Ascendência de Bernardo António Ribeiro - do lugar

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Ascendência de Bernardo António Ribeiro - do lugar

#175186 | jpm2353 | 04 dez 2007 03:20

Caros Confrades,

Procuro descobrir a ascendência de Bernardo António Ribeiro, do lugar do Assento - Comarca de Guimarães, Senhor da Casa das Lourozas e meu 5º avô.
Tem duas Cartas passadas a 22 de Abril de 1784, cujo teor (por ser curioso) transcrevo:

OS DEPUTADOS DA JUNTA DO PROTO-MEDICATO & c.
Fazemos saber a todos os Corregedores, Provedores, Ouvidores, Juízes, Justiças, Oficiais, e pessoas dela, com direito directamente deva,
e haja de pertencer, que damos licença a BERNARDO ANTONIO RIBEIRO, filho de Bernardo José Ribeiro, do lugar do Assento,
Comarca de Guimarães, para que ele possa Sangrar, Sarjar, lançar ventosas, e Sanguessugas; o que poderá exercitar em todos
estes Reinos, e Senhorios de Portugal, por quanto foi examinado na presença do Comissário Luis Guedes Pinto, e pelos Examinadores António
José de Castro e Figueiredo, e António José de Silva Ribeiro, os quais o deram por aprovado debaixo do juramento, que tinham recebido,
como constou da Certidão, que nos apresentou, e ter praticado os anos, que dispõem o Regimento, e também o ser certo com a Certidão
do seu Mestre com quem praticou, pelo que lhe mandamos passar a presente Carta, e requeremos da parte de Sua Majestade, a todas as
sobreditas Justiças, que não procedam por via alguma contra o dito BERNARDO ANTONIO RIBEIRO, antes livremente o deixarão
usar de todo o sobredito, e não Sangrará sem ordem de Medico, ou Cirurgião aprovado, nem tirará Dentes sem ser examinado, e haverá o
Juramento dos Santos Evangelhos dentro de três meses na Câmara onde pertencer, e não o tomando será condenado nas penas que dispõem o
Regimento, para que bem, e verdadeiramente use como convém ao serviço de Sua Majestade, e bem do Público, o que assim cumprirá, indo
primeiro assinada por dois dos Deputados desta Junta. Dada, e passada nesta Corte, e Cidade de Lisboa aos 22 de Abril de 1784. Pagou-se
de feitio desta trezentos reis, e de assinar, mil e duzentos reis. E eu Joaquim António de Brito a fiz imprimir
MATERIAL: Pergaminho DIMENSÕES (em centímetros): Base: 33,6/33,9 x Altura: 24,5

DONA MARIA POR GRAÇA DE DEOS,
RAINHA DE PORTUGAL, E DOS ALGARVES, DA'QUEM E DA'LEM, MAR EM AFRICA SENHORA DE
Guiné, e da Conquista, Navegação, Comercio da Etiópia, Arábia, Pérsia, e da Índia &c. Faço saber que BERNARDO
ANTONIO RIBEIRO, filho legitimo de Bernardo José Ribeiro, do lugar do Assento, Comarca de
Guimarães, que ele pretendia usar da Arte de Cirurgia, nestes meus Reinos, e seus Senhorios, pela ter aprendido, e praticado,
como mostrou por Certidão, que foi vista, e examinada, pelos meus Deputados da Junta do PROTO-MEDICATO, o
qual foi examinado na presença do Comissário Luis Guedes Pinto, e pelos Examinadores António José de Castro e Figueiredo, António
José de Silva Ribeiro, que o deram por aprovado para exercitar a dita Arte, por bem do qual me pediu lhe mandasse
expedir Carta, para que livremente pudesse usar da dita Arte, na forma do Regimento, e Leis deste Reino, ao que não tendo duvida
os meus Deputados da referida Junta, fui fervida ordenar, se lhe passasse a presente Carta, para que em sua observância, possa curar
de Cirurgia em estes meus Reinos, e Senhorios, sem que a isso se lhe possa pôr duvida alguma por minhas Justiças, antes lhe darão
todo o favor, e ajuda, quando sem minha autoridade especial se lhe queira pôr algum embaraço ao seu exercício; pelo qual
poderá demandar os salários, que lhe forem devidos perante os meus Deputados da sobredita Junta, a quem para este efeito tenho
nomeado para seu Juiz Privativo, e só perante eles poderá ser demandado dos erros, que cometer na dita Arte, fendo primeiro esta Carta
assinada por dois deles, e passada pela minha Chancelaria mór do Reino, a onde o dito BERNARDO ANTONIO RIBEIRO,
haverá o juramento dos Santos Evangelhos, perante o Corregedor da Comarca onde pertencer, para usar da referida Arte
de toda a Cirurgia, guardando o meu serviço em utilidade do bem público. E pagou de novos direitos mil e seis centos reis, que
foram carregados ao tesoureiro deles a fol. 116 V. livro 3 de sua receita, e se registou o Conhecimento em forma no livro 40 do
Registo geral a fol. 132 &c. A Rainha Nossa Senhora o mandou por dois dos ditos deputados abaixo assinados &c. Dada, e
passada nesta Corte, e Cidade de Lisboa aos 22 de Abril de 1784. Esta vai subscrita por Joaquim António de Brito, professo na
Ordem de Cristo, e Secretario da dita Junta do Proto-Medicato &c. De feitio desta quinhentos reis, e de assinar duzentos reis. Joa
quim António de Brito a fiz imprimir
MATERIAL: Pergaminho DIMENSÕES (em centímetros): Base: 34,7 / 35,2 x Altura: 31,2 / 31,4

Sei ser filho de Bernardo José Ribeiro e de D. Maria Ferreira, tendo casado com D. Antónia Joana Peixoto (a 14/06/1786, em S. Bartolomeu da Esperança - Póvoa de Lanhoso), filha de Pedro Gonçalves (N. 1720) e D. Josefa Caetana Peixoto da Silva, neta paterna de Manuel Gonçalves (N. 1690) e de D. Senhorinha Fernandes (N. 1685) e materna de Cipriano José da Silva e de D. Teresa Maria Peixoto do Vale que casaram a 29/04/1736 em S. Bartolomeu da Esperança e que suponho serem naturais de Guimarães. O respectivo assento de casamento refere que os seus pais são de S. Tiago de Guilhofrei - Viera do Minho, porém o Arq. Dist. de Braga não encontra nenhuma referência nem dos pais nem do próprio Bernardo António Ribeiro, pelo que possivelmente não seria natural de S. Tiago de Guilhofrei mas de outra freguesia/concelho, pelo que peço possíveis pistas para descobrir a sua naturalidade.

Desde já agradecido pela atenção prestada,
João Peixoto de Magalhães

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