinta da Bornaria em Bela, Monção) Este João Gomes Falcão apresentou como testemunha a “Francisco Marinho, irmão” Dez anos depois, viuvo, casa com Basília de Castro, e mesmo assim, tem com Maria Esteves outra relação paralela com frutos.
Neste momento temos quatro filhos, onde se perpetua o apelido Falcão – Marinho Falcão – Gomes Falcão.
Se fosse possível consultar a inquirição de genere de Sebastião Marinho Falcão, por certo daria os avós, logo facilmente entroncaríamos estes Marinhos Falcões destroncados, mas certamente MARINHOS FALCÕES, porém, não existe inquirição do referido padre.
Até aqui podemos constatar que neste ramo predominam Gomes-Falcão a par de Marinho Falcão, Certo?

Voltemos a João Gomes Marinho da Nogueira: pela mesma procuração sabemos que ele residia na quinta da Nogueira, “... João Guomes / marinho Veuvo e morador na aldea diguo sua quinta da nogueira...” no lugar da ermjda na casa dea diguo de João Gomes / marinho que he sita na freguesia de canbezas e termo da / Villa de monsão...” e sabemos também que o filho padre renunciou a Cambezes “...custo que fiseren as letras da viguajra / ria do salvador de canbeses que nelle seu filho jrmão / e cunhado e procurador bastante sebastião marjnho Falcão / tem Renunsjado Reverendo vigario da dita igreja sebas / tião allvares e pera a tall obriguasão e seguridade / e pagua do custo das ditas letras que avião de vir de / Roma da dita viguajria para elle seu procura / dor outorgar todos e coaisquer escreturas que pedidas / lhe foren e asjnalas com todos as obriguasonis / e clauzulas e penas e desaforamentos...” Agora que sabemos que havia uma certa migração entre S. João de Longos Vales e S. Salvador de Cambezes, vamos analisar outros documentos para tentar chegar à paternidade do primeiro João, pois se ele casou em 1589, teria por certo, mais de 20 anos, logo teria nascido antes de 1569, isto se tivesse sido primogénito, se não, o casamento dos pais teria sido pelos anos de 1540-50. Espero não estar a cometer nenhum erro! Analisemos então a nota deixada pelo Exmo Senhor Eduardo Albuquerque, que eu li e aqui aponto com a data ilegível do ano de 154-?? / O Dr. Gonçalo Marinho, vigário de Valença / ADVC REGISTOS PAROQUIAIS, Sta Maria dos Anjos, Monção, livro misto n.º 1 / “... Dyguo eu allvaro Vaaz Vygayro de Santa maria / de moncam que antonio Fellgeyra abade De / Tropotyz me Deu hum allvara Do vygayro De Valença que era roque royz en a / ausençya De Gonçalo marynho o quall me Dyse elle antonio Fellgueyra que recebera / a Payo Gomes Do mosteyro com Iabell / Soares e nom lhes achara nenhum ynpydymento / e que forom testemunhas Francisco Lopes de pytyeyros / e lopo Gomes e Payo Gomez De cal / Das e afonso esteves Vygayro De Santy / aguo de Pyas e bertolameu Fell / geyra e o bacharell Francisco anes / allvaro Vaaz...”

Chamo a atenção para o Paio Gomes do Mosteiro casado com a Isabel Soares, pois se na vila de Monção perguntarmos a alguém pelo Mosteiro, logo nos indicam que é em S. João de Longos Vales, assim devia ser há cerca de meio milénio, devido à importância do Mosteiro de Longos Vales Pode, pois, conclui-se que este Paio Gomes do Mosteiro não era mais nem menos do que um habitante do lugar Mosteiro, e que foi casar a Monção, provavelmente um Paio Gomes Marinho e os filhos seriam Gomes Marinho. Se atendermos que o avô paterno de Dom Vasco Marinho foi Vasco Gil Bacelar casado com Elena Gomes de Abreu de quem teve Alvaro Vaz Bacelar casado com Maria Soares Pereira e que teve amores com D. Joana Marinho de quem nasceu entre outros Dom Vasco Marinho (c. 1465-1522) que teve amores com D.a Bernardina Anicio ou Anunciva de quem nasceram D. Joana Marinho(c. 1490) casada com Lançarote Falcão, Pedro Marinho e Margarida Marinho, e segundo o Genea Portugal ainda um PAIO MARINHO. Será este Paio Marinho o que é dito do Mosteiro, uma vez que a irmã e o cunhado (lançarote, Joana) eram ‘de Moulães’? Felgueiras Gayo em Marinhos não diz nada sobre este PAIO que aparece no GENEA.

Que me diz a isto? Tenho uma imaginação muito fértil? Cronologicamente há tempo suficiente para isso, uma vez que era uma família que casava tardiamente.

Aguardo os seus comentários

Com os meus melhores cumprimentos

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RE: Marinhos de Moulães

#39704 | abivar | 11 abr 2003 12:07 | Em resposta a: #39677

Caro Eduardo:

Tenho nos meus apontamentos transcrição do assento de casamento de Paio Gomes do Mosteiro com Isabel Soares, que anotei ter sido lavrado entre 5/2/1546 e outra data também de 2/1546. Julgo, no entanto, ter identificado este casal no Felgueiras Gayo, Vol. II, p. 146 (Araújos, § 284 N22), de onde se tira, resumidamente, a seguinte ascendência para o casal:
1. Payo Gomes Pereira do Lago, fundador do Mosteiro de S. Bento de Monção “q hoje se acha mudado prª a villa de B.os onde tem lugar perpetuo pª hua freira da sua geração foi (...) Sr. do Morgado de Moreira”.

2. Fernão Rodrigues Bacelar
3. Leonor Pereira do Lago

4. Rui Vaz Bacelar
5. D. Teresa Gil Bacelar
6. Afonso Pereira do Lago
7. Inês Vaz de Castro

8. Vasco Gil Bacelar
9. D. Helena Gomes de Abreu
(...)
e:
1. Isabel Soares

2. Cristóvão de Castro
3. Maria Soares Pereira
(...)
(F. Gayo, Castros, §17 N21, Felgueiras, §6 N3, Vol. V, p.355)

Segundo Gayo, tiveram farta descendência, incluindo um filho, Cristóvão de Castro, casado com Joana Marinho Falcão, filha de João Falcão Marinho e de sua mulher Germineza (Encontrei “Grimaneza”, nos assentos) Soares, tendo por única filha e herdeira D. Isabel de Castro, casada com Alexandre de Magalhães e Menezes, filho do Senhor de Ponte da Barca. Não encontro descendência em S. João de Longos Valles, ainda que “irritantemente” haja estas ligações com Bacelares, Abreus e Marinhos Falcões...

Estes Marinhos Falcões dão-nos muito trabalho; quando julgamos apanhá-los, escapam-se para onde menos se espera! Vou rever os meus apontamentos quanto a consanguinidades nos casamentos destes Gomes-Marinhos-Falcões para ver o que se poderá deduzir... logo que tenha alguma ideia volto a escrever.
Um abraço,

António Bivar

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RE: Marinhos de Moulães

#39706 | abivar | 11 abr 2003 12:47 | Em resposta a: #39677

Caro Eduardo:

Continuando o que temos acerca deste Gomes Falcão/Marinho, no casamento de Álvaro Gomes Falcão com Maria Gomes (pais de Ângela Marinho Falcão que casou com o meu “tio” Pedro de Caldas e Sousa, ascendentes dos Moscosos da Brejoeira), a 14/8/1667, os noivos são dispensdos em 4º grau de consanguindade, ou seja, teriam trisavós comuns. Penso que seria pelos avós maternos, Álvaro Gomes, casado com Inês Falcoa (pais de Catarina Gomes, mãe do noivo), e João Gomes Falcão, casado com Catarina Álvares (pais de Paula Falcoa, mãe da noiva). Assim sendo, João Gomes Falcão, casado em 1589, talvez nascido pela década de 60, teria avós comuns com o seu presumível primo Álvaro Gomes (ou prima Inês Falcoa?). Tais avós teriam nascido por princípios do séc. XVI, como o casal Lançarote Falcão-Joana Marinha (casam por 1520). Ficamos com algum desconforto, pois daria ideia que seriam ambos descendentes de alguma geração comum mais “abaixo”, onde se fixasse o patronímico Gomes; para isso poderíamos imaginar uma sucessão de casamentos mais precoces e um dos avós comuns a nascer em época compatível com o ser filho/a de Lançarote e Joana.

Note-se que aquela Paula Falcoa casa com Simão Marinho a 7/5/1629, sem dispensa, pelo que, aparentemente, não teriam qualquer parentesco dentro do 4º grau; começa a ser mais difícil (mas não impossível) serem ambos descendentes de Lançarote e Joana, que teriam de ser no mínimo quartos avós de um deles, para se fugir à consanguinidade “em grau proibido”. Simão Marinho era filho “do Vasco da Quinta” e de “Maria Sanchez”, casal que tem filhos a usar “Marinho de Loveira” (Luis Marinho de Loveira que casa a 30/11/1619 com Francisca de Amorim). Admitindo que eram todos descendentes daquele “casal fundador”, então torna-se mais provável que o avô comum a Álvaro Gomes e João Gomes Falcão fosse de geração abaixo do dito “casal fundador”, o qual deveria ser no mínimo bisavô de ambos para ser trisavô de Paula Falcoa (e nesse caso teria de ser no mínimo quarto avô do marido, para não terem dispensa). É claro que pode o padre ter “esquecido” a referência à dispensa (pouco provável!), ou podem, ambos ou um deles, não ser descendentes de Lançarote e Joana.

Note-se também que, se os padre tiverem sido rigorosos, o facto de só se indicar dispensa do 4º grau de consanguinidade (sem duplicação ou outras dispensas noutros graus) parece excluir que Álvaro Gomes e Inês Falcoa sejam ambos parentes “próximos” de João Gomes Falcão, o que daria consanguinidade pelo menos “duas vezes” ou “por dois troncos”.

Enfim, ainda não chegámos ao fim das nossas penas...

Um abraço,

António Bivar

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RE: Marinhos de Moulães

#39718 | abivar | 11 abr 2003 14:02 | Em resposta a: #39677

Caro Eduardo:

Continuando as minhas buscas em apontamentos antigos, encontro um trisneto (segundo Gayo) de Lançarote e Joana a casar viúvo em Monção a 2/6/1605. Trata-se de Rodrigo Rebello Soares, filho de António Paes Rebello (confirmado no assento), neto de Rodrigo Rebello, bisneto de Maria Falcão, filha esta do referido casal. O que é curioso é ter casaso “com dispensa no 4º grau de consanguinidade e no terceiro e quarto de afinidade” com Maria Soares, filha de Pedro Falcão e Catarina Soares, de Moulães, quando Gayo diz que este Pedro Falcão é filho do mesmo “casal fundador”. A consanguinidade seria assim de 2º e 4º grau e não de 4º grau simples; ou o padre abreviou, ou as filiações do Gayo não estão inteiramente certas... parece-me que os Marinhos Falcões de S. João de Longos Valles terão já causado grandes dificuldades ao próprio Felgueiras Gayo.

O mesmo Rodrigo Rebello Soares casou a primeira vez, também em Monção, a 27/4/1595, com Constança de Abreu, filha de João Pereira e Guiomar Afonso de Abreu, com dispensa “in duplici quarto gradu consanguinitatis” o que parece indicar o cuidado dos padres em não esquecer os múltiplos parentescos. Constança tinha irmãos Sebastião Pereira e Álvaro Pereira, testemunhas do casamento, e encontro-a no Gayo, Vol. I, p. 128 (Abreus, §19, N4, sub 5) com o nome Constança Pereira. Gayo fá-la bisneta por varonia de Álvaro Vaz Bacelar e Maria Soares Pereira, sendo o primeiro avô paterno de Joana Marinha casada com Lançarote Falcão, o que dá um desfazamento de três gerações relativamente ao marido de Constança, Rodrigo Rebello Soares, que seria quinto neto de Álvaro Vaz Bacellar. Não consegui descobrir a dupla ascendência comum de trisavós, talvez porque a ascendência de Rodrigo Rebello Soares esteja muito incompleta no Gayo. Tinha esperança de perceber também por aí a dispensa de afinidade no segundo casamento (as duas mulheres seriam parentes em terceiro e quarto grau).

Tudo isto me parece merecer estudo mais aprofundado!

Mais um abraço,

António Bivar

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RE: Marinhos de Moulães

#39834 | victória | 13 abr 2003 21:20 | Em resposta a: #39718

Caro António

Sóa agora tive oportunidade de procurar a descrição da pedra de armas de Segude, que lhe falei. Deste modo, passo a transcrever o que nos é digo por José Garção Gomes no seu livro “Monção e o seu alfoz na heráldica nacional”.

Na pág. 246 – “ Pedra de armas de grande dimensões por sobre a porta da capela de Santo Amaro no lugar de Paradela, em Segude. Escudo francês partido:

1º - CALDAS (com brica)
2º - cortado de PEREIRA e SOARES DE TOLEDO

Paquife – Timbre Caldas – Século XVIII (?) “

Na pág. 247

“ Pedra de armas na Casa dos Afonsos de Paradela, lugar de Paradela, freguesia de Segude.

Escudo francês esquartelado:

1º - CALDAS (só quatro ciprestes alinhados em faixa)
2º - partido de ARAÚJO e CASTRO (Castro de 6 arruelas)
3º - costado de ? e AFONSO
4º - SOARES DE TANGIL

No abismo, PEREIRA

Paquife irregular – Timbre Pereira – Século XVIII “.

A propósito das últimas citações a Badim e aos seus padres, aqui deixo, o que lá vem tratado sobre a dita freguesia. Assim na pág. 117 temos:

“ Em Badim, Monção, encontramos:

Pedra de Armas sobre a porta de entrada da Casa da Porteleira (propriedade do pai do presidente do benfica) escudos francês:

SOARES DE TANGIL, pleno

Uma brica no canto direito e três flores de lis no canto esquerdo
Timbre – Soares – Século XVII (ou XVIII ?)

Diz-se que foi trazido de Tangil “

E na página 118 do mesmo livro, encontramos:

Sobre o arco da capela da Casa da Porteleira na igreja de Badim

Escudo francês:

Soares, pleno, com uma brica

Timbre, Soares”

A propósito de Badim, na pág. 235 encontramos:

“ Em Riba de Mouro, Monção, segundo podemos ler no mesmo livro na página 235:

Pedra de armas trazida da freguesia de Ceivães e colocada na frontaria da casa do Sr. Augusto César Rodrigues em Riba de Mouro (já na segunda metade do século XX)

Escudo francês esquartelado:

1º - SOUSA DO PRADO (com uma brica)
2º - LOBATO (com 7 lobos)
3º - FIGUEIROA
4º - SOARES DE TANGIL

Sem paquife – Sem Timbre – Século XVII “.

Esta última citação, penso que vem de acordo com o citado pelo António na sua mensagem de 15-03-2003 às 21.33, passo a citar “...António, a 1/3/1685 (n. 1 25/2) sendo padrinhos Pedro de SOUZA LOBATO e Anna de Sáa, mulher de Jacinto de Caldas...”

Quanto aos Gomes-Marinho, e depois de ver que não era válida a minha ‘solução’, estou a pensar noutra hipótese. Em breve apresento-a.

Um abraço

Eduardo Domingues

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RE: Marinhos de Moulães

#39840 | abivar | 14 abr 2003 01:22 | Em resposta a: #39834

Caro Eduardo:

Obrigado pelas informações; vejo que as fotocópias que eu pensava terem sido extraídas do Arquivo do Alto Minho são afinal do livro que refere, ficando assim finalmente identificadas! com efeito tinha fotocópia das fotografias de algumas das pedras de armas que cita e que muito me têm dado que pensar...

A de Paradella (Segude) pareceria poder assentar aos “meus” Pereira Caldas, mas estes estiveram estabelecidos no lugar do Outeiro da mesma freguesia, onde estavam os Rodrigues de Barros com quem se aliaram (de Paradella tinha sido um ascendente destes e lá viveram uns Gomes Villarinho que se aliaram com Pereira Caldas no séc. XIX); de facto lá estão os quartéis Caldas e “Castro e Araújo” trazidos de Ceivães (Leandro de Caldas Castro, filho de um Caldas e de uma Castro e Araújo) e o quartel Soares (apelido usado por um irmão de Leandro, José de Caldas Soares, e que era usado pelo menos pela avó paterna de ambos, Maria Soares). O Pereira em abismo (e no timbre) foi usado pelos descendentes de Leandro e de sua mulher Caetana Maria Sarmento (ou “Rebella” ou “de Castro”), sem se saber de onde vinha (talvez da mãe de Caetana, D. Jacinta Antónia Sarmento, ou “Lobato” ou “de Castro”, uma das raras Senhoras de Badim a ter o tratamento de “Dona” nessa freguesia durante dois séculos e que teve filhos usando esse apelido, acrescentado ao Rebello do marido). Falta explicar o quartel ? - Afonso, se for essa a leitura correcta das armas, bem como a designação “Casa dos Afonsos” dada à residência que ostenta a pedra de armas. Afonsos encontro na ascendência da mulher de um bisneto de Leandro, Maria Joaquina Gomes Villarinho, essa sim de Paradella, mas os Afonsos desta (cujo sangue lhe vinha por costados que usavam “Rodrigues de Sá”) eram de Badim! Será possível identificar os proprietários da referida casa ao longo dos tempos?

A outra pedra de armas, da capela de Santo Amaro do mesmo lugar, também ostenta referências a parte dos apelidos acima referidos, embora os Soares representados sejam os “de Toledo”. Também tenho imensa curiosidade em saber mais alguma coisa acerca desta capela...

Quanto à pedra de armas da casa da Porteleira, que foi dos ascendentes dos Caldas do Largo do Caldas de Lisboa, corresponde à carta de armas de um deles, Luís Rodrigues Caldas, filho de António Rodrigues Villarinho Soares e de Ana de Caldas, residentes na Porteleira (não sei se a carta, de 1753, é anterior ou posterior à pedra de Armas). Não fazia ideia que a casa era hoje do Pai do Dr. Manuel Villarinho; é este (o Presidente do Benfica) casado com uma Pereira Caldas, que conheço, bem como a família, desde a infância, e que julgo ligada aos referidos Caldas do Largo do Caldas (a ascendência Caldas destes é, algo remotamente, a mesma que a minha, bem como a ascendência Villarinho). Ignorava que houvesse essa ligação do Dr. Manuel Villarinho à Quinta da Porteleira ou que houvesse ligação entre estes Villarinhos e os que possuiam a casa no séc. XVIII, ligados, segundo julgo, à sua Mulher (nunca investiguei a ligação familiar entre o referido casal; admiti até que não existia e que fosse coincidência a ligação de ambos a Villarinhos!). Tem informações quanto a esta questão?

Finalmente a pedra de armas de Ceivães também é muito interesante; só não identifico Figueiroas nessa freguesia (talvez com uma busca mais cuidadosa nos meus apontamentos, a fazer na primeira oportunidade, ainda encontre alguma coisa). Souzas Lobatos há pelo menos aí dois ramos, um proveniente de um casal de ascendentes meus de Badim, Julião Fernandes Vilarinho e Grácia Rodrigues (esta filha de João Rodrigues Villarinho e talvez de sua mulher Catarina Marinha), que tem filhos destes apelidos casados em Ceivães, por vezes substituídos por Caldas, ou Caldas Lobato, e outro ramo entroncado nos nobiliários e que, segundo estes, é mesmo de Caldas-Souza-Lobato (Souza e Lobato são apelidos das alianças das duas primeiras gerações dos Caldas em Portugal, de acordo com os nobiliários).

É curioso o uso que encontrei nestas freguesias do Alto Minho de “trocar” frequentemente de apelido recorrendo a uma espécie de “homónimos genealógicos”. Assim encontra-se por vezes o uso indistinto de “Villarinho” e “Bacelar”, por um lado e de “Souza Lobato” e “Caldas” ou “Caldas Lobato”, por outro, em indivíduos de diversas linhagens destes apelidos, ao longo da vida. Tudo isto torna extremamente complexo o estudo destas linhagens, onde abundam, além disso, os homónimos propriamente ditos.

Cá fico à espera de mais ideias acerca destes assuntos que me parecem ainda ter muito que investigar!

Um abraço,

António Bivar

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Inquirições de genere de António Marinho Falcão

#39907 | victória | 15 abr 2003 01:41 | Em resposta a: #32609

Caro António

Sobre os Gomes Marinho, de Nogueira tenho a seguinte informação:

Nas inquirições de genere de António e/ou Alexandre Marinho Falcão, processo 248 da pasta 10, datadas de 1689-08-16 e 1694(anexa), de s. joão de longos vales, em monção, são dados como filhos de António Fayal e Isabel Gomes.

Isabel Gomes é filha do 'nosso' João Gomes Falcão (mais uma! já conhecemos 5 )e Catarina Alvares. Casou com António Fayal, filho de gonçalo Fernandes e Maria gonçalves a 3 de maio de 1660, em S. João L Vales.

Deste casamento foram testemunhas o L.do Bento Nogueira, da Nogueira e o P.e Manuel Marinho, de S. Mamede de Troviscoso, em Monção.

Ora, se pesquisarmos nas inquirições, on line, temos acesso a um padre manuel marinho falcão em troviscoso, mas com a data de inquirção de cerca de 1690, o que, obviamente, não é o supra-citado, sendo, ainda, dado como filho de um padre marinho falcão da vila de monção e de uma moça solteira, joana martins. Só atesta como estes clárigos marinho-falcão gostavam da frase "...crescei e multiplicai-vos..."

Agora, me lembro, que no registo de 1º casamento 'do meu' Damião de Sêa (da Casa Solar dos Cêas/Seas na freguesia de Trute), filho de Afonso de Sea e Maria Pereira, realizado na freguesia de Troviscoso a 21.mar.1667, o reitor da mesma, é Manuel Marinho Falcão, que recebe o dito Damião de Sêa, agora a assinar Damião Pereira, que casou com Francisca Rebela, filha de Agostinho Pereira e Graziela, moradores na sobreira. Deste enlace foram testemunhas nomes conhecidos: Manuel de Sousa, António Falcão e Francisco da Rocha, todos da freguesia de S. João de L. vales, como diz o assento.

Terá o António, ou o Eduardo Albuquerque, em arquivo cópia das supra citadas inquirições? Espero que nas inúmeras testemunhas alguma se tenha lembrado, (pensando no futuro) dos avós ou bisavós dos inquiridos.

Deixo-o com a minha vontade de filiar o 'nosso' joão gomes falcão.

Um abraço

Eduardo

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RE: Inquirições de genere de António Marinho Falcão

#39924 | abivar | 15 abr 2003 12:51 | Em resposta a: #39907

Caro Eduardo:

Não tenho, de facto, cópia das ditas inquirições. Infelizmente nunca consultei inquirições de genere no Arquivo de Braga; fiquei desanimado por verificar que desapareceram (juntamente com as matrículas de ordinandos) exactamente as que correspondem à época para mim mais interessante (da segunda metade do século XVI à segunda metade do século XVII). Assim, dos três padres meus antepassados directos do Alto Minho (Padre Sebastião de Caldas, de Paderne, Padre Sebastião Rodrigues Villarinho, de Segude, Padre Pedro Gomes, da Senra, S. Miguel de Messegães) nem um só deixou a sua inquirição ao nosso dispor! do primeiro encontrei um homónimo e conterrâneo tardio que me acendeu a esperança, mas a data da inquirição depressa me desenganou. O mesmo se passa com os inúmeros colaterais sacerdotes cujas inquirições tanto nos poderiam esclarecer; ainda tenho alguma esperança de encontrar em algum arquivo monástico (?) a inquirição de Frei Manuel de Santa Maria Pereira, filho de António Pereira Rebello e Maria de Souza, neto paterno de Inácio Rebello e D. Jacinta Antónia Lobato (ou "Sarmento", ou "de Castro"), cujo "Pereira" é exactamente o mesmo dos meus Pereira Caldas que vêm deste último casal; se na hipotética inquirição referissem os bisavós, seria uma bênção genealógica!

Quanto às questões que deixei no meu anterior post, poderá adiantar alguma coisa?

Um abraço,

António

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RE: Marinhos de Moulães

#39946 | victória | 15 abr 2003 16:51 | Em resposta a: #39840

Caro António

Não respondendo, ainda à sua anterior mensagem na sua totalidade, junto deixo mais algumas infromações, não sei se de acordo com o que pretende, mas, sem dúvida, sobre Vilarinhos.

Quanto à Quinta da Porteleira, soube pour um familiar que conhece o viver das gentes de Monção, que está à venda há um ano, por cerca de 200.000 mil, falando ainda em contos. Mas não tem procura devido ao elevado valor pedido,e uma vez que está na zona demarcada do vinho alvarinho, este não tem a qualidade devida. O mesmo se passando com a Quinta da Amiosa em Valadares, pois há excesso de humidade para a casta alvarinha, mas isso são comentários à parte para ter fora deste forum.

De volta aos vilarinhos, desta vez os que são tratados no Feigueiras Gayo, lá aparece a seguinte informação, que, como passo a expôr, parecem-me os de Segude:

VILLARINHOS

... Gomes Lourenço vilarinho é o mais antigo antigo desta família, e que era filho de Vasco Gil Bacelar, sr da Casa de Bacelar, e que o dito Gomes Lourenço Vilarinho era irmão inteiro de Lourenço Gomes, pai de Vasco Gomes de Abreu o que instituiu a capela de S. Braz em S. João de Longos Vales na qual jaz Afonso Pereira do Lago irmão de maria Soares, irmã de Alvaro Vaz de Abreu Bacelar de Abreu (repetição de Abreu), sr de Regalados; o Abade de Pera diz que Gil Pires Vilarinho é o mais antigo que se tem notícia e que foi Sr. do Paço de Vilaboa na freguesia de Badim no termo de Valadares e cazar com Mécia Soares, filha de Pedro Soares Tangil, sr do Castelo de Tangil, e sua mulher Senhorinha Gomes do Lago, cuja Méci a Soares dá o Reitor de Merufe por mulher de Alvaro Vaz de Abreu Bacelar, sr de regalados de que acima falamos...” actualizado o português, assim é narrado em Vilarinhos.

Mais nos diz Fgayo:

Vilarinhos # 1 n 3

Rodrigo Alv Vilarinho... sr da torre de Vilaboa no Termo de Monção e Padroeiro de S. Pedro de Segude, onde jaz enterrado com Armas dos Villarinhos cazou com...

N 3

Afonso Rz Vilarinho, juíz dos orfãos de Monção teve grande casa e estado, e foi pessoa de muito respeito naquela vila deixou muitos bens como constou o qual o d.o abade de Pera (desconheço a localidade!!!) diz tivera em seu poder. Casou com Constança Lourenço de Abreu, filha de Gomes Lourenço de Abreu no tt Abreus de regalados # 64

N 4

Gomes Lourenço Vilarinho, sr da casa de vilarinho ... instituiu a capela de S. Braz no mosteiro de S. João de Longos Vales

Agora, voltando ao livro “Monçaõ e o seu alfoz etc”

Relativamente à freguesia de Tangil, diz o seguinte:

Pág. 251

Pedra de Armas da Casa do Pedral, em Tangil

Escudo francês esquartelado:
1º - Vilarinho (com uma brica)
2º - Araújo
3º - Bacelar
4º - Lobato

Paqufe – Timbre Vilarinho – séc. XVIII

Acrescenta o seguinte texto:

Estas armas foram concedidas por D. José I a Manuel Rodrigues Vilarinho e castro, morador em Tangil, a 11 de Maio de 1754.
A respectiva carta de brasão, que a seguir se transcreve, é constituída por quatro folhas de pergaminhos etc etc etc

CARTA DE BRASÂO

Dom José por graça de Deus Rey de Portugal (e o resto que sabemos) ... que Manoel Rodrigues Vilarinho e Castro morador na freguesia do Salvador de Tangil, termo da vila de valadares me fez petição dizendo, que ele vinha por legítima descendência da nobre geração e linhagem dos Vilarinhos, Araujos, bacelares e lobatos, as quais famílias são neste reino de Fidalgos de linhagem, solar e cota de armas (...) por provar ser filho legítimo de João Roiz Vilarinho e de sua mulher Antónia de Castro e raújo, moradores na freguesia de S. Cosme, termo de valadares. Neto pela parte paterna de outro João Rodrigues Vilarinho e Isabel Roiz da mesma freguesia. E pela materna neto de António de Castro Araújo e sua mulher Fracnisca Gomes Bacelar moradores que foram na sua casa e solar, chamada Paço de Vila Boa (ora qui está!!!!!) o qual António de Castro Araújo foi irmão legítimo de Francisco Lobato de Araújo, filhos ambos legítimos de João Gomes de Araujo bacelar e sua mulher, paula de Caldas Lobato, netos de João Gomes Besteiro e sua mulher Margarida Nunes de Azevedo, e de gaspar Gomes Bacelar e sua mulher, Milicia Borges de Sousa moradores que foram na quinta do carvalho do termo da vila de Melgaço. Os quais ditos seus pais, avós e mais antepassados forão pessoas muito nobres que procederam das cazas e solares dos vilarinhos, araujos, bacelares, e lobatos, de cujas famílias se apelidaram sempre tratando-se também à lei da nobreza com armas, cavalos (etc etc etc) e o resto é a atribuição das armas supra mencionadas, com as respectivas cores.

Recordo, ainda, a existência de uma casa, recentemente reformada para turismo de habitação, em segude, a que designam por "Casa de Segude", vou perguntar em casa se é a "dos Afonsos" ou lhe foi colocado o nome de Casa, apenas para fins comerciais.

Perdoe-me alguma falha entre maiúsculas e minúsculas.

Um abraço

Eduardo

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RE: Marinhos de Moulães

#40014 | abivar | 16 abr 2003 12:47 | Em resposta a: #39946

Caro Eduardo:

Obrigado por mais estas achegas; já conhecia algumas das referências, mas fiquei muito curioso quanto ao destino da Quinta da Porteleira (confirma-se a identidade do actual proprietário?) e também quanto à “Casa dos Afonsos”. Já tenho meditado acerca das informações do Gayo no título de Villarinhos que, como muitas vezes acontece, “sugerem” irresistivelmente ligações aos que me tocam, mas não são suficientes para lá chegar! Tenho Gomes Villarinhos (cá está o Gomes!) e Fernandes Villarinhos “do Paço de Villa Boa”, outros Rodrigues Villarinho penso tê-los entroncado numa genealogia manuscrita do ANTT que chega a um Bento Fernandes Villarinho, “Senhor do Paço e Torre de Villa Boa”, mas das inúmeras linhas que encontrei de Villarinhos dessa zona, nem uma só chega aos constantes do Gayo, cujo título em questão me parece bastante incompleto.

Não sei se cheguei a mandar-lhe separata de um meu trabalho em que, em particular, se trata destas linhagens; reli um e-mail em que lhe fazia essa promessa, mas confesso que já não sei se a cumpri! diga-me para eu poder reparar essa falta, se for o caso. Nesse trabalho examinava também a genealogia constante dessa carta de armas, que, por uma conjugação de acasos, consegui em parte confirmar e em parte corrigir, como já deixei dito neste fórum em:

http://www.geneall.net/P/forum_msg.php?id=37310#lista

Nesse trabalho, em alguns casos, troquei as referências, julgando ser do “Arquivo do Alto Minho” o que era de facto de “Monçaõ e o seu alfoz, etc.”, com agora verifico (identifiquei mal a origem de fotocópias que se encontravam indevidamente misturadas...).

Um abraço,

António

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Gomes Marinhos, da Nogueira e Souto Fiscal

#40058 | victória | 16 abr 2003 23:48 | Em resposta a: #40014

Caro António

Hoje, a curiosidade levou-me rumo ao arquivo distrital de Braga ler as inquirições de genere dos Marinhos Falcões de S. João de Longos Vales. Eis as conclusões:

António Marinho Falcão, irmão de Alexandre Marinho Falcão (morador em S. Caetano e capelão da mesma capela), com inquirições datadas de11 e 16-VIII-1691 e é-lhes dada a seguinte filiação:

Pais: António Fayal e Isabel Gomes

neto paterno de
Gonçalo Fernandes Branco, de Mazedo, em Monção
e
Maria Gonçalves, também dita Maria Gonçalves Faal moradora em Mazedo, natural de Caminha, de alcunha ‘a senhorinha’, filha, segundo dizem, de Mateus Gonçalves, pescador de Caminha.

neto materno de

João Gomes Falcão, da Nogueira
e
Catarina Alvares
ditos ‘pessoas nobres’

e... infelizmente, nem uma única referência a nenhum bisavó!!!!

Testemunhas do baptismo datado de 26.jun.1670: Pe. Manuel Marinho Falcão, de Troviscoso, João Ribeiro Peixoto, e Inês Pereira, mulher de Pedro Marinho, da Costa.

Outra inquirição, datada de 6-jul-1691:

Manuel Marinho Falcão (infelizmente não é a testemunha acima indicada, como ontem tive oportunidade de constatar) filho de Alvaro Gomes Falcão (quase de certeza do mesmo ramo, pelo Gomes-Falcão) e de Maria Gomes. Neto paterno de João Roiz e Maria Gomes, ditos lavradores, e materno de Simão Marinho e Paula Falcoa, ditos ‘pessoas nobres’

Outra inquirição, datada de 6-jun-1691:

Os mesmos Simão Marinho e Paula Falcoa, ditos ‘pessoas nobres’ da inquirição anterior, são pais de Pedro Marinho Falcão casado com Barbara Rodrigues, solteira, por sua vez, pais de outro Pedro Marinho Falcão.

As hipóteses de filiação, extinguiram-se, pelo menos, por enquanto, uma vez que descobri as cotas do livro de óbitos, do colégio de S. Pedro, em Coimbra.

Pergunto agora o seguinte:

Um Licenciado, daquela época, era, normalmente, um juíz ou advogado, certo? Pergunto isso, porque uma das testemunhas do casamento de António Fayal e Isabel Gomes , foi um tal de “”L.do Bento Nogueira, da Nogueira, e Pe. Marinho Falcão, de Troviscoso”” A ser juiz, ou advogado, provavelmente existirá no arquivo da U. Coimbra uma lista de estudantes da mesma neste período com a respectiva filiação (assim espero!!!)

Neste momento só há duas certezas: quer João Gomes Falcão, quer Simão Marinho e Paula Falcoa, a acreditar na inquirição de genere, foram ‘pessoas nobres’ e, provavelmente, a mãe de Alvaro Gomes Falcão foi irmã do ‘nosso’ João Gomes Falcão’, uma vez que ofilho usa Gomes-Falcão, como o hipotético tio.

Só me resta desejar uma Páscoa Feliz!

Um abraço

Eduardo

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RE: Gomes Marinhos, da Nogueira e Souto Fiscal

#40431 | victória | 23 abr 2003 23:07 | Em resposta a: #40058

Caro António

Desta vez o alvo foi o arquivo distrital de coimbra, e as fichas e livros de matrícula dos nomes referidos na mensagem anterior. Os resultados quanto aos Gomes-Marinhos-Falcões foram nulos, porém, encontrei os seguintes dados:

BENTO NOGUEIRA FALCÃO, filho de João Gomes, matrículas feitas em Cânones, na Universidade de Coimbra: em 20.X.1642 / 6.X.1643 / 9.XI.1644 / 2.X.1645 / 12.X.1646 / 16.X.1647 / 4.XI.1648 e 14.I.1650. O mesmo apresenta matrículas em Medicina.

FRANCISCO NOGUEIRA FALCÃO, (cânones) filho de Manuel Marinho Falcão, com matrículas a 1.X.1685 e formatura a 26.IV.1692

JOÃO FALCÃO, filho de Manuel Pereira (leis), com matrículas a 10.X.1597 / 1.X.1598 / 8.II.1599 / 15.XI.1600


As matrículas não apresentam mais dados genealógicos, uma vez que na altura o nome do pai e a localidade eram suficientes. Além das matrículas, encontrei as seguintes caixas, com documentos relativos a S. João de Longos Vales e respectivos casais:

Mosteiro de S. João de Longos Vales, páginas 126, 162-3, 168, 170, 176-7 e 180. Os documentos referidos da página 162 estão no Depósito 4, estante 23, tabela 4, caixas 4 e 5. Os referidos nas páginas 176-7, encontam-se no mesmo depósito, estante 25, tabela 5, caixa 56. Tive oportunidade de os ver superficialmente, mas encontram-se lá vários casais, Coutada, Pedra Lavra, Bornaria (a dos Soares Tangis) etc etc.

Há lá muito que ler... muito mesmo!

Com os meus melhores cumprimentos

Eduardo Domingues

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RE: Gomes Marinhos, da Nogueira e Souto Fiscal

#40434 | abivar | 24 abr 2003 00:20 | Em resposta a: #40058

Caro Eduardo:

Obrigado pelos dados interessantíssimos que confirmam, em particular, o estatuto de alguns casais "nossos conhecidos". Para fixar ideias, recordemos que João Gomes Falcão e Catarina Álvares ("pessoas nobres") eram os pais de Paula Falcoa, casada com Simão Marinho (também pessoas nobres, sem dispensa de parentesco!). A mãe de Álvaro Gomes Falcão, a quem no casamento deste chamam Catarina Gomes e não Maria Gomes, era filha de Álvaro Gomes e Inês Falcoa, não sendo portanto irmã de João Gomes Falcão, uma vez que Álvaro Gomes Falcão e sua Mulher Maria Gomes tinha apenas consanguinidade de 4º grau; sendo assim Catarina (?) Gomes deveria ser prima terceira provavelmente de Paula Falcoa, e portanto o mais velho Álvaro Gomes (ou sua mulher Inês Falcoa) primo co-irmão de João Gomes Falcão (com toda a probabilidade).

Espero que tenha tido uma Santa Páscoa. Bons feriados e um abraço, do

António Bivar

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RE: Marinhos de Moulães

#68157 | victória | 23 jun 2004 00:02 | Em resposta a: #32609

Caro Eduardo Albuquerque

A titulo de curiosidade, aqui deixo as seguintes notas sobre descendentes destes 'nossos Marinhos de Moulães', encontradas nos paroquiais de Bela, em Monção:

Francisca Gomes de Gouveia, filha de Estevo/Esteno Afonso e de Maria Gomes de Gouveia, já defuntos e moradores que foram em S. Bento da Torre, em Bela, Monção c.c. João MARINHO SANCHES, filho de Álvaro da Costa e de Maria SANCHES, moradores em Souto Fiscal, S. João de Longos Vales, Monção. casou a 28.abr.1674.

Estevo/Esteno Afonso (supra) filho de Tomé Afonso e de Maria Alvares, galegos, e de Maria Gomes de Gouveia, moradora em Bela, Monção, e filha de António de Gouveia e de Ana Gonçalves, tiveram:

- Francisca Gomes de Gouveia (supra) c.c. João Marinho Sanches, filho de Álvaro da Costa e de Maria Sanches, moradores em Souto Fiscal, S. João de Longos Vales, Monção. casou a 28.abr.1674.

- Isabel Gomes c.c. Domingos Cerqueira, filho de Estevo/Esteno Domingues e de Maria Cerqueira, solteira, da vila de Monção c. 18.mai.1651.

Com os melhores cumprimentos

Eduardo Domingues

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RE: S. Salvador de Cambeses

#68168 | Eduardo Albuquerque | 23 jun 2004 08:24 | Em resposta a: #68157

Caro Eduardo Domingues,

Agradecendo as suas estimadas notas, aqui registo a publicação de uma notável monografia de 718 páginas atinente a S. Salvador de Cambeses, do Dr. Ernesto Pedreira Rodrigues Português, edição da Câmara Municipal de Monção e da Junta de Freguesia de Cambeses, com manifesto interesse para os genealogistas pelas preciosas informações que contêm.

Com os meus melhores cumprimentos,

Eduardo Albuquerque

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RE: S. Salvador de Cambeses

#68213 | victória | 23 jun 2004 23:07 | Em resposta a: #68168

Caro Eduardo

Saliente-se também a obra 'Monção nas memórias paroquiais de 1758' publicada pela Casa Museu de Monção -Univ. do Minho.

Com os melhores cumprimentos

Eduardo Domingues

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RE: antónio pais rebelo soares de castro - Lara

#300145 | anabcosta | 18 mar 2012 16:29 | Em resposta a: #32609

Capela Nossa Senhora dos Remédios,

A capela esteve integrada em domínio senhorial conforme o comprova a pedra de armas com “escudo esquartelado: 1.º-Soares, 2.º-Pereira, 3.º-Marinho (com três faixas), 4.º-Castro (de 6 arruelas). Paquife-Timbre Soares-Séc. XVII” (Gomes, 2000: 181).

Na Quinta de Paço de Lara viveu António Pais Rebelo Soares de Castro, “de notória nobreza, dos mais ricos da vila, de bom procedimento, desinteresse, actualmente (1744) servindo de Capitão de Ordenanças” (idem, ibidem: 182).

Nas ‘Memórias Paroquiais’, de 1758, faz-se referência à “Capela da Senhora dos Remédios, de que hé adeministrador o Padre João António Soares de Castro, do lugar de Paços” (IANTT, 1758).

Gostaria de saber mais informaçõe sobre esta família.
Grata
Ana Gonçalves

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RE: antónio pais rebelo soares de castro - Lara

#300150 | anabcosta | 18 mar 2012 16:36 | Em resposta a: #300145

ATT : A Caela é da Senhora da Saúde e não da Senhora dos Remédios.
Ana Bela Gonçalves

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