Brasão de Armas do Rei do Congo e Brasão de Arma de Cristóvão Colon

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Brasão de Armas do Rei do Congo e Brasão de Arma de Cristóvão Colon

#243192 | kolon | 31 out 2009 00:15

Caros Confrades,

Tendo visto hoje pela primeira vez o brasão de armas do Rei Afonso I do Congo (concebido por D. Manuel I?) achei que poderia-nos trazer algumas dicas para entender melhor o brasão de armas de Cristóvão Colon.
Noto que existem 5 peças em ambos com mais elementos não muito regulares nos brasões em Portugal como a ponta e o chefe.
Armas de Cristóvão Colon: http://www.cristovaocolon.com/portugues/armas.htm
Artigo sobre o Reino do Congo: http://pt.wikipedia.org/wiki/Reino_do_congo
Armas de Afonso I do Congo: http://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Kongo_coat_of_arms.JPG

Talvez algum confrade com sabedoria sobre heráldica possa ajudar a interpretar os elementos dos dois brasôes e as razões de serem assim construidos e acrescentar aos excelentes artigos escritos pelo helrladista David Silva aqui:
http://colombo-o-novo.blogspot.com/2007/11/armas-colombinas.html
http://colombo-o-novo.blogspot.com/2007/11/armas-colombinas-ii.html

Cumprimentos,
Manuel Rosa

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RE: Brasão de Armas do Rei do Congo e Brasão de Arma de Cristóvão Colon

#243206 | arturcs | 31 out 2009 13:46 | Em resposta a: #243192

Caro Manuel Rosa,


Eis um excerto duma comunicação feita pelo Arquitecto Segismundo Pinto, subordinada ao tema "HERÁLDICA-SUAS ORIGENS, EVOLUÇÃO, PRÁTICAS E APLICAÇÕES". Aconteceu no dia 5 de Outubro DE 2009 no átrio superior dos Paços do Concelho de Angra do Heroísmo inserida na inauguração da exposição "Heráldica: Formas e Cores".
Foi organizada pela Academia Lusitana de Heráldica.

Do blogspot "Bagos d' Uva", com a devida vénia:

«Em termos heráldicos o período que vai de 1320 a 1560 pode, com propriedade, ser designado pelo tempo dos heraldos ou, talvez com mais propriedade, pelo tempo doa arautos.

Esta ciência, a que atento o seu pendor artístico, alguns designam por nobre arte, foi começada pelos heraldos – pessoas que antigamente estavam encarregadas, entre outras funções, de compor e ordenar as armas dos cavaleiros, assinalar a nobreza de cada um e descrever as respectivas famílias. É um termo derivado do francês – heraut – que nessa língua significa o mesmo que em português.

Estes homens sabedores, estudavam e conheciam esses emblemas – distintivo, figura simbólica ou conjunto de figuras associadas a um significado ou tradição especial que pode ser explicado por quem conhece a história, lenda ou facto com que está relacionado.

Essencialmente, os brasões de armas são emblemas especiais razão pela qual alguns autores incluem a heráldica na emblemática, ou seja, na ciência que, duma forma abrangente, estuda interpreta e divulga os emblemas.

De acordo com os seus conhecimentos os heraldos eram designados por Reis de Armas, – os mais graduados dos oficiais de Armas a quem estavam cometidas funções relacionadas o protocolo, com o funcionamento de organismos oficiais vocacionados para assuntos heráldicos, genealógicos ou nobiliárquicos – por Arautos – oficiais de Armas que, entre outras, tinha as obrigações de verificar os títulos de nobreza, de declarar a guerra e de fazer proclamações solenes e por Passavantes. - Oficiais de Armas que, entre outras, tinha as obrigações de auxiliar os Arautos no exercício das funções que lhes estavam cometidas.

Em Portugal, após a reforma manuelina de 1512 posta em prática pelo Regimento de Armaria de D. Manuel I, legislação de carácter heráldico e nobiliárquico de que se manteve em vigor até à proclamação da República existiram três Reis de Armas, designados por Portugal, Algarve e Índia após uma cerimónia de baptismo em que o Rei lhes estipulava a designação. O principal era o Rei de Armas Portugal que era o Juiz das questões acima mencionadas relacionadas com a nobreza. O Rei de Armas Algarve desempenhava as funções de escrivão da Nobreza no chamado Cartório da Nobreza que era um departamento da Casa Real destinado, entre outras funções, a emitir cartas de brasão de armas na sequência, quer do reconhecimento do direito ao uso de um brasão de família por determinada pessoa, quer pela concessão dum brasão de armas de mercê nova. Após a ida do Rei D. João VI para o Brasil em, em 1807, foi criado um novo Rei de Armas designado por América, África e Índia, cuja existência cessou com o regresso do monarca a Portugal, passando a haver o tradicional Rei de Armas Índia. Com a implantação da República, em 1910, estes cargos desapareceram.

A eles correspondiam três Arautos, depois duma cerimónia especial eram baptizados pelo Rei com os nomes de Lisboa, Silves e Goa nomes das cidades mais importantes de cada um dos reinos embora, a partir de certa altura o Arauto Silves passa-se a ser designado pelo nome de Tavira e três Passavantes que, igualmente, depois duma cerimónia especial eram baptizados pelo Rei com os nomes de Santarém, Lagos e Cochim correspondentes a cidades dos reinos de Portugal, Algarve e Índia.

É aos arautos que se deve, passado o primeiro grande período de formação e consolidação da heráldica, a sua sistematização, feita fundamentalmente através de manuais e tratados que, acompanhando o desenvolvimento da imprensa, passaram a estar acessíveis a um conjunto alargado de interessados, ao contrário dos armoriais, regra geral manuscritos iluminados cujo acesso estava limitado a muito poucas pessoas.

Tentando sistematizar pode-se dizer que, no fundo, o estado da questão se reduzia a três aspectos. Um, jurídico, que se debruçava sobre o direito às armas. Um segundo, técnico que se circunscrevia ao brasão e, por fim, um terceiro, de natureza cientifica que se relacionava com a Heráldica.»


Melhores cumprimentos,

Artur Camisão Soares

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RE: Brasão de Armas do Rei do Congo e Brasão de Armas de Cristóvão Colon

#243207 | kolon | 31 out 2009 16:54 | Em resposta a: #243206

Caro Artur Camisão Soares,

Agradeço ainformação.
Eu acho que o Brasão de Armas originais de Colon deveriam merecer um bom estudo por um perito português nessa área que poderia ajuadar-nos a entender melhor o seu significado.
Acho que estou correcto em dizer no meu novo livro que as cinco ãncoras de ouro em campo azul são nada mais nada menos que uma referência à cruz de ouro em campo azul das armas pessois de Henrique Alemão sendo Ladislau Jaguelão.

A Academia Lusitana de Heráldica tem um site na Internet?

Melhores cumprimentos,
Manuel Rosa

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RE: Brasão de Armas do Rei do Congo e Brasão de Armas de Cristóvão Colon

#243232 | arturcs | 01 nov 2009 10:07 | Em resposta a: #243207

Caro Mauel Rosa,


Não tem de quê.

Concordo com o estudo aprofundado das armas do navegador.
Manuel: a sua asserção tem pouco fundamento. Não vejo razão para admitir, neste caso, que haja uma referência às armas pessais de Henrique Alemão. Colón teria armas distintas, assumidas ou não!


Renovados cumprimentos,

Artur Camisão Soares

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Rei dos Açores e ...Sumo Pontífice da Igreja Templária Restaurada !!!!!

#243277 | colombo-o-novo | 01 nov 2009 22:07 | Em resposta a: #243232

Rei dos Açores e todos os seus territórios, Rei de Econia, de Malídia e de Gotland, Protetor do Atlântico, Fidelíssimo Principi Regente Azorinae, Sumo Pontífice da Igreja Templária Restaurada...
http://crhs-acores.blogspot.com/2009/06/protocolo-acoriano.html

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RE: Brasão de Armas do Rei do Congo e Brasão de Armas de Cristóvão Colon

#243282 | arturcs | 01 nov 2009 23:12 | Em resposta a: #243232

Onde se lê "pessais" deve-se ler pessoais

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RE: Rei dos Açores e ...Sumo Pontífice da Igreja Templária Restaurada !!!!!

#243289 | AIRMID | 02 nov 2009 01:32 | Em resposta a: #243277

São Reinos Virtuais!
Um desafio à imaginação....

Airmid

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RE: Brasão de Armas do Rei do Congo e Brasão de Armas de Cristóvão Colon

#243508 | colombo-o-novo | 05 nov 2009 12:31 | Em resposta a: #243232

«Manuel: a sua asserção tem pouco fundamento. Não vejo razão para admitir, neste caso, que haja uma referência às armas pessais de Henrique Alemão.»

Aconselhava que lê-se o estudo heráldico do Doutor David Silva onde ele explica que «A serem armas familiares, as âncoras podem, por exemplo, significar também diferença das armas do chefe da linhagem. Deveríamos procurar as seguintes armas: de azul, cinco cruzetas de ouro postas em aspa (imagem 13), uma vez que, em heráldica as âncoras são substitutos das cruzes e uma vez que simbolicamente, como veremos, uma âncora foi usado como sinal da cruz cristã?»
http://colombo-o-novo.blogspot.com/2007/11/armas-colombinas.html

E veja-se também as páginas a cores no livro do Manuel Rosa COLOMBO PORTUGUÊS - NOVAS REVELAÇÕES entre as páginas 160 e 161.

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RE: Brasão de Armas do Rei do Congo e Brasão de Armas de Cristóvão Colon

#243513 | arturcs | 05 nov 2009 12:59 | Em resposta a: #243508

Caro Manuel,

Já vi várias vezes...!
Mantenho a mesma opinião.

Cumprimentos,

Artur Camisão Soares

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