Conferência «Cristóvão Colon - mistérios e misticismo - em Mafra»

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Conferência «Cristóvão Colon - mistérios e misticismo - em Mafra»

#316644 | Decarvalho | 05 nov 2012 19:55

A Associação Cristóvão Colon convida os confrades interessados a assistir à Conferência que se vai realizar em Mafra, na Casa da Cultura D. Pedro V (Rua José Elias Garcia)

24 Novembro às 15,00h

Programa:
http://colon-portugues.blogspot.pt/

cumprimentos
Carlos Calado

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RE: Conferência «Cristóvão Colon - mistérios e misticismo - em Mafra»

#316697 | colombo-o-novo | 06 nov 2012 16:38 | Em resposta a: #316644

A ACC convida todos os interessados na temática Cristóvão Colon a assistir à próxima Conferência que terá lugar no dia 24/11/2012 em Mafra

Julieta Marques, museóloga e Membro Fundador da ACC fará uma palestra sobre a pintura no tecto da Sala dos Heróis portugueses do Palácio de Mafra, na qual está representado Colon.
O Dr. Manuel Gandra, orador convidado, fará uma palestra sobre o Livro das Profecias, escrito pelo próprio Cristóvão Colon.

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RE: Conferência «Cristóvão Colon - mistérios e misticismo - em Mafra»

#316709 | tmacedo | 06 nov 2012 19:47 | Em resposta a: #316697

Manuel Rosa,

Agora, para além de se apresentar com o "username" de "colombo-o-novo", assina as suas mensagens como "Cristóvão Colon". Cuidado !!!

Ficamos informados, pela sua mensagem - http://www.geneall.net/P/forum_msg.php?id=316697 - que o Dr. Manuel Gandra palestrará sobre o Livro das Profecias que escreveu. Interessante ...

António Taveira

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RE: Conferência «Cristóvão Colon - mistérios e misticismo - em Mafra»

#316805 | Decarvalho | 07 nov 2012 22:31 | Em resposta a: #316709

Caro confrade António Taveira,

Então agora anda a imaginar que há um ponto final onde ele não existe ou é só para "chatear" o confrade Manuel Rosa?

«...livro das profecias, escrito pelo próprio Cristóvão Colon»

cumprimentos
Carlos Calado

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RE: Conferência «Cristóvão Colon - mistérios e misticismo - em Mafra»

#316810 | tmacedo | 07 nov 2012 22:53 | Em resposta a: #316805

Caro confrade Carlos Calado,

Será que o confrade "colombo-o-moço", ou "colombo-o-novo" que é o mesmo, de tanto tempo a gritar que "aqui há lobo", aparece agora "transmutado" em Cristóvão Colon?

Cumprimentos,
António Taveira

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RE: Conferência «Cristóvão Colon - mistérios e misticismo - em Mafra»

#316820 | A. Luciano | 08 nov 2012 01:54 | Em resposta a: #316805

Caro engº Calado,

Não se surpreenda. Além do "chatear" que parece já patológico, há um bom motivo para a precipitação: é que o Livro das Profecias é uma daquelas coisas que os genovistas não gostam, não falam e, pelos vistos, até esquecem e atribuem a autorias hodiernas.
Para os genovistas, o homem era louco, e escrevia em latinório, em gregório e em hebrório, que mais não saberia. Mas, independentemente das dificuldades de interpretação que são imensas pois o misticismo de Colón não se consegue enquadrar em padrões conhecidos e só o confrade José Maria Ferreira, avança(va) com explicações nesse campo, o que é evidente é que aquilo nunca poderia ter sido escrito por um aprendiz de tecelão - ainda que tivesse como querem sem nenhuma base, tido alguns estudos em Génova mas que depois ter-se-ia entregue a pelo menos 180% às vidas comercial e de navegador.

Não posso estar presente mas estaria disposto a pagar portes e serviço se o dr. Gandra fornecer o texto para que se possam extrair fotocópias. Claro que se estiver digitalizado e disponível no blog, tanto melhor. ;-)

Quanto ao distinto heraldista, especialista secreto das armas colombinas, não espere que dê o braço a torcer. Nem se precipita nem se estatela no chão..., apenas sofre uma crise místico-ecológica e deseja abraçar a Mãe-Terra.

A. Luciano

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RE: Conferência «Cristóvão Colon - mistérios e misticismo - em Mafra»

#316821 | tmacedo | 08 nov 2012 02:03 | Em resposta a: #316805

Caro confrade Carlos Calado,

O M. Rosa tem-nos massacrado a todos com publicidade às suas "tonterias", polacas e outras. Julgava eu que já ninguém tinha paciência para o aturar. Enganei-me. Pelos vistos ainda há algun(s) disposto(s) a pagar ...

Cumprimentos,
António Taveira

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RE: Conferência «Cristóvão Colon - mistérios e misticismo - em Mafra»

#316851 | Decarvalho | 08 nov 2012 18:28 | Em resposta a: #316821

Caro confrade António Taveira,

Esta sua última mensagem
http://www.geneall.net/P/forum_msg.php?id=316821#lista

parece reforçar a ideia de que o caro confrade anda hipercriativo na leitura dos posts dos outros confrades, ou então está a faltar-lhe um cálicezinho de Porto.

O que o confrade A. Luciano se manifesta disposto a pagar são as cópias do texto que o Dr. Manuel Gandra vai apresentar na Conferência em Mafra.
Ora isso nada tem a ver com o confrade Manuel Rosa, que apenas se limitou a publicitar o evento.

cumprimentos
Carlos Calado

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RE: Conferência «Cristóvão Colon - mistérios e misticismo - em Mafra»

#316853 | tmacedo | 08 nov 2012 19:06 | Em resposta a: #316851

Caro confrade Carlos Calado,

Tem toda a razão na sua observação - mea culpa. Corrijo a minha anterior afirmação. Talvez com excepção dos polacos, não fica provado que haja alguém com paciência para pagar pelas tonterias de M. Rosa,

Cumprimentos,

António Taveira

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RE: Conferência «Cristóvão Colon - mistérios e misticismo - em Mafra»

#316854 | Decarvalho | 08 nov 2012 19:45 | Em resposta a: #316820

Caro confrade A. Luciano,

É, de facto, assombroso o leque de autores citados por Colon no seu Livro das Profecias, conhecimento apropriado, obviamente :), a quem começou a vida em roda do tear e a terá alegadamente continuado como agente comercial.

O Membro da ACC Carlos Paiva Neves apresentou em Julho passado uma comunicação no Congresso Internacional do Franciscanismo, da qual transcrevo a seguinte nota:

Obras e Autores citados por Cristóvão Colon no Livro das Profecias: Bíblia (Génesis, Êxodo,
Deuteronómio, I Livros dos Reis, Esdras, Judite, Ester, I Livro aos Macabeus, Salmos, Eclesiástico,
Eclesiastes, Isaías, Sabedoria, Jeremias, Baruc, Ezequiel, Daniel, Oseias, Joel, Amos, Abdias, Jonas,
Miqueias, Habacuc, Sofonias, Zacarias, Mateus, Marcos, Lucas, João, Atos dos Apóstolos, Apocalipse,
Romanos, Coríntios, Tessalonicenses, II Carta a Timóteo, Carta aos Hebreus); Autores Antigos
(Aristóteles, Julio César, Santo Agostinho, Eratóstenes, Flávio Josefo, Santo Ambrósio, Estrabão, Marinus de
Tiro, São Gregório, Ptolomeu, Diodoro Sículo, Santo Isidoro, Séneca, Julio Capitolino, São João Crisóstomo,
Solino, Ovídio, São Jerónimo, Platão, Píndaro); Autores e Obras Medievais (São Tomás de Aquino,
Alfonso de Zamora, Pedro Comestor, Jean Gerson, Ahmed-Ben-Kothair, Ibn-Roshd (Averróis), Francis de
Meron, Breviário, John Holywood, Nicolau de Lira, Beda o Venerável, Duns Scotus, Pierre d'Ailly, Walafrido
Strabo, Albumazar, Rei Alfonso X, Papa Pio II, Johannes Muller, Paolo Toscanelli, Roger Bacon, Joaquim da
Fiore, John Mandeville, Áquila, Merlin, O Corão, Marco Polo, Alfragano, Almanaque, Rabbi Samuel, Avicena,
Alfonso Tostato, Episc. Abulensis, Nicolau Secundino).
Kling, August e Delno C. West, “Libro de las
Profecias de Cristóvão Colon”. Universidade da Flórida. Gainesville, 1991.

cumprimentos
Carlos Calado

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Livro das Profecias

#317278 | Decarvalho | 15 nov 2012 15:35 | Em resposta a: #316854

Caros confrades,

Como se poderia explicar que alguém sem qualquer formação académica conhecida como um Cristoforo Colombo filho de tecelões, eventualmente depois "transmutado" em agente comercial, pudesse ser o autor do Livro das Profecias, onde se identificam citações como as que descrevemos em
http://www.geneall.net/P/forum_msg.php?id=316854#lista

cumprimentos
Carlos Calado

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RE: Livro das Profecias

#317282 | tmacedo | 15 nov 2012 16:43 | Em resposta a: #317278

Caro confrade Carlos Calado,

Parece um daqueles adeptos fanáticos de clube de futebol que, em vez de entender o jogo, só sabe agitar frenéticamente a SUA bandeira durante a partida. Neste caso a bandeira tem escrita a palavra TECELÃO.

Perdoe-me, mas o que sabe o confrade da literacia, ou ausência dela, dos tecelões, e dos seus filhos, na Itália do século XV ?

Perdoe-me ainda, mas o que sabe o confrade da indústria medieval da tecelagem e dos seus oficiais ?

Cristoforo Colombo, como seu pai Domenico Colombo eram CIDADÃOS de Génova. No caso de Cristoforo Colombo desde idade surpreendentemente precoce. A sua literacia, ou ausência dela, não seria certamente inferior à dos cidadãos do Porto ou de Lisboa no mesmo período.

Cumprimentos,

António Taveira

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RE: Livro das Profecias

#317404 | Jaws | 17 nov 2012 18:28 | Em resposta a: #317282

Caro António Taveira

É curiosa a sua mensagem dirigida ao caro Carlos Calado.

http://www.geneall.net/P/forum_msg.php?id=317282#lista

Depois de ter lido uma mensagem do próprio Carlos Calado neste mesmo tópico: http://www.geneall.net/P/forum_msg.php?id=316854#lista

Realmente dá que pensar nas suas perguntas:

"Perdoe-me, mas o que sabe o confrade da literacia, ou ausência dela, dos tecelões, e dos seus filhos, na Itália do século XV ?
Perdoe-me ainda, mas o que sabe o confrade da indústria medieval da tecelagem e dos seus oficiais ?"

E depois remata com: "...A sua [de Cristoforo Colombo] literacia, ou ausência dela, não seria certamente inferior à dos cidadãos do Porto ou de Lisboa no mesmo período...."

Pergunto-lhe agora quantos CIDADÃOS de Lisboa ou do Porto teriam conhecimento de METADE dos autores referidos no Livro das Profecias, por exemplo, no séc. XVIII? E quantos em 1940? E quantos hoje?

A mesma pergunta aplica-se também a tecelões e oficiais da indústria de tecelagem, marinheiros e comerciantes.

"Cristoforo Colombo, como seu pai Domenico Colombo eram CIDADÃOS de Génova. No caso de Cristoforo Colombo desde idade surpreendentemente precoce."

Em idade precoce foi também Capitão. Precocemente aprendeu a astrologia, astronomia, matemática, línguas, cartografia etc. Precocemente foi nomeado Almirante.
Se concorda com tudo isto, significa que estamos perante um "menino prodígio" logo não o pode comparar ou incluir no patamar de "normalidade" de qualquer cidadão, como quer fazer passar quando diz: "A sua literacia, ou ausência dela, não seria certamente inferior à dos cidadãos do Porto ou de Lisboa no mesmo período."

Cumprimentos
Rui Rodrigues

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RE: Raciocinio absurdo

#317408 | Anachronico | 17 nov 2012 20:32 | Em resposta a: #317404

Caro confrade Rui Rodrigues,


A sua observação em http://www.geneall.net/P/forum_msg.php?id=317404 parece à primeira vista ser astuta. Mas veja bem que não é.

Não é António Taveira que quer "comparar ou incluir [Colombo] no patamar de "normalidade" de qualquer cidadão", são os que defendem a these portuguesa que o fazem, pois não querem admittir essa mesma possibilidade do "menino prodigio" - apenas de origem genovesa - que o confrade Rui menciona. Toda a recusa da these genovista parte d'esse principio, do accreditar obstinadamente que Colombo, sendo de mais ou menos baixa extracção social, nunca poderia demonstar toda a cultura que, n'este caso por Carlos Calado, é referida em http://www.geneall.net/P/forum_msg.php?id=316854#lista .

A pergunta e subsequente affirmação de António Taveira que o Rui Nogueira refere não exclui de modo algum essa possibilidade, e não existe o paradoxo que o caro Rui Rodrigues parece ver. António Taveira apenas parece querer demonstar que o lado opposto simplesmente, n'este caso, não sabe do que fala. O que, diga-se, não seria inedito.

Seguindo a linha de argumentação de Carlos Calado & al., tambem homens como Camões, Cervantes ou Shakespeare teriam necessariamente que pertencer às mais altas camadas sociaes, à alta nobreza dos respectivos reinos, pois de outro modo não se entenderia a cultura que demonstram possuir. Julgo não ser necessario explicar como todo este raciocinio é absurdo. Quem era o pai de William Shakespeare? John Shakespeare, um luveiro e commerciante de lãs...


Aceite os meus cumprimentos,
Anachronico

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RE: Livro das Profecias

#317409 | Decarvalho | 17 nov 2012 20:40 | Em resposta a: #317282

Caro confrade António Taveira,

http://www.geneall.net/P/forum_msg.php?id=317282#lista

Terá que escolher melhor o seu lugar na bancada do estádio, pois ainda tem à sua frente muita gente que agita as bandeiras do clube Tecelão e isso perturbou-lhe a visão para o lado do estádio onde eu me sento. A minha bandeira é outra, é a da equipa adversária.

Pergunta-me o que sei eu de literacia ou ausência dela dos tecelões e dos seus filhos, na Itália do séc. XV

Como deve calcular, e porque não vivi "in loco" esses tempos, aquilo que sei é aquilo que tenho lido. E tenho-o lido principalmente em autores que jogam na equipa Tecelão. Se eles estão errados, terá o caro confrade de mandar corrigir tudo o que eles escreveram.

Aqui à mão tenho, p.ex. Marianne Mahn-Lot, "Portrait historique de Christophe Colomb", do qual transcrevo (com minha tradução livre)
«Ferdinand Colomb pretende, na sua Historie, que o futuro almirante fez os estudos na universidade de Pavia, o que é absolutamente inverosímil para o filho de tecelões. É mais do que provável que o jovem Christophe tenha frequentado em Génova as escolas onde aprendeu caligrafia, elementos de geometria e de cosmografia: era uma formação que se dava frequentemente na grande metrópole naval»

Entre uma aprendizagem de rudimentos nalgumas matérias e a profundidade demonstrada ao longo da sua vida vai um abismo.

Sobre a indústria mediavel de tecelagem também não sei grande coisa, mas quer o caro confrade dizer-nos que a actividade de Domenico na sua oficina, mudando-se (?) de Génova para Savona e vice-versa era uma Indústria de tecelagem?

cumprimentos
Carlos Calado

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RE: Livro das Profecias - novos raciocinios absurdos

#317413 | Anachronico | 17 nov 2012 23:00 | Em resposta a: #317409

Caro Carlos Calado,


Quando terminará toda esta sequencia de raciocinios absurdos?

O caro confrade cita em http://www.geneall.net/P/forum_msg.php?id=317409 Marianne Mahn-Lot, em "Portrait historique de Christophe Colomb": «Ferdinand Colomb pretende, na sua Historie, que o futuro almirante fez os estudos na universidade de Pavia, o que é absolutamente inverosímil para o filho de tecelões. É mais do que provável que o jovem Christophe tenha frequentado em Génova as escolas onde aprendeu caligrafia, elementos de geometria e de cosmografia: era uma formação que se dava frequentemente na grande metrópole naval»

Quando é que os caros confrades mettem na cabeça que probabilidades não interessam minimamente n'um estudo historico, e param de citar obras que falham entender isto?

Qual era a probabilidade de Pertinax, filho de escravos, casar com uma mulher da velha aristocracia romana e ascender a Imperador de Roma? Era absolutamente inverosimil; era muito mais provavel que continuasse como professor de grammatica na provincia até ao fim dos seus dias. Mas não foi isso que succedeu, e esse filho de escravos, ainda no seculo II, chegou a ser imperador romano. Qual era a probabilidade de Napoleão ascender a Imperador de França? Era absolutamente inverosimil. No entanto, foi isso que succedeu. O que era inverosimil ou provavel no caso de Colombo não interessa. Mettam isso na cabeça.

Para repetir o que acabo de escrever ao confrade Rui Rodrigues em http://www.geneall.net/P/forum_msg.php?id=317408&fview=c :

"Seguindo a linha de argumentação de Carlos Calado & al., tambem homens como Camões, Cervantes ou Shakespeare teriam necessariamente que pertencer às mais altas camadas sociaes, à alta nobreza dos respectivos reinos, pois de outro modo não se entenderia a cultura que demonstram possuir. Julgo não ser necessario explicar como todo este raciocinio é absurdo. Quem era o pai de William Shakespeare? John Shakespeare, um luveiro e commerciante de lãs..."

Contra todas as probabilidades Alexandre conquistou um imperio, Pertinax herdou outro, e Napoleão creou um terceiro. Contra todas as probabilidades tivemos outros "meninos prodigio": um colossal Newton na mathematica e physica, um inaccreditavel Mozart na musica, &c, &c. Shakespeare, esse outro filho de um commerciante de lãs, não frequentou a universidade. Nem sabemos ao certo que eschola de grammatica terá frequentado. E terá Cervantes frequentado a universidade? Terá Camões? Não sabemos. E na realidade nem interessa: as obras falam por si.

Homens como estes, entre os quaes devemos obviamente collocar Colombo, são exactamente os que fogem a todas as regras de normalidade. Falhar ver isso é simplesmente falhar como historiador, e como pensador: é querer reduzir o extraordinario ao ordinario. É querer applicar a rigidez mechanica da "regra" de Manuel Rosa, e a absurda logica do "avaliar probabilisticamente" de A. Luciano, ao melhor que tem a humanidade: a capacidade de alguns de fugir a todas as regras.

Tambem Gadaffi quis uma vez que Shakespeare fosse libyo. Seria um xeque, o xeque Spir, por razões ignoradas fugido da Libya e radicado na Inglaterra. Sinceramente, todas estas theorias de Colombos portugueses, tão repletas de raciocinios absurdos, cada vez mais me soam mais às fantasias de Gadaffi e o seu xeque Spir que a qualquer cousa minimamente merecedora de ser chamada sciencia......



Cumprimentos a todos,
Anachronico

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RE: Raciocinio absurdo

#317435 | Jaws | 18 nov 2012 17:13 | Em resposta a: #317408

Caro Anachronico

Permita-me que discorde da sua afirmação quanto ao que os que defendem a tese portuguesa. A tese portuguesa não nega de forma alguma o "menino prodígio". O princípio da recusa da tese genovesa é de não admitir que Cristóbal Colón e Cristoforo Colombo sejam a mesma pessoa por todos os factos conhecidos da vida do Almirante. A cultura ou falta dela é apenas um desses factos e normalmente nem lhe é dado primazia. Vem por acréscimo. Ao passo que a língua, a aceitação social nas cortes e as navegações são os principais factos que fazem duvidar da história oficial.

O estatuto social que se lhe quer atribuir na tese portuguesa não lhe garante sabedoria e inteligência. Se se perdesse menos tempo a "desancar" no caro Manuel Rosa e mais tempo a ler ou "ouvir", tinham os "genovistas" entendido que a possibilidade de "menino prodígio" pode aplicar-se ao Almirante. O que se recusa liminarmente é a aceitação de um Cristoforo Colombo Almirante, quer seja ou não "menino prodígio".

A cultura que se demonstra possuir não pode ser aceite como simples prodigalidade. À que ter acesso a ela. Não é por acaso que os "genovistas" para colmatar esta fragilidade na história oficial, surgiram com a ingressão na Universidade de Pavia, cuja matrícula nunca apareceu.
É legítimo aceitar que Camões, Cervantes e Shakespeare tenham tido acesso à cultura que demonstraram ter, independentemente do estatuto social mas já não o é em relação ao Cristoforo Colombo.

Não é legítimo sequer trazer Camões, Cervantes e Shakespeare para este campeonato, ao passo que Vasco da Gama já poderia ser comparável ao Almirante.
Vasco da Gama teve um percurso de vida ascendente por interesses políticos. Como navegador, na minha opinião, não era extraordinário nem o que fez se classificaria como tal.
Se pensar-mos numa ascendência social do Almirante por interesses políticos estaremos a pisar na teoria do espião ao serviço de D.João II ou na teoria da Duquesa de Medina-Sidónia.

Cumprimentos,
Rui Rodrigues

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RE: Livro das Profecias - novos raciocinios absurdos

#317481 | Decarvalho | 19 nov 2012 15:48 | Em resposta a: #317413

Caro confrade Anachronico

http://www.geneall.net/P/forum_msg.php?id=317413#lista

Pergunta-nos quando terminará toda esta sequência de raciocínios absurdos e a resposta óbvia é que terminará a sequência de raciocínios absurdos quando os defensores do Colombo genovês se convencerem que essa tese é precisamente o resultado de toda uma sequência de raciocínios absurdos.

Apenas invoquei Marianne Mahn-Lot para demonstrar que são esses mesmos autores que propagaram a tese do Colombo genovês aqueles que não entendem que as suas conclusões se baseiam em absurdos.

Indique-nos o caro confrade pelo menos UM autor que defenda a tese do Colombo genovês que não baseie todo o seu texto em raciocínios absurdos, pois todos eles falham a explicação de como poderia o Almirante Colon ter sido o filho do tecelão Domenico Colombo.
Ou o caro confrade aceita que se citem esses autores para divulgar o Colombo genovês mas não admite que se invoquem para apontar incongruências na tese?
cumprimentos
Carlos Calado
Carlos Calado

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RE: Livro das Profecias

#317483 | tmacedo | 19 nov 2012 17:49 | Em resposta a: #317409

Caro confrade Carlos Calado,

A sua listagem de autores referidos por CC serve para “épater le bourgeois”. Mas não tem a mínima relevância para a defesa da sua dama.

Importante seria se pelo livro das profecias se pudesse demonstrar uma profunda cultura escolástica desde verdes anos. Aí sim, haveria uma contradição com o filho do “tecelão”.

Em vez disso, o que fica demonstrado é um conhecimento [no fim de vida] de alguns autores, certamente fruto de um auto didactismo altamente meritório e, pelo conhecimento daqueles, uma referência indirecta a outros igualmente nomeados.


Cumprimentos,
António Taveira

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RE: Livro das Profecias

#317486 | A. Luciano | 19 nov 2012 18:39 | Em resposta a: #317409

Caro engº Calado,

Confessa não saber grande coisa de tecelagem. Entendendo a tecelagem "lato sensu" sempre lhe vou dizendo que sabe concerteza tanto ou mais do que o confrade António Taveira de quem cito:

"Cristoforo Colombo, como seu pai Domenico Colombo eram CIDADÃOS de Génova. No caso de Cristoforo Colombo desde idade surpreendentemente precoce. A sua literacia, ou ausência dela, não seria certamente inferior à dos cidadãos do Porto ou de Lisboa no mesmo período."

Esta palavra Cidadãos, enfatizada a maiúsculas, parece querer dizer que os "civis genuensis" eram algo mais do que súbditos de Génova. Não eram.
Trata-se de assunto que não será do conhecimento de muitos, porque só faz sentido em Itália ou na Alemanha, onde coexistiam diferentes jurisdições e havia a necessidade de identificação para efeitos jurídicos. Há pouco tempo tive a oportunidade de referir a existência de uma burguesia da Suábia, que se podia fazer equiparar às restantes categorias sociais, clero, nobreza e povo. Esses tinham o título de "Bürger" que os anglo-americanos - os patrões da cultura mundial pelo peso da difusão da língua - traduzem por "citizens" ou seja cidadãos. Também já tive oportunidade de escrever que esses "Bürgern" também traduzidos por cidadãos em português, sê-lo-iam menos mal por munícipes, e, na grande maioria das situações, ainda menos mal por "homens bons". Traduzir bem não é possível porque, reportando-se a situações que não têm equivalência em Portugal, não podem haver palavras que tenham o mesmo significado exacto.

Mas seria essa gente - sempre culta, por vezes ricos - que o confrade António Taveira queria sugerir, talvez sugestionar - como sendo a categoria dos Colombos de Génova.
Ora antes do mais há que referir que o que sucedia na Suábia não era exactamente o que sucedia na hoja Itália. Haveriam algumas poucas jurisdições - as que estiveram mais tempo sujeitas aos imperadores do sacro-império romano-germânico, que apresentavam algumas semelhanças com o que sucedia em algumas cidades da Suábia mas Génova NÃO era uma delas. E só algumas, pois as práticas eram muito diversificadas, desde logo entre o que ocorria nas cidades livres (ou cidades imperiais) e o que ocorria nas cidades dependentes de jurisdições territoriais. Nestas últimas, quer em cicades livres quer não, era bem diferente o que ocorria nas jurisdições do Nordeste - p.ex. Prússia, Hessen, Saxe do que ocorria no Sudoeste, Württemberg, Baviera, Bade.

De comum, os burgueses da cidade, terem certos direitos que quaisquer outros. ainda que nobres, não tinham. Nada impedia que nobres adquirissem o direito de burguesia mas tinham-no então pelas regras de acesso próprias e não por direitos adquiridos pela sua condição de nobres. Claro que não sendo independentes - ao contrário de Génova - havia uma dupla jurisdição, no caso das cidades imperiais quase só formal, nas outras muito mais efectiva. Nas cidades imperiais, sobretudo ainda na Idade Média, o imperador podia atribuir a quem entendesse a categoria de patrício e assim habilitá-lo a ser depois eleito para cargos municipais e podia também nomear juízes, aí semelhantes aos nossos juízes de fora. Outros soberanos, os duques do Württemberg, os marqueses de Baden etc, não só nomeavam os juízes como os magistrados - pequenos delitos e polícia - e quase sempre tudo o que tinha a ver com necessidades militares, especialmente o aprovisionamento.
Também de uma maneira geral, existiam dois conselhos, um conselho alargado, cujos membros começaram a ser conhecidos por Ratsherren - traduzido por senadores depois da latinização ocorrida na Renascença - e um conselho restrito cuja designação mais normal "des kleinen Rats" traduz-se literalmente por "pequenos Conselheiros" quando de facto a sua importância era muito maior e constituíam o "executivo". São traduzidos em inglês por "aldermen" e seriam os nossos vereadores municipais (não confundir com os vereadores no sentido medieval dos "portadores da vara" que tinham funções muito mais importantes). O burgomestre era eleito em alguns casos pelo grande conselho, noutros pelo pequeno, noutros ainda por ambos e servia normalmente por um ano, por vezes por dois, nuns casos podendo ser reeleito, noutros não, noutros ainda só em mandatos não consecutivos. Também as incompatibilidades variavam, sendo a mais frequente não poderem ser magistrados mas, sem excepção que identifique de repente, não existia exclusividade pois eram quase sempre industriais ou comerciantes, mais raramente funcionários e na grande maioria dos casos prosseguiam as suas actividades em acumulação.

Isto tudo apenas para os que sabem alguma coisa, verem que nada de semelhante existia em Génova, cidade onde o poder era vertical, de cima para baixo e adquirido "manu militari" entre os dois grandes grupos familiares que dominaram por séculos.

Mesmo com diferenças nos regimes de aquisição do direito de burguesia, era geral um registo apropriado, quer das famílias que tinham direitos hereditários - em raros casos e cidades grandes que pelo seu sucesso económico atraíam imigrantes, o próprio direito de moradores era logo inscrito no baptismo pois haviam diferenças sensíveis no campo tributário mas sobretudo, no recenseamento militar - quer dos que o adquiriam por compra ou por decisão do Conselho por exercerem mister ou profissão que convinha à cidade, e em todas as cidades havia o Livro dos Burgueses, por vezes com outro nome e com variados conteúdos. É por estes livros e pelos dos impostos, que se recuam as genealogias de famílias não nobres até bem antes de Trento.
Como é lógico, esta categoria de burguês de uma cidade, apenas produzia efeitos dentro dessa cidade. Assim, em escrituras - sobretudo as com implicações fiscais - era normal o burguês, quando pela sua situação isso não fosse inerente, ser identificado como burguês "daqui" "Bürger allhier" e apenas vi burgueses de uma cidade assim identificados noutra, por motivos sociais, por exemplo quando apareciam como sogros ou padrinhos fora da sua localidade e, ainda assim, apenas nos raros casos em que a profissão era insuficiente. (isto acontecia porque não era costume qualificar a actividade artesanal e assim um sapateiro tanto podia ser um remendão como um industrial com vários oficiais ao seu serviço Nesses casos já parecia "sapateiro e burguês em ...".

Ora em Génova, onde depois do sistema feudal cedo vingou o patriciado, apenas existia o "Libro d'Oro" livro do registo das famílias patrícias que eram os únicos que podiam desempenhar cargos municipais, o que forçou até a nobreza do "antigo" regime a cedo aderir ao patriciado. No "Libro d'Oro" apesar da enorme difusão do apelido, não existe nenhum Colombo.
Mas o que é determinante é que o tal "civis Genoa" em relação ao pai Domenico - o tal das 80 a 110 escrituras - só é aplicado quando ele está fora de Génova, maxime nas de Savona. Cristoforo só é "civis Genoa" em Savona, com 21 anos e depois no "Assereto" - falso ou verdadeiro para o caso não interessa - numa situação em que está transitoriamente em Génova, pois veio da Madeira e vai para Lisboa. Isto é, o "civis Genoa" não faz qualquer sentido como qualificativo social pois nunca aparece nas escrituras em Génova, mas faz todo o sentido como qualificativo jurisdicional: eram súbditos de Génova. E é tudo. E é apenas por isso que em Cristoforo é precoce, porque nada tem a ver com realização profissional ou social.

Em Génova existiam Guildas e estas foram adquirindo poder, incluindo o de nomear pessoas para o "Conselho" (não me lembro do nome) em número tendencialmente crescente até acabarem por ser maioritários. Este processo estava na fase inicial no tempo dos "nossos" Colombos laneiros.
Precisamente porque não tinham burguesia organizada como tal, o associativismo em Génova foi económico e por ramo de actividade. A Guilda dos laneiros, organizada verticalmente, começava pelos tosquiadores, seguia por cardadores, pisoadores, tecedores, etc., e culminava nos comerciantes. Este últimos, podiam ser importantes mercadores que cobriam o circuito económico, importando lã do estrangeiro, entregando-a a um curtidor, depois ao tecelão, depois ao tingidor e promovendo finalmente a exportação do tecido final.
As categorias dos tecedores eram simples e bem delimitadas: oficial e mestre. O oficial exercia mas não podia contratar nem aceitar aprendizes. Mas, para ser reconhecido oficial tinha de ter cumprido a aprendizagem na oficina de um mestre e sob a jurisdição deste. Era esta mudança de jurisdição, do poder paternal para o poder do mestre, que forçava a notarizar os contratos de aprendizagem, enquanto os contratos de trabalho dos oficiais não o eram.
Sabemos que Cristoforo chegou a oficial pela tal escritura de Savona em que "precocemente" - Taveira dixit - é dito "civis Genoa". E se chegou a oficial foi aprendiz, E se não se conhece contrato de aprendizagem, terá sido aprendiz na oficina do pai, onde, por não haver qualquer mudança de jurisdição, não era necessário gastar dinheiro no notário.
Isto é o que diz o bom senso e retirado dos documentos da "Raccolta".

Poderia dar o benefício da dúvida ao confrade Taveira se se tivesse limitado ao primeiro parágrafo dos dois que transcrevi no início. Mas a da literacia é realmente demais.
O maior apologista dos Colombos é sem dúvida Taviani que diz do pai que não sabia escrever - nem assinar acrescento eu - mas "devia" saber ler o suficiente para entender as escrituras em que intervinha. Cristoforo podia ou não saber ler e escrver, se tivesse estudado novo, mas na idade escolar, era aprendiz e não podia ter sido outra coisa pois chegou a oficial. Ora o pai era tão ou mais - tinha mais uma escritura - "civis Genoa" do que o filho. O que se pode então concluir da literacia desses CIDADÃOS que nem assinavam nas escrituras?

Ainda não acabei mas esgotei e ultrapassei o tempo disponível.

A. Luciano

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The Holy Grail -- RE: Livro das Profecias

#317487 | kolon | 19 nov 2012 18:46 | Em resposta a: #317483

Caro António Taveira,

Continua a lutar nesta batalha sem trazer nada de novo para responder às novas informações apresentadas durante os últimos 6 anos.
Continua sem entender a base não-dcoumental em que se assentava toda a premissa de um "Colombo tecelão" e continua a ignorar que o "Colombo italiano" hoje está derrubado sem remédio para nenhum para poder fazer o filho do Doménico Colombo encaixar no Colon.
Entretanto como o cavaleiro negro neste filme, continua a quere lutar tendo já há muito perdido a batalha:
http://youtu.be/zKhEw7nD9C4

Cumprimentos,
Manuel Rosa

Resposta

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RE: Livro das Profecias

#317498 | tmacedo | 19 nov 2012 20:27 | Em resposta a: #317487

Manuel Rosa,

É completamente incapaz de discutir as questões. Essa incapacidade leva-o a procurar "fazer desaparecer" as minhas mensagens [http://www.geneall.net/P/forum_msg.php?id=317483#lista] em vez de as questionar.

Diz que eu não respondo "às novas informações apresentadas durante os últimos 6 anos".
Quais novas informações?
O disparate do rei Ladislau "mai-lo" seu putativo "filho" Segismundo?
As suas malabarices heráldicas, "trasformando", âncoras em cruzes?
As suas constantes "manipulações" dos documentos, ficcionando e propalando falsidades quando lhe convêm?

Todas as suas "interpretações", assentes numa crassa ignorância do que era vida no século XV e numa total ausência de "bom senso", não valem uma nota de roda pé. Porque escreve livros?

António Taveira

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Porque escreve livros? .. RE: Livro das Profecias

#317523 | kolon | 20 nov 2012 00:29 | Em resposta a: #317498

António Taveira,

Pois é, só sabe duas ou três coisas que eu tenho metido aqui para discussão e pouco ou nada sabe do resto da história.
O «Colombo Português - Novas Revelações» está cheio de provas de como a história estava errada, e tantas provas amostra que até já se começou a questionar a "descoberta" do Brasil antes de Cabral, coisa que já eu tinha apontado no meu livro em 2006.
De facto eu disse que o Brasil já estava descoberto pelos homens de D. João II antes de Março de 1493 e dei os factos de como já até os espias da Rainha Isabel ou souberam.

Manuel Rosa

Resposta

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Porque escreve livros?

#317525 | tmacedo | 20 nov 2012 00:42 | Em resposta a: #317523

Manuel Rosa,

A sua resposta [http://www.geneall.net/P/forum_msg.php?id=317523] à minha mensagem é patética.

Por que escreve livros se nada tem para dizer ???

António Taveira

PS. Já de há muito se questiona a descoberta do Brasil antes de Cabral, não de há 6 anos para cá ... Sem qualquer prova de suporte. Até há quem diga que um Gonçalo Taveira, cuja existência não está documentada, chegou às costas do Maranhão em meados do século XV ...

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RE: Livro das Profecias

#317536 | fxcct | 20 nov 2012 11:09 | Em resposta a: #317278

Caro Carlos Calado,

O Livro das Profecias é, pelo que consigo apurar (nunca o li), uma obra de Escatologia. A esse respeito recomendo a leitura dos seguintes artigos:
Christopher Columbus and the Matter of Religion de Bryan F. Le Beau
http://moses.creighton.edu/csrs/news/F92-1.html
Prophecy and Discovery: On the Spiritual Origins of Christopher Columbus's "Enterprise of The Indies" de Pauline Moffitt Watts
[pdf] http://www.studythepast.comwww.studythepast.com/1301_spring12/materials/watts.pdf

Não considero sustentável a posição de que a Escatologia seja um passatempo ao qual Colón aderiu em paralelo à sua actividade de navegador e colonizador. A interpretação correcta é, na minha opinião, que a Escatologia foi um dos principais, se não o principal, motivador para o empreendimento do "Novo Mundo". A corroborar esta interpretação, lembro-me de uma carta que Colón escreveu aos Reis Católicos prometendo financiar um exército para a reconquista de Jerusalém[1]. A reconquista é, nem mais nem menos, do que uma das quatro linhas mestras da Escatologia de Colón. Lembro-me ainda de outra carta (para quém?) em que Colón relatava a demanda do paraíso terrestre na foz do Orinoco[2]. Ora a descoberta do paraíso terrestre era outra das quatro linhas mestras da Escatologia de Colón.

Na hipótese de Colón ter aderido a um movimento escatológico depois de 1492, só existe um período entre 1496 e 1498 em que Colón residiu em Castela tempo suficiente com acesso ao material didáctico necessário. Eu ficaria muito surpreendido que, tendo vindo para Castela para tratar da sobrevivência das suas colónias, Colón se tivesse dedicado antes ao estudo da Escatologia. Mas não consigo, para já, excluir que Colón tenha nesse período de 1496 a 1492 usado a Escatologia como nova ferramenta para justificar aos Reis Católicos investimentos e privilégios continuados nas novas colónias. Mesmo assim, considero mais prudente datar o estudo da Escatologia de Colombo ao período de 1483 a 1492, no qual residiu (sem navegar?) em Castela. Ou mesmo antes.

Os meus cumprimentos,

Francisco

[1] e [2] - devo estes apontamentos ao José Maria Ferreira, que durante muitos anos se esforçou para nos "iluminar".

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Escatologia, Joaquim de Fiore, Culto do Espirito Santo e os Templários - RE: Livro das Profecias

#317563 | kolon | 20 nov 2012 19:09 | Em resposta a: #317536

Caro Francisco,

Cristobal Colon sabia muito bem o que escrevia e porquê, nós é que não o sabemos hoje porque estamos 500 anos longe e muita coisa foi censurada, modificada e negada. Até o próprio livro das Profecias foi censurado onde lhe arrancaram fora várias páginas.
Mas que ele sabia o que dizia é evidente neste pequeno extracto que, como imagin ao Anachronico e os seus iguais, fora escrito por um plebeu tecelão que se ensinou a si própiro:

"Fol. 1

(En el margen izquierdo superior)
Profecías que juntó el Almirante Don Christóval Colón de la Recuperación de la Santa Ciudad de Hierusalém y del descubrimiento de las Indias, dirigidas a los Reies Cathólicos.

+ Jesús con María sean con nosotros en el camino.
Amén.

Carta del Muy Magnífico y prudentísimo
señor don Christóval Colón, almyrante &
visorrey y governador perpetuo de las yslas de las
Indyas, y tier[ras] firmes por él descubiertas &c.
al padre don frey Gaspar Gorritio &c.
monge en la Cartuxa de Sevilla

+

Reverendo y muy devoto padre. Quando vine [aquí], començé a sacar las auctoritades, que me parescía que haçían al caso de [Jerusalem en un libro], para después tornarlas a rrever, y las poner en rrima2 en s[u lugar adon-de… sea] al caso. Después succedió en my otras occup[ac]ione[s, por donde no ovo lugar de pro]seguir my obra, ny lo hay; y ansy os lo en[bío que le vea… Podrá ser que el ánima o]s incitará a proseguir en él; y que Nuestro [Señor vos alumbrará auctoridades muy a]uténticas. En la Biblia es de continua[r y en muchos lugares la Glosa3 a]provecha y alumbra: y es de haçer d’ella mucha [memoria al tiempo se ovi]ere [de s]acar en lympio. Fecha en Granada a XIII de setienb[re de 1501]...."

...La letra [el sentido literal] enseña los hechos; la alegoría, lo que debes creer; el sentido moral [la tropología] lo que debes hacer; la anagogía lo que debes intentar. ...

... La Sagrada Escritura se expone de cuatro modos. El primero, según el sentido histórico, tiene que ver con la historia, o sea la narración de los acontecimientos, de hystrion, palabra que quiere decir «ver» o «conocer»; entre los antiguos nadie escribía la historia a menos que hu-biese presenciado los sucesos. El segundo es el alegórico, de leon, una palabra que significa «distintamente», y gore, que significa «decir» o «locución»; y esto cuando por medio de un hecho se da a entender otro distinto, que ha de ser creído. El tercero es el tropológico, término compuesto de tropos, que significa «conversión», y la palabra logos, que quiere decir «definición»; y esto cuando mediante un hecho se da a entender algo que nos enseña cómo debemos comportarnos. El cuarto es el anagógico, de ana que significa «hacia arriba» y goge que significa «conducción»; y esto cuando por un hecho se da a entender lo que debe ser deseado, a saber, la gloria celestial...

...(En el margen derecho) Jeremías 25[:17, 18, 22]
Entonces tomé la copa de la mano de Jehová, y di de beber a todas las naciones, a las cuales me envió Jehová: a Jerusalén &c. Y a los reyes de las islas que están del otro lado del mar &c.... "
------ O Libro de Profecias ( http://www.bibliotecapleyades.net/esp_colon_2a.htm )

Falta, acho eu, uma boa investigação ao Portugal de 1100-1500 no que toca a Escatologia (Fim dos Tempos), Joaquim de Fiore, Culto do Espirito Santo e os Templários\Ordem de Cristo.

Acho que Colón sendo um dos homens da corte de D. Afonso V e D. João II, tal como ligado à Ordem de Cristo e Santiago, que estaria imergido desde pequenino nas correntes teológicas e filosóficas do seu Portugal.
Acho que D. Manuel I, foi o elo que quebrou numa corrente que vinha já desde o Conde D. Henrique e que se forjou melhor com o seu filho e Cavaleiro Templário, Afonso Henriques e os Cavaleiros do Templo contrários ao Vaticano.

Acho que um bom estudo ao Portugal antigo esclarecerá muita coisa, incluindo a morte de D. João II envenenado.

Cumprimentos,
Manuel Rosa

Resposta

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RE: Livro das Profecias

#317661 | fxcct | 22 nov 2012 16:27 | Em resposta a: #317536

Caros Confrades,

No segundo artigo que indiquei [Prophecy and Discovery], o autor escreve o seguinte paragrafo na página 99 que transcrevo na íntegra:

"This was Columbus's ultimate goal, the purpose of all his travels and discoveries - the liberation of the Holy Land".

(Este era o derradeiro objectivo de Colombo, o propósito de todas as suas viagens e descobertas - a libertação da Terra Santa).

A leitura deste artigo dá a sensação que, a ter vivido mais alguns anos, Colón teria convencido os Reis de Castela a organizar uma cruzada de reconquista de Jerusalém.

Os meus cumprimentos,

Francisco

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conquista de Jerusalém. RE: Livro das Profecias

#317666 | kolon | 22 nov 2012 16:38 | Em resposta a: #317661

Caro Francisco,

Aconselho a re-leitura do "Colombo Português-Novas Revelações" onde verá que é isso mesmo que eu afirmo e em que também D. João II estava envolvido:

«Trabalhando em conjunto com o Rei Maximiliano I, da Alemanha, D. João
II recorreu a um sábio agente para viajar através de Espanha e para lhe trazer os
relatos dessas viagens. Depois, enviou-o novamente a Espanha, para se apre sen -
tar aos Reis Católicos com os planos que D. João II arquitectara em relação a
Es panha e que Colon já lhes tinha proposto: a reconquista de Jerusalém, como
se vê no Apêndice. Assim, o homem escolhido foi Jeronimo Münzer.»

«Todo o ganho desta minha empresa se
gastasse na conquista de Jerusalém.
D. Cristóvão Colon»

«mão, «el templo de Jherusalem», era a principal razão para aquela sua missão.
Es ta torna-se ainda mais surpreendente quando nos apercebemos que, enquanto
cristão, queria reconstruir um templo que a Bíblia diz ter sido justamente des -
truí do como castigo contra os judeus pela perseguição que fizeram a Jesus. Mas
essa era a missão mais importante da Ordem do Templo.
O 1.º Almirante das Índias, tal como o Infante D. Henrique, queria liderar
um vasto exército até à Terra Santa (uma missão Templária) e planeava usar to -
das as receitas do Novo Mundo para esse fim. Já durante a primeira viagem lê-
-se que era esta a sua verdadeira preocupação:
Dezembro 26, 1492: Antes de três anos empreendessem e endereçassem para ir
a conquistar a Casa Santa, «que assím protestei a Vossas Altezas que todo o ganho
desta minha empresa se gastasse na conquista de Jerusalém.
4 de Março de 1493: De hoje a sete anos eu podrei pagar a Vossas Altezas cinco
mil de cavalo e cinquenta mil de pé para a guerra e conquista de Jerusalém, sobre o
qual propósito se tomou esta empresa [das Índias].
Carta ao Papa Alexandre VI, Fevereiro, 1502: Beatíssimo Padre: ... Esta em -
pre sa foi começada com o fim de gastar o que dela se obtivesse em defesa da Casa
Santa e da Santa Igreja ... que daí a sete anos eu lhe pagaria cinquenta mil a pé e
cinco mil a cavalo na conquista dela, e daí a cinco anos outros cinquenta mil a pé e
outros cinco mil a cavalo, que seriam dez mil a cavalo [cavaleiros] e cem mil a pé
[soldados] para isto.
Carta aos Reis [Santo Domingo], 3 de Fevereiro de 1500: Creio que se recor -
dam daquele bom religioso, frade Juan Pérez, o qual incitou Vossas Altezas a outras
empresas, assim como à de Granada e dos judeus, que ele e eu viemos ao vosso real
só com esta das Índias e apropriada para a conquista da Casa Santa. Ele está morto,
e eu suplico-lhes que ma confirmem e me façam mercê da capitania e empresa, por -
que agora, que Nosso Senhor me viu tão injustamente desamparado de todo o mun -
do, ... e não quer que eu tenha falado dele em vão, pelo que me fará mercê gran dís -
sima ao confirmar-me o prometido e acrescentar a conquista em seu real nome ...
tudo o qual que assim procuro com o resto que tenho está reservado para a jornada
que disse em cima, ... e aprazer-lhe-á que, assim como o templo de Jerusalém se edi -
ficasse com madeira e ouro de Ofir, que agora com ele mesmo se restaur(e) a Igreja
Santa e se reedifique o mais sumptuoso do que estava primeiro. A Santa Trindade a
vida e muito alto estado de Vossas Altezas acrescente e prospere ao seu Santo serviço.
Carta à Rainha, Agosto-Setembro 1501: Cristianíssima Rainha: eu sou o servo
de Sua Alteza. As chaves da minha vontade eu lhas dei em Barcelona ... Frei Johan
Peres lhe diría e a ama, e assim fico mais firme ... Isto me contrista por dois cabos:
um é pelo de Jerusalém, de que suplico a Sua Alteza que não o tenha em pouco, nem
que eu falei nele por arte ... Veja agora se lhe apraz de me experimentar como o qual
neste das Ìndias e do outro da Casa Santa.
Jamaica, 7 de Julho de 1503: Jerusalém e o monte Sión há-de ser reedificado
por mão de cristão(8).
O Almirante Colon estava deveras obcecado com uma reconquista do Tem -
plo. Ele não foi para a «Índia» para ficar rico, foi para encher os seus cofres de
modo a patrocinar e capitanear um grande exército cristão com o ouro colhido
no Novo Mundo. Escrevia que os ganhos desta empresa eram para se «gastar em
defesa da Casa Santa». Ele não escreveu «esta empresa começou para que eu pu -
desse provar-lhe que conseguiria descobrir a Índia a oeste». Em última análise,
a sua missão era religiosa, como era aquela do Infante D. Henrique.
Investia não somente o seu talento, o seu tempo e o seu esforço, mas investia
também o seu próprio dinheiro para alcançar esse fim, como esclarecia confian -
te mente a seu filho. Carta para Diego Colon, Sevilha, 21 de Novembro de 1504:
Eu juro, e isto que seja só para ti, que das mercês que Suas Altezas me têm feito,
perdi da minha parte mais do que dez mil contos cada ano, e que jamais se podem
recuperar.
Não seria esse desejo de reconstruir o Templo de Salomão resultado de ele ser
membro da única ordem militar templária existente? Pensamos que foi exacta -
men te por pertencer a tal ordem que ele escolheu o pseudónimo Colon, signi -
ficando Membro.
Até hoje não se encontrou qualquer documento que mencione o nome de
Colon em Portugal antes de 1493. Isto não deve surpreender ninguém, dado
que Cristóvão Colon era um nome falso, um nome que ele nunca usou enquanto
viveu em Portugal.»

«Sevilha, 29 de Dezembro de 1504: Querido filho: Com D. Fernando [Colon]
te escrevi copiosamente, o qual saiu para aí faz hoje 23 dias ..., haverá 8 dias que
[enviei um correio] com outro crédito de Francisco Doria. Estas vão endereçadas
a Pantaleão e Agostinho Italiano para que depois tas dêem, e com elas vai uma có -
pia de uma carta que escrevo ao Santo Padre ... para que a veja Sua Alteza ou o
Senhor Bispo de Palência para evitar testemunhos falsos.»

«Sevilha, 18 de Janeiro de 1505: Querido Filho: Com um correio que há-de
chegar aí hoje te escrevi copiosamente ... O Senhor Bispo de Palência já chegou ou
vai chegar, diz-lhe quanto me tem alegrado a sua prosperidade, e que se eu for aí,
que hei-de hospedar-me com sua mercê, embora ele não queira, e que havemos de
vol tar ao primeiro amor fraterno, e que não mo poderá negar porque o meu serviço
lhe fará com que seja assim. A carta ao Santo Padre eu disse que era para que sua
mercê a visse se aí estivesse, e o Senhor Arcebispo de Sevilha, porque o Rei não terá
tempo para isso.
Salientamos a forma como Colon, nestas cartas que demonstram grande
con fiança dirigidas ao filho, usava outras pessoas para encobrir as suas mano -
bras. Por outras palavras, tudo o que fazia estava a ser feito em nome de terceiros
para que não ficasse nenhum rasto atrás de si que viesse a denunciar a sua ver -
da deira identidade. E para despistar alguém que estivesse a interceptar as suas
cartas para o filho, endereçava-as a Pantaleón e a Agostín, para que depois as
des sem a D. Diego. Também era cauteloso com as cartas para o seu co-conspi -
ra dor, o frade Gaspar, em Las Cuevas: «de meus feitos se eu não vos escrevo por
meúdo o que se passa não deveis»

Algusn extratos do livro "Colombo Português-Novas Revelações"..

Cumprimentos,
Manuel Rosa

Resposta

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conquista de Jerusalém. RE: Livro das Profecias

#317672 | fxcct | 22 nov 2012 17:02 | Em resposta a: #317666

Caro Manuel Rosa,

O plano de D. João II e de Cristobal Colón era um e o mesmo.

A cada tentativa conquistar a Terra Santa ao longo dos séculos, verificou-se que os Muçulmanos recuaram, mas não foram vencidos. Com o tempo, e estando bem abastecidos na sua retaguarda (pois dominavam o Mar Vermelho, o Golfo Pérsico e o Mar das Arábias), conseguiam sempre recuperar forças e expulsar os conquistadores. D. João II e Cristobal Colón perceberam que a única forma de conquistar a Terra Santa de forma permanente implicava a conquista da retaguarda Muçulmana no Mar Vermelho, Golfo Pérsico e Mar das Arábias.

Assim nasceu o "Plano da Índia".

Os Portugueses, contornando o continente Africano e financiando o empreendimento com o ouro da Guiné, conquistariam a retaguarda marítima dos Muçulmanos da Terra Santa. Estes ficariam impedidos de usar estas vias marítimas para abastecerem as suas forças militares do médio oriente eliminando o risco de expulsarem uma nova cruzada lançada sobre a Terra Santa.

Os Castelhanos, lançando um ataque frontal pelo Mediterrâneo e financiando o empreendimento com o ouro do Novo Mundo, conquistariam Jerusalém. Os Muçulmanos, derrotados pelos Castelhanos a ocidente e pelos Portugueses a Oriente ficariam impedidos de efectuar uma retirada para "porto seguro" de onde pudessem reestabelecer forças para expulsar os invasores.

Os Portugueses cumpriram a sua parte da missão, se bem que a financiaram junto dos banqueiros da Flandres. Carlos V não esteve para ai virado e preferiu usar o ouro do Novo Mundo para fortalecer a sua posição no continente Europeu. Valeu flexibilidade típica dos Portugueses que aproveitaram o domínio do oriente para se dedicarem ao comércio das especiarias.

Os meus cumprimentos,

Francisco

Resposta

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Regra e excepções RE: Livro das Profecias - novos raciocinios absurdos

#317700 | Decarvalho | 22 nov 2012 22:57 | Em resposta a: #317413

Caro confrade Anachronico,

Na anterior resposta que dei à sua mensagem acabei por não responder totalmente às suas perguntas:

«Contra todas as probabilidades tivemos outros "meninos prodigio": um colossal Newton na mathematica e physica, um inaccreditavel Mozart na musica, &c, &c. Shakespeare, esse outro filho de um commerciante de lãs, não frequentou a universidade. Nem sabemos ao certo que eschola de grammatica terá frequentado. E terá Cervantes frequentado a universidade? Terá Camões? Não sabemos. E na realidade nem interessa: as obras falam por si.

Homens como estes, entre os quaes devemos obviamente collocar Colombo, são exactamente os que fogem a todas as regras de normalidade. Falhar ver isso é simplesmente falhar como historiador, e como pensador: é querer reduzir o extraordinario ao ordinario. »

Pois é verdade, temos na história da humanidade muita gente que "fugiu" às regras da normalidade. Fala-nos de Newton, e Shakespeare, de Mozart, de Camões e também inclui Colombo nesse grupo de "meninos prodígio" que fugiram à normalidade das regras.
Mas há uma diferença abismal entre todos os prodígios da história da humanidade e o super-prodígio Colombo: é que todos os outros fugiram à normalidade e foram excepções em UM aspecto da sua vida, isto é tornaram-se bons músicos, escritores, cientistas, poetas, etc, mas Colombo, o filho do tecelão teria fugido à normalidade e sido excepção em TODOS os aspectos da sua vida.
Colombo, o filho do tecelão, foi aprendiz de tecelão, mas tornou-se Excelente navegador
Colombo, o filho do tecelão, terá aprendido algumas letras em Génova, mas demonstrou conhecimentos e cultura de nível imensamente superior.
Colombo, o filho do tecelão, era de baixo estrato social mas veio a casar com uma dama da nobreza (mesmo que não da primeira linha) portuguesa
Colombo, o filho do tecelão, era filho de plebeus mas os Reis Católicos atribuem-lhe um brasão de armas onde tem direito a um quartel com as armas que já costumava usar.
Colombo, o filho do tecelão ter-se-ia tornado agente comercial, mas mostrou-se incapaz de escrever duas linhas em qualquer idioma "italiano"
Colombo, o filho do tecelão, que passou a sua vida entre o tear e "viagens comerciais", celebrou com os Reis Católicos as Capitulaciones de Santa Fé de Granada onde consta uma frase que indica que já teria descoberto algumas terras.
Colombo, o filho do tecelão, privava com o Rei D. João II e teria alguma relação especial com a própria Rainha de Portugal
Colombo, o filho do tecelão, chamava-se Colombo mas o seu nome em Bulas papais, carta de D. João II, registos, etc. nunca foi escrito Colombo, mas sim Colon
Colombo, o filho do tecelão ...
etc, etc, ...

Caro confrade, contrariamente ao que pretende mostrar com os seus meninos prodígio, aqui a excepção à normalidade não é tudo aquilo que aconteceu depois mas sim o personagem a quem se pretende atribuir esses factos.
Substitua Colombo por Colon e não necessitará de tentar demonstrar que existiu um filho de tecelão que fugiu a TODAS as regras da normalidade ao longo de TODA a sua vida.

cumprimentos
Carlos Calado

Resposta

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LIBRO DE PROFECIAS de Cristóvão COLON.. RE: Porque escreve livros?

#317707 | kolon | 23 nov 2012 02:18 | Em resposta a: #317525

António Taveira,

"Por que escreve livros se nada tem para dizer ???
António Taveira"

A resposta só encontrará depois de ler o meu livro, ou então perguntando a quem já o leu.

Entretanto vão aqui algumas palavras par ao fazer pensar sobre o seu "Colombo tecelão" e a sua auto-escola numa "língua franca" que toda os genoveses sabiam, menos o SUA própria língua GENOVESA... mas destas outras coisas ele bem sabia:
... La Sagrada Escritura se expone de cuatro modos. El primero, según el sentido histórico, tiene que ver con la historia, o sea la narración de los acontecimientos, de hystrion, palabra que quiere decir «ver» o «conocer»; entre los antiguos nadie escribía la historia a menos que hu-biese presenciado los sucesos. El segundo es el alegórico, de leon, una palabra que significa «distintamente», y gore, que significa «decir» o «locución»; y esto cuando por medio de un hecho se da a entender otro distinto, que ha de ser creído. El tercero es el tropológico, término compuesto de tropos, que significa «conversión», y la palabra logos, que quiere decir «definición»; y esto cuando mediante un hecho se da a entender algo que nos enseña cómo debemos comportarnos. El cuarto es el anagógico, de ana que significa «hacia arriba» y goge que significa «conducción»; y esto cuando por un hecho se da a entender lo que debe ser deseado, a saber, la gloria celestial... LIBRO DE PROFECIAS de Cristóvão COLON

Como qualquer um pode entender, estamos deveras frente a um "Colombo tecelão" autodidacta..... ai meus quantas asneiras sobre o Almirante das Índias escritas por inventores no passado continuam ainda a tapar os olhos de alguns!!!!!!!!!!!!!!!!

Manuel Rosa

Resposta

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24 Novembro às 15,00h- Conferência «Cristóvão Colon - mistérios e misticismo - em Mafra»

#317734 | colombo-o-novo | 23 nov 2012 15:26 | Em resposta a: #316644

É já amanhã:

Conferência «Cristóvão Colon - mistérios e misticismo - em Mafra» 05-11-2012, 19:55
Autor: Decarvalho [responder para o fórum]
A Associação Cristóvão Colon convida os confrades interessados a assistir à Conferência que se vai realizar em Mafra, na Casa da Cultura D. Pedro V (Rua José Elias Garcia)

24 Novembro às 15,00h

Programa:
http://colon-portugues.blogspot.pt/

Resposta

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RE: Livro das Profecias

#317740 | Decarvalho | 23 nov 2012 17:08 | Em resposta a: #317483

Caro confrade António Taveira,

http://www.geneall.net/P/forum_msg.php?id=317483#lista

«A sua listagem de autores referidos por CC serve para “épater le bourgeois”. Mas não tem a mínima relevância para a defesa da sua dama.»

Não se trata de uma listagem de autores e obras referidos por CC, ao jeito das extensas bibliografias de algumas publicações recentes, as quais, essas sim, pretendem servir para demonstrar grande profundidade de conhecimentos e leituras, quando muitas vezes o autor mostra desconhecer a obra que inclui na bibliografia.
Conforme pode verificar na última linha, a listagem que enviei não é uma Bibliografia citada por Colon no Livro das Profecias mas sim o resultado de um estudo efectuado por dois professores da Universidade da Flórida: Kling, August e Delno C. West,
sobre o Livro das Profecias.

«Importante seria se pelo livro das profecias se pudesse demonstrar uma profunda cultura escolástica desde verdes anos. Aí sim, haveria uma contradição com o filho do “tecelão”.
Em vez disso, o que fica demonstrado é um conhecimento [no fim de vida] de alguns autores, certamente fruto de um auto didactismo altamente meritório e, pelo conhecimento daqueles, uma referência indirecta a outros igualmente nomeados.»

Conhecimento em fim de vida?
Diga-me o caro confrade de quanto tempo necessitaria hoje em dia para escrever algo como o Livro das Profecias após ter, auto-didacticamente, lido os autores e obras citadas? Com livrarias, editoras, Bibliotecas e arquivos on-line, internet,motores de busca, wikipedia, facilidades de transporte e deslocação, etc, etc. tudo à sua disposição!

E agora diga-me de quanto tempo necessitaria, para o mesmo resultado, se estivesse no fim do século XV / início do XVI ? Sem nada disso !!!

Cumprimentos
carlos Calado




Obras e Autores citados por Cristóvão Colon no Livro das Profecias: Bíblia (Génesis, Êxodo,
Deuteronómio, I Livros dos Reis, Esdras, Judite, Ester, I Livro aos Macabeus, Salmos, Eclesiástico,
Eclesiastes, Isaías, Sabedoria, Jeremias, Baruc, Ezequiel, Daniel, Oseias, Joel, Amos, Abdias, Jonas,
Miqueias, Habacuc, Sofonias, Zacarias, Mateus, Marcos, Lucas, João, Atos dos Apóstolos, Apocalipse,
Romanos, Coríntios, Tessalonicenses, II Carta a Timóteo, Carta aos Hebreus); Autores Antigos
(Aristóteles, Julio César, Santo Agostinho, Eratóstenes, Flávio Josefo, Santo Ambrósio, Estrabão, Marinus de
Tiro, São Gregório, Ptolomeu, Diodoro Sículo, Santo Isidoro, Séneca, Julio Capitolino, São João Crisóstomo,
Solino, Ovídio, São Jerónimo, Platão, Píndaro); Autores e Obras Medievais (São Tomás de Aquino,
Alfonso de Zamora, Pedro Comestor, Jean Gerson, Ahmed-Ben-Kothair, Ibn-Roshd (Averróis), Francis de
Meron, Breviário, John Holywood, Nicolau de Lira, Beda o Venerável, Duns Scotus, Pierre d'Ailly, Walafrido
Strabo, Albumazar, Rei Alfonso X, Papa Pio II, Johannes Muller, Paolo Toscanelli, Roger Bacon, Joaquim da
Fiore, John Mandeville, Áquila, Merlin, O Corão, Marco Polo, Alfragano, Almanaque, Rabbi Samuel, Avicena,
Alfonso Tostato, Episc. Abulensis, Nicolau Secundino).
Kling, August e Delno C. West, “Libro de las
Profecias de Cristóvão Colon”. Universidade da Flórida. Gainesville, 1991.

Resposta

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RE: Livro das Profecias

#317742 | Decarvalho | 23 nov 2012 18:22 | Em resposta a: #317536

Caro confrade Francisco,

http://www.geneall.net/P/forum_msg.php?id=317536

Concordo consigo quando diz que a Escatologia não foi certamente um passatempo ao qual Colon aderiu em paralelo à sua actividade de navegador.
O homem não acordou num dia e de repente pensou: olha, vou escrever um Livro de Profecias. E vai daí começava a ler todos os autores e obras cuja influência se constata no Livro das Profecias. Isso seria impossível se não tivesse uma sólida formação de base e conhecimentos bem estruturados.
Creio que estes aspectos "messiânicos" do pensamento de Colon apenas vieram bastante mais à superfície naquele momento porque foi esse o momento propício, depois de ter sido acorrentado por Bobadilla e trazido para Castela.
Não nos esqueçamos que Colon chegou a Castela e foi buscar apoio ao Convento Franciscano de La Rabida. E encontrou todo o apoio de que necessitava.
Em 1500, sem o apoio do seu Rei D. João II, já falecido, e acusado de traição a Castela, Colon não tinha condições para continuar a acenar aos Reis Católicos com a busca do ouro no Novo Mundo. Havia que lhes fazer despertar novas motivações.
E foi isso que ele fez.

Abaixo transcrevo alguns parágrafos da comunicação do Membro da ACC Carlos Paiva Neves ao Congresso Internacional do Franciscanismo:

«Esta vivência de Cristóvão Colon foi enquadrada num ambiente messiânico vivido em pleno século XV, onde a grande influência
franciscana esteve bem presente, desde o reinado de D. João I, até ao reinado de João II. Cristóvão Colon nasce numa época impregnada pelo culto da palavra de Cristo e por um amplo movimento de evangelização. Revelou-se no entanto, um ótimo estudante e um bom observador natural. Por exemplo, ele examinou e reportou em várias ilhas e regiões continentais, a fisionomia da vegetação, os hábitos dos animais e pássaros, e as variações do magnetismo terrestre. Colon viveu numa época, onde uma vasta literatura antiga veio ao conhecimento, embora com algum atraso na tradução de textos gregos e árabes. Todavia, o processo de aprendizagem de Colon permanece num mistério, principalmente o conhecimento relativo ao latim, à elaboração de cálculos matemáticos, e a análise de trabalhos científicos, históricos e teológicos. As fontes todas falam numa espécie de disciplina monástica e exemplar carácter cristão, em toda a sua vida. A formação do navegador demonstra assim, uma tendente e profunda influência franciscana, pois eram estes os detentores do conhecimento da época. A análise à documentação de sua autoria, particularmente, as cartas pessoais e o Livro das Profecias1, faz-nos deduzir que a sua formação
foi iniciada de muito cedo, num ambiente franciscano recôndito, que poderia não passar necessariamente por um convento ou mosteiro. O cenário pode configurar uma formação tutora muito reservada, a cargo de frades franciscanos que garantissem e salvaguardassem a verdadeira identidade de Cristóvão Colon. Relembramos que o estudo da vida de Cristóvão Colon é uma
tarefa assaz complexa, a qual foi vivida em constante e permanente dissimulação, mantendo uma linha de secretismo, o que acaba por justificar a vasta produção de obras, quase sempre alinhadas com pouco rigor científico, sucedendo-se entre si, em sucessivas replicações de conteúdos. Importa portanto, relevar o carácter enigmático da vida do navegador, que impede desvendar a sua verdadeira identidade e as suas origens, apesar da existência de algumas teses que defendem, com certa plausibilidade, a sua ascendência lusitana.
Associado aos franciscanos observantes, os seus escritos revelam a genuinidade da sua espiritualidade e a sua vocação religiosa. Sempre que estava perante um perigo, uma dificuldade extrema, ou um fenómeno desconhecido, Colon fazia votos religiosos, promessas de peregrinação e penitências. Ao nível intelectual, a teologia e a crença de Colon reflectem a influência da
reforma franciscana. Encontramos Colon atraído pela ideologia dos observantes, movidos pelo recolhimento, na pobreza e na oração, que floresceu entre os franciscanos na Espanha depois de 1480. O Almirante acreditava que o Espírito Santo transmitia o "spiritualis intellectus", para o eleito descobrir verdades desconhecidas.
Existem poucas dúvidas em que o estudo sistemático da história e das profecias bíblicas de Colon começou pelo menos em 1481, na formação do seu grande plano.»

cumprimentos
Carlos Calado

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RE: Conferência «Cristóvão Colon - mistérios e misticismo - em Mafra»

#318079 | kolon | 24 nov 2012 19:58 | Em resposta a: #316853

hoje:
Conferência «Cristóvão Colon - mistérios e misticismo - em Mafra» 05-11-2012, 19:55
Autor: Decarvalho [responder para o fórum]
A Associação Cristóvão Colon convida os confrades interessados a assistir à Conferência que se vai realizar em Mafra, na Casa da Cultura D. Pedro V (Rua José Elias Garcia)

24 Novembro às 15,00h

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A conferência de Mafra

#318450 | Decarvalho | 30 nov 2012 20:08 | Em resposta a: #316820

Caros confrades,

Já foi publicada no blogue da ACC uma breve notícia sobre a Conferência de Mafra, na qual adiantamos informação sobre a disponibilização dos textos do Dr. Manuel Gandra.

http://colon-portugues.blogspot.pt/

cumprimentos
Carlos Calado

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RE: A conferência de Mafra

#318455 | tmacedo | 30 nov 2012 21:10 | Em resposta a: #318450

Caro confrade,

E para quando notícias sobre o terrível "lobo genovês" ?

Todos desejamos saber do estado de saúde da presidente da APH depois de tão assustadora, e ademais "corajosa", confrontação... Para mais, no "covil da fera"...

Cumprimentos,

António Taveira

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RE: Conferência «Cristóvão Colon - mistérios e misticismo - em Mafra»

#324293 | Decarvalho | 27 fev 2013 22:18 | Em resposta a: #316820

Caro confrade A. Luciano,

O Dr. Manuel Gandra vai publicar um reduzido número de exemplares do Livro das Profecias, conforme dei conta após a Conferência de Mafra.
Os interessados devem contactar directamente para o e-mail
manueljgandra, alojado no gmail

cumprimentos
Carlos Calado

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«NOVO MUNDO E MUNDO NOVO» - Ciclo de conferências - 520º aniversário da viagem de regresso

#324352 | colombo-o-novo | 28 fev 2013 14:54 | Em resposta a: #316853

A história continua com o sem o vosso entendimento dela.

«NOVO MUNDO E MUNDO NOVO» 520º aniversário da viagem de regresso do descobrimento oficial da América. Ciclo de conferências, visitas e exposições 3 a 14 de Março de 2013.
http://colon-portugues.blogspot.com
--
Alvorada do Novo Mundo, Vale do Paraíso
8 | 9 | 10 Março de 2013, D. João II e Cristóvão Colon, 520 Anos 1493 -2013
http://colombo-o-novo.blogspot.com

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RE: «NOVO MUNDO E MUNDO NOVO» - Ciclo de conferências - 520º aniversário da viagem de regresso

#326149 | josemariaferreira | 26 mar 2013 11:25 | Em resposta a: #324352

Caro Manuel Rosa

Estudaste tanto para descobrir Colombo e nunca descobriste o membro que há em ti!!! Tantos engenheiros, doutores e investigadores e ainda em 2005 não tinham previsto a "bolha imobiliária" a crise do sistema capitalista que nos levará inevitavelmente ao franciscanismo!!!


Colon foi um franciscano, um grande mestre da gramática Universal, pois sabia como funcionava a organização não só da língua portuguesa, castelhana e grega, como conhecia todos os princípios gerais e comuns a que obedeciam todas as línguas do Universo.


Ainda hoje muita gente se interroga porque não adoptou Portugal, o Colon, mas sim a designação de dois pontos, (:) exactamente porque Colon para Portugal era muito importante era(m) dois pontos cruciais e Portugal como Nação de Cristo não se poderia identificar com Colon, porque Colon era Ferens foi feito para sofrer pela Humanidade e não para puder ser traduzido ou descoberto por ninguém!!!


De tal maneira que tu não descobriste o membro que há em ti!!!


Saudações pascais


Zé Maria

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