Gramaxos de Portimão

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Gramaxos de Portimão

#67042 | roberto lopes | 09 jun 2004 15:42

Caros Rui Pereira, Jorge Valdeira e Melisa:

1. Manuel Quaresma cc Aldonça Gramaxa. Tiveram:

2. Domingos Quaresma cc (x. Portimão 06.05.1619) Isabel Gramaxa (f.ª de Fernão Martins e de Inês Gramaxa) * Foram dispensados ao parentesco que tinham! Que segue.
2. Fernão Martins Gramaxo cc (x. portimão .../.../1623) Isabel Nunes (f.ª de Francisco Nunes Gramaxo e de Isabel nunes)

2. Domingos Quaresma cc Isabel gramaxa. Tiveram:
3. Manuel Quaresma * Portimão 05.03.1620 (morreu certamente com poucos meses)
3. Manuel Quaresma Gramaxo* Portimão 12.05.1621 cc (x. Lagos c. 1650) Sebastiana Serrana, de Lagos) pais de Domingos Quaresma Gramaxo cc (x. Portimão 07.01.1680) Isabel Maria Telles (f.ª de Diogo Gonçalves Henriques e de Catarina telles)
3. Inês Gramaxa * Portimão 03.08.1624
3. Aldonça Gramaxa * Portimão 17.11.1629

Com os melhores cumprimentos,

Roberto Lopes

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RE: Gramaxos de Portimão

#67045 | roberto lopes | 09 jun 2004 16:06 | Em resposta a: #67042

Caros Rui Pereira, Jorge Valdeira e Melisa:

Um outro Domingos Quaresma cc (x. Portimão c. 1620) Aldonça Gramaxa (esta já é a 4.ª que encontro da mesma altura das outras três!), certamente primo direito do outro Domingos Quaresma que casa em 1619 com a Isabel Gramaxa.

Forama Pais de um Manuel Quaresma cc (x. Portimão 06.06.165...) Lúzia Raposa (f.ª de Diogo Viegas da Cunha e de Ana Quaresma * dispensados ao parentesco que tinham.

Um outro casamento, não propriamente surpresa para nós foi o de António Correia, v.º (x. Portimão 12.06.1628) Isabel Jacques (certamente irmã de Alvaro de Oliveira Jaques) filha de Pêro Jaques de Oliveira e de Aldonça Gramaxa.

Não me surpreenderia se o Lic. Quaresma cc Violante Gramaxa fosse pai do Manuel Quaresma, o que daria a logo algo do género:

1. Lic. Quaresma cc Violante Gramaxa (x. Portimão c. 1560)

2. Manuel Quaresma cc Aldonça Gramaxa (x. Portimão c. 1590)

3. Domingos Quaresma cc Isabel Gramaxa (x. Portimão 06.05.1619)

4. Manuel Quaresma Gramaxo cc Sebastiana Serrana (x. lagos c. 1650)

5. Domingos Quaresma Gramaxo cc Isabel Maria Telles (x. Portimão 07.01.1680)

Pelas ginásticas que já fiz, parece que são quase todos primos direitos, depois têm primos direitos homónimos que casam com primas direitas, o que dá uma grande confusão e com a agravante de nos casamentos do 1.º quartel do séc. XVII os assentos não serem precisos no grau de parentesco aparecendo com bastante regularidade a terrível expressão " dispensados ao parentesco que tinham" e isso não era preciso vir mencionado, porque é tão obvio quando os nubentes desta família são parentes...!

Bem, por hoje é tudo,

Com os melhores cumprimentos,

Roberto Lopes

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RE: Gramaxos de Portimão

#67382 | rmfrp | 13 jun 2004 16:31 | Em resposta a: #67042

Caro Roberto:

Muito obrigado pelas novidades. A investigação nestes ramos tem tido um grande avanço!

Um abraço,

Rui Pereira

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RE: Gramaxos de Portimão

#73536 | roberto lopes | 21 set 2004 11:13 | Em resposta a: #67382

Caro Rui Pereira:

Trago-te algumas novidades genealogicas, ontem por acaso tropecei no assento de baptismo da tua antepassada Branca Soares Pacheco, afinal nao e natural de Alvor como pensavamos, foi baptizada em Portimao a 25 de Novembro de 1583, filha como era ja sabido de Lopo Soares e de Catarina Pacheca, foi baptizada por Fernao Moreira, Beneficiado e foram seus padrinhos: Vicente Velho e Isabel de Oliveira.
Encontrei tb um assento de baptismo que parece ser da tua ou nossa Brites da Palma Velho, foi baptizada em Julho de 1582 e e filha de Tome Velho e de Isabel ... (atençao so pesquisei a partir de 1583)
O Alvaro que encontrei penso q n e o teu, aparece a ser baptizado em 1582 e e filho de Fernao Miz e de Ines Gramaxo.

Dados interessantes foram estes baptismos dos Palma Velho que encontrei: Gonçalo da Palma, filho de Antonio da Palma e Maria Luis, bap. 22 de ... de 1588
Yoanne, filha de Antonio da Palma, o mosso e de Maria Luis, bap. 02.02.1591

Este asssento da Joana e intrigante pq diz que seu pai e Antonio da Palma, "o moço", sera que o Antonio da Palma Velho, n sera antes Antonio da Palma, "o velho" , pai deste Antonio da Palma "o moço", sendo assim avo da Joana e do Gonçalo, e os bisavos seriam o famoso Gonçalo da Palma e Catarina Velha?

Ja se sabe o nome do Lic Quaresma: Ines, bap. 17.10.1583 filha do Lic. Joao Friz Quaresma e Violante Quaresma, Pe: Alvaro Gramaxo
O nome do Alvaro Gramaxo que se foi para as Indias de Castela, sera este: Rodrigo, bap. 22.04.1583, filho de Alvaro gramaxo Fontes e de Violante Freire, Prior Diogo de Almada.

Penso tb, e quem deu por ela foi a nossa confrade Maria Elisa q ha dois Lic. Quaresma, pq repara Manuel, bap. 05.07.1584, filho do Lic Quaresma e Violante Gramaxa.
Temos um filho a nascer a 17.10.1583 e outro imediatamente a seguir a nascer 05.07.1584, se for o mesmo e quase impossivel, impolicaria a Violante Gramaxa ter ficado gravida imediatamente ao parto, pois so distam 9 meses ente um eo outro!

Cumprimentos do primo,

Roberto Lopes

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RE: Gramaxos de Portimão

#73549 | jliberato | 21 set 2004 15:55 | Em resposta a: #73536

Caro Roberto Lopes,
Por acaso não encontrou ainda nenhuma Quitéria que possa ser a que menciono no tópico "Palmas- Lisboa, século XVIII"?
Cumprimentos
JLiberato
Bruxelas

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RE: Gramaxos de Portimão

#73554 | melisa | 21 set 2004 16:08 | Em resposta a: #73536

Caro Roberto
A teoria de que existem dois licenciados Quaresma resulta também de aparecerem noutros baptismos posteriores ( quase sempre muito próximos) ora o Licen. Quaresma cc violante Gramaxa, ora o Lic. Joao Fernandes Quarema cc Violante Gramaxa.

Cumprimentos
M.Elisa

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RE: Gramaxos de Portimão

#73555 | melisa | 21 set 2004 16:10 | Em resposta a: #73554

corrijo: Lic. João Fernandes Quaresma

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RE: Gramaxos de Portimão

#73585 | rmfrp | 21 set 2004 20:50 | Em resposta a: #73536

Caro Roberto:

Óptima contribuição! Mas atenção, Branca Soares Pacheco não é minha antepassada. Eu descendo do irmão, Lopo Soares Pacheco.

A genealogia dos Palmas está cada vez mais interessante. O apelido Velho já era mesmo apelido, mas faz todo o sentido que António da Palma (Velho) "o moço" seja filho de António da Palma "o velho", sendo este último o filho de Gonçalo da Palma e Catarina Velho que em 1565 andava em casa de D. Estêvão da Gama.

Onde encaixa Brites da Palma Velho é que não sei. Será realmente a filha de Tomé Velho que nasceu em 1582? E quem será este Tomé que agora aparece pela primeira vez?

Um abraço,

Rui Pereira

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RE: Gramaxos de Portimão

#73597 | LSV | 22 set 2004 00:40 | Em resposta a: #73585

Oi oi
perdi-me...
a Branca Soares Pacheco é a casada com Vicente Marreiros de Sampaio, não é?
é que eu tenho-a como Branca Rodrigues Soares...
Se é de facto a mesma faz sentido ela ter nascido em 1583. Aliás eu aponto o nascimento da mãe, Catarina Pacheco lá para 1560 o que vem de encontro ao que suspeito desta ser irmã de João Pacheco (o que obtém o direito ao uso das armas de seu tio - seria tio-avô dada a cronologia - Pedro Pacheco, dos Açores, em 1607), os quais eram certamente filhos de Diogo Pacheco, escrivão das cizas de Monchique em 1568 por desistência de João Pais (de Mesquita?), que parece ser seu sogro pelo parentesco indicado no casamento de seus descendentes (o que faz sentido pois o Diogo teria sucedido no ofício de seu sogro).
Este Diogo Pacheco, nascido por volta de 1535/40 era certamente o sobrinho de Pedro Pacheco dos Açores, FCA em 1535, que se diz ser tio de João Pacheco.

Um abraço
Luís

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RE: Gramaxos de Portimão

#73607 | roberto lopes | 22 set 2004 10:04 | Em resposta a: #73585

Caro Rui Pereira e Jorge Valdeira:

Com a ajuda de Melisa fizemos um apanhado a partir de 1583 (data presumivel do casamento da Aldonça Gramaxa cc Pêro Jacques de Oliveira, numa tentativa de encontrar baptismos de eventuais filhos que possam ter tido e confirmar os que temos informaçao)

Em Portimao a partir de 1583 baptizam os seus filhos os seguintes casais da Familia Gramaxo/Quaresma:

1. Manuel Quaresma Gramaxo cc Aldonça Gramaxa, tiveram:

2. Fernao Miz Gramaxo cc Isabel Nunes x. Ptm .../.../1623
2. Domingos Quaresma cc Isabel Gramaxa x. Ptm 06.05.1619
2. Ana Quaresma * 1588 cc Diogo Viegas da Cunha x. Ptm c. 1620
2. Bento * 18.07.1583

1. Fernao Miz cc Inês Gramaxa, tiveram:

2. Isabel Gramaxa * 11.02.1584 cc Domingos Quaresma
2. Alvaro Gramaxo * 1582

1. Lic. Joao Friz Quaresma cc Violante Gramaxa, tiveram:

2. Inês * 17.10.1583 Pe. Alvaro Gramaxo

1. Lic. Quaresma cc Violante Gramaxa, tiveram:

2. Manuel Quaresma * 05.07.1584
2. Domingos Quaresma * 1585 cc Aldonça Gramaxa (antepassados de Diogo Viegas da Cunha em linha varonil)

1. Manuel Quaresma cc Inês Gramaxa, tiveram:

2. Leonor * 13.11.1585 Padrinho o irmao Lic. Quaresma (penso que se refere ao tio da baptizada, mas se por ventura refere-se ao irmao da baptizada faz com que Manuel Quaresma cc Ines Gramaxa sejam os pais do Lic. Quaresma cc Violante Gramaxa!)

1. Luis Fernandes Gramaxo cc Beatriz Gonçalves, tiveram:

2. Violante * 26.03.1586 Padrinhos: SIMAO DA PALMA e ALDONÇA GRAMAXA!

( continua)

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RE: Gramaxos de Portimão

#73608 | roberto lopes | 22 set 2004 10:17 | Em resposta a: #73585

(continua)

1. Alvaro gramaxo Fontes (penso que se trata do Alvaro Gramaxo que se foi para as Indias de Castela!) cc Violante Freire, tiveram:

2. Rodrigo * 22.04.1583
2. .....(ilegivel, mas sabe-se q é uma menina, pq no assento diz filha de...

1. Pêro Jacques de Oliveira cc Aldonça Gramaxa, tiveram:

2. Diogo de Oliveira
2. Alvaro de Oliveira Jacques cc Brites da Palma Velho
2. Isabel Jacques cc Antonio Correia, viúvo x. Ptm 12.06.1628

talvez sejam filhos ainda,

2. Aldonça Jacques cc Manuel rebelo
2. Vicência Jacques cc Joao furtado

1. Francisco Nunes Gramaxo cc Branca Friz, tiveram:

2. Isabel nunes cc Fernao Miz Gramaxo x. Ptm 1623

1. Lic. Joao Nunes Rosa cc Aldonça Gramaxa, tiveram:

2. Diogo da Silva Gramaxo (morador em Lisboa) cc Leonor de Sousa x. Ptm 23.03.1624

1. Francisco Nunes de Sousa cc Ana Gramaxo, tiveram:

2. Leonor de Sousa cc Diogo da Silva Gramaxo x. Ptm 23.03.1624

Cumprimentos do primo,

Roberto Lopes

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RE: Gramaxos de Portimão

#73651 | LSV | 22 set 2004 22:02 | Em resposta a: #73608

Roberto, já agora sabes alguma coisa destes meus Gramaxo, de Lagoa?



I – Domingos Martins Gramaxo, nasceu cerca de 1670, foi morador em Lagoa, e poderia ser filho de João Martins Gramaxo, nascido cerca de 1640/45, e de sua mulher Maria da Esperança, moradores em Lagoa.
Tiveram. Casou cerca 1698 de com Maria Bentes.
Tiveram:

II - Susana de Jesus, nasceu cerca de 1700. Casou a 29.7.1722 em Estombar com João Rodrigues Boto (já viúvo de Maria da Silva).

Um abraço
Luís

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RE: Pachecos, de Monchique e Açores

#73656 | MCN | 22 set 2004 23:28 | Em resposta a: #73597

oi oi oi Luís (agora sou eu...)
Esse Diogo Pacheco, escrivão das sisas, está a ser uma novidade para mim. Isso é uma descoberta nova? E era filho do Antão Pacheco, ouvidor em São Miguel?
1 abraço,
Miguel Centeno Neves

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RE: Branca Rodrigues Soares/Pacheco

#73662 | rmfrp | 23 set 2004 00:36 | Em resposta a: #73597

Caro Luís Soveral Varella:

De facto eu escrevi Branca Soares Pacheco, mas até agora documentei-a sim como Branca Rodrigues Soares e Branca Rodrigues Pacheco. É realmente a esposa de Vicente Marreiros de Sampaio. Quem usou os apelidos "Soares Pacheco" foram o irmão Lopo e os descendentes deste.

Um abraço,

Rui Pereira

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RE: Oliveira Jaques / Palma Velho

#73664 | rmfrp | 23 set 2004 01:01 | Em resposta a: #73536

Caro Roberto:

Tenho novidades importantes nos Palma Velho. Adquiri recentemente o volume já publicado das "Habilitações para o Santo Ofício" e o investimento já está a ter retorno. Aproveito esta ocasião para felicitar publicamente o nosso Parente Luís Soveral Varella e os restantes autores da iniciativa, esperando que a publicação possa ser retomada em breve.

O FSO Vicente Velho da Silva, n. Alvor, Capitão-Mor de Aljezur, era casado com Maria da Palma, n. Aljezur, filha de João Matoso Bravo, n./m. Aljezur, homem nobre, Capitão, e Violante Jaques, n. Alvor; neta paterna de Vicente Bravo Velho, n. Bordeira, e Margarida Amado, n. Monchique, e neta materna de Álvaro de Oliveira Jaques e Brites da Palma, ambos naturais do Alvor e moradores na Quinta de São Francisco em Portimão!

Logo que possa vou consultar este processo (Vicente, maço 2, n. 27). Repara que a Quinta de São Francisco fazia parte do vínculo dos Palma Velho.

Um abraço,

Rui Pereira

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RE: Pachecos, de Monchique e Açores

#73665 | LSV | 23 set 2004 01:50 | Em resposta a: #73656

Meu caro Miguel

primeiro que tudo, não tinha notícias tuas faz muito tempo. Está tudo bem contigo, presumo eu.

Quanto ao nosso Diogo Pacheco, ele não é novidade. Pelo menos tenho-o identificado faz talvez uns 4 ou 5 anos. Talvez nunca o tenha revelado,... mas também não sei porquê! talvez não tivesse percebido antes a importância que tem???

Ora ele foi escrivão das cizas de Monchique por carta de 5.1.1568 (IAN/TT - Ch. Dom Sebastião, Lvº 21, fl.s 24), sucedendo no cargo por desistência e renúncia de João Pais, certamente seu parente e muito provavelmente sogro.
Ou seja, penso que Diogo Pacheco era casado com uma filha de João Pais (de Mesquita) pois mais tarde surge outro João Pais de Mesquita (certamente descendente do 1º) que foi dispensado do parentesco que tinha em 3º e em 4º graus para casar com uma descendente de João Pacheco.

O parentesco entre João Pacheco e o armoriado Pedro Pacheco, de S. Miguel (com CBA de 1535) era, como se prova no treslado da carta de amas de João Pacheco (1607), de sobrinho e tio.
Sendo João Pacheco filho de Diogo Pacheco, escrivão das sisas, há a considerar as seguintes hipóteses:
1) Diogo Pacheco era irmão de Pedro Pacheco pelo que terá nascido antes de 1522 data em que morreu seu Pai (Antão Pacheco), (o facto de Gaspar Frutuoso o não indicar como filho do casal Antão Pacheco e Filipa Martins Furtado poderá ter a ver com o facto dele muito cedo ter voltado para o Algarve, provávelmente ainda criança, e como Gaspar Frutuoso, nascido em 1522 só escreve as “Saudades da Terra” 30 anos depois, pode simplesmente nem sequer ter sabido da sua existência);
2) João Pacheco era sobrinho-neto de Pedro Pacheco, vulgarmente dito sobrinho, podendo Diogo Pacheco ser filho de outro Antão Pacheco que do seu casamento com Brites de Mendonça (como referem as genealogias tradicionais) deu origem ao ramo Pacheco de Mendonça (Antão Pacheco este que era filho de Antão Pacheco e de sua mulher Filipa Martins Furtado, e que a razão pela qual Gaspar Frutuoso o não refere como filho deste casal ser rigorosamente a mesma assinalada; Esta hipótese dá alguma consistência às genealogias tradicionais...
3) este ramo do Algarve ser descendente de um primeiro casamento de Antão Pacheco que depois terá voltado a casar em S. Miguel.

Certo é que o ramo Pacheco de Mendonça descendente de Antão Pacheco era o mesmo ramo descendente dos Pacheco de Ceuta.
De todas estas hipóteses a que mais parece estar em acordo com o texto de Andrade Leitão (BA, 49-XII-40, pág. 369), é a de João Pacheco ser sobrinho directo e não sobrinho-neto de Pedro Pacheco: “Pedro Pacheco, que matarão os Mouros em Ceuta consta de hum Brazao que tirou seu Bisneto: e se acha em poder do P.e Lour.ço de Sam Payo em Vila nova de Portimão seu descendente”. Atendendo a que o padre Lourenço Pacheco não era descendente de Pedro Pacheco da ilha de S. Miguel, e atendendo a que o dito brasão foi tirado por um bisneto de Pedro Pacheco morto em Ceuta, poderá concluir-se (se esta dedução estiver certa) que o bisneto de Pedro Pacheco morto em Ceuta seria o João Pacheco, que seria assim sobrinho directo e não sobrinho-neto de Pedro Pacheco da ilha de S. Miguel. Neste caso o Pai de João Pacheco (Diogo Pacheco ou outro) era irmão de Pedro Pacheco da ilha de S. Miguel.
Aceito que o Pai de João Pacheco fosse filho de um primeiro casamento de Antão Pacheco no Algarve antes de ir para os Açores, razão pela qual a sua descendência não surge nas genealogias açorianas nos descendentes deste Antão Pacheco.
Certo certo parece-me que Diogo Pacheco, o escrivão, era Pai de João Pacheco.

Um abraço
Luís

PS - se quiseres trocar impressões mais precisas sobre o assunto, o meu mail é luissoveral arroba sapo poto pt.

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RE: Gramaxos de Portimão

#73673 | roberto lopes | 23 set 2004 10:07 | Em resposta a: #73651

Caro Luís:

Ainda nao e garantido, mas penso que sao descendentes de Fernao Miz Gramaxo, de Portimao, ainda estoua investigar os baptismos, e esses interessam-me pq tb sao meus antepassados, o Fernao Miz Gramaxo tem um bisavo chamado Joao Miz, e e neste bisavo que faço a minha aposta!
Mas com a historia dos jacques e dos Gramaxos mais antigos ando investigar sec. XVI, ainda por cima descobri que ha baptismos em Portimao a partir de 1511...nem tao cedo sairei desta epoca, falta-me é coragem, a minha vontade é fazer um indice e publica-lo aqui no Genea, é que nos ajudari pelo menos a caminhar 3 geraçoes para trás!

Um abraço,

Roberto

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RE: Oliveira Jaques / Palma Velho

#73674 | roberto lopes | 23 set 2004 10:18 | Em resposta a: #73664

Caro Rui Pereira:

Muito interessantes estas tuas informaçoes, o facto de existir uma Violante, reforça mais ainda a ascendência do Alvaro de Oliveira Jacques, esta Maria da Palma, cheira-me a antepassada de António Bivar, pode perfeitamente ser mae da Maria da Palma de Oliveira, e este Vicente nao será filho de Joao Mendes da Silva e de Maria de Paiva e Sousa?
Mas esperemos até confirmares, é pq há um Joao Mendes da Silva cc Maria de Paiva por volta de 1720 a ter filhos que casam em 1750, segundo me recordo um era Vicente Velho da Silva, outro Joao mendes da Silva, outra Anastácia Maria e tinha uma irma suterina chamada Maria Duarte!
Ora fazendo as contas este Vicente FSO será sem dificuldade avô paterno do Vicente Velho da Silva, e o bisavô deverá ser Joao Mendes da Silva como o seu pai.

Um abraço,

Roberto

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RE: Oliveira Jaques / Palma Velho

#73677 | A.Godinho | 23 set 2004 11:34 | Em resposta a: #73674

Caros confrades

Sugiro que vejam no AER (Archivos Españoles en Red) o processo de fé (1638/43) de Luis Fernandez Suarez, que salvo erro ( não tomei a nota devida) vivia em Cartagena (Indias Espanholas). O processo está todo digitalizado, sendo consultável on line. óbviamente só consultei uma pequena parte do processo, pois não tenho nele interesse directo.
Colhi alguns elementos do mesmo:
1. Luis Fernandez Suarez, n. Lx., de 26 ou 29 anos. Bapt. Igreja de S.João, Lx. e recebeu a confirmação em S. Nicolau.
2.Fernão Soares Ribeiro, n. Torres Novas.
3.Leonor Gramaxa, n. Lx.
4.Henrique Soares, n. Torres Novas
5.Beatriz Nunes, n. Torres Novas
6.Luis Fernandes Gramaxo, natural do ALGARVE.
7.Guiomar Mendes, n. Lx.

Fernão Soares Ribeiro era irmão de Manuel Soares Ribeiro, de Branca Rodrigues, de Leonor e Luisa Soares.

Leonor Gramaxa era irmã de Clara Gramaxo, moradora em Sevilha, de Isabel Coronel c.c. O Dr. Luis Quaresma Gramaxo e morad. em Sevilha, Beatriz Nunes Gramaxo c.c. Bartolomeu Soares, morad. em Madrid, e António Nunes Gramaxo c.c. sua sobrinha Betariz Soares e morad. em Sevilha.

Luis Fernandez Suarez era irmão de Henrique Soares, Manuel Soares, morad. em Lx. , e de Beatriz Soares ( a que era c.c. seu tio António Nunes Gramaxo).

Espero que estes elementos sejam de utilidade.

Com os melhores cumprimentos
António Godinho de Carvalho

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RE: Pachecos, de Monchique e Açores

#73685 | MCN | 23 set 2004 13:21 | Em resposta a: #73665

Caro Luís,

Agradeço os dados e variáveis aqui introduzidas. O teu raciocínio, à luz do texto de Andrade Leitão, faz todo o sentido. Contudo há que compatibilizar estes elementos com a cronologia.

Em primeiro lugar, sabes mais ou menos com que idade é que alguém era feito fidalgo de cota de armas? Se o Pedro Pacheco foi encartado em 1535, teria então cerca de quê, 35 anos? (menos que isso parece-me difícil) Teria então nascido cerca de 1500.
E o nosso Diogo Pacheco, para receber do sogro a escrivania em 1568, teria no máximo uns 45 e o sogro uns 75. Assim, nascido lá para 1520, Diogo Pacheco pode perfeitamente ser o pai de João Pacheco, este nascido cerca de 1560.
Mas isto dá-nos uma diferença entre os pretensos irmãos Pedro e Diogo de, pelo menos, 20 anos, o que não sendo impossível é bastante improvável. Quantos filhos é que o Frutuoso dá ao casal Antão Pacheco e Filipa Martins Furtado?

Inclino-me mais para a hipótese de Diogo Pacheco ser filho de um irmão (ou irmã) do Antão Pacheco, ouvidor em São Miguel e, portanto, o parentesco atribuido a João Pacheco como "sobrinho" de Pedro Pacheco ser um pouco mais rebuscado, sendo nesta hipótese, primo em 2º grau. Mas creio que, tal como hoje, chamava-"tio" a várias outras pessoas, para além dos tios directos...

Por outro lado, isto em nada alteraria a informação de Andrade Leitão, em como um bisneto de Pedro Pacheco, morto em Ceuta, tinha tirado uma carta de brasão (João Pacheco, em 1607), então na posse do padre Lourenço Pacheco. Já agora, tinha informação que este Pedro Pacheco, 3º adaíl de Ceuta, teria passado a residir em Faro, mas se morreu em Ceuta, em que é que ficamos?

Havia que consultar o Frutuoso, quanto a outros irmãos de Antão Pacheco.

Respondi aqui porque haverá mais interessados nestes Pachecos, mas sabendo que preparas um trabalho sobre os mesmos, talvez queiras responder em prv.

1 abraço,
MCN

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RE: Pachecos, de Monchique e Açores

#73690 | LSV | 23 set 2004 14:09 | Em resposta a: #73685

Miguel

Também já fiz todos esses raciocínios. E várias vezes.
Acontece que Pedro Pacheco pode ter tido a CBA com 21 anos e nesses caso teria nascido em 1514, e contece que o Diogo Pacheco pode ter sido escrivão aos 58 anos, tendo por isso nascido em 1510.
Neste caso, Pedro Pacheco e Diogo Pacheco seriam irmãos e o Frutuoso estaria perfeitamente correcto sem termos de rebuscar nada.
Quanto ao Andrade Leitão, enfim, é mais uma genealogia tradicional em que não me quero fiar muito e que para já só darei «ouvidos». Confio muito mais no Gaspar Frutuoso. Como me disse um dia o Dr. Hugo Moreira, que começou a publicar as genealogias de S. Miguel e de Santa Maria, - encontrar um erro em Frutuoso seria uma lança em África. Por outro lado, ele foi contemporâneo de Pedro e de Diogo Pacheco, e os Açores, ao tempo, eram ainda mais pequenos.
Já agora, relativamente a irmãos de Antão Pacheco, o Frutuoso não dá nenhum pois começa exactamente com Antão Pacheco.

Há ainda que ter em conta os Pacheco de Mendonça do Algarve.
Estão documentados como filhos de Tomé Pacheco de Mendonça e de Ana Pacheco de Gusmão, “pessoas nobres da governança da cidade de Faro e das principais Famílias do Algarve", e este Tomé documentado como filho de Antão Pacheco e de Brites de Mendonça. Tal como trazem as genealogias tradicionais.
Ora este Antão Pacheco cronológicamente não poderá ser os dos Açores, pois Tomé nasceu em 1552 (declarando na inquirição de génere do padre Manuel Marques, tirada em 11.9.1595 ter 43 anos de idade, e ser capitão de infantaria, e vivia em 1592 vivia em Faro, casado, como se declara na habilitação de seu filho Paulo). Sseu filho Jorge foi habilitado como bacharel em 1620, tendo nascido cerca de 1589, e o Antão dos Açores nasceu cerca de 1475 e faleceu a 22.10.1522 (filho do Pedro Pacheco morto em Ceuta em 1482).
Este outro Antão poderia ter nascido por volta de 1513 sendo irmão mais velho de Pedro Pacheco, tendo voltado ao Algarve e ser também o Pai de Diogo Pacheco, o qual teria nascido por volta de 1538 sendo o Pai de João PAcheco nascido por volta de 1565.

Um abraço
Luís

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RE: Pachecos, de Monchique e Açores

#73699 | MCN | 23 set 2004 15:27 | Em resposta a: #73690

Luís,
Antes de outras considerações: no Frutuoso o Diogo Pacheco está como irmão de Pedro Pacheco?
MCN

Resposta

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RE: Pachecos, de Monchique e Açores

#73701 | LSV | 23 set 2004 15:35 | Em resposta a: #73699

Miguel

O Frutuoso não refere o Diogo Pacheco. Foi eu quem o encontrou.

Um abraço
Luís

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RE: Pachecos, de Monchique e Açores

#73702 | LSV | 23 set 2004 15:41 | Em resposta a: #73699

Continuando Miguel, aliás este Diogo PAcheco não é referido em lado nenhum e é até agora o primeiro nestas paragens. O seu parentesco com João Pacheco, como referi é deduzido no facto dele ter sucedido a um João Pais [de Mesquita] no lugar de escrivão das sisas de Monchique, surgindo mais tarde uma descendente de João Pacheco a casar com um João Pais de Mesquita para o que foram dispensados em 3º e 4º graus.
Segue o documento:

Dom (averbamento à esquerda: diogo pachequo / offiçio) sebastião etc. Aquantos esta minha carta virem faço /2 saber que confiando eu de djogo pachequo morador no lugar de monchique /3 termo da cidade de sylves que no oficio de stprivam das sysas /4 do dito lugar me serujra bem e fieLmente como a meu serujço /5 cumpre e que tendo-lhe fazer graça e merçe ey por bem e o dou da-/6 quy em diante por espriuão das sysas do dito lugar de momchique /7 asy e da maneira que o ele deue ser e como o a teor o foy João paez /8 cujo o dito ofiçio era e o Renunciou em mynhas mãos para eu /9 fazer merçe dele a quem me prouvese segundo se vio per hum publico /10 estromento que Recontaua ser feyto e asynado per Jorge gonçalvez ppublico /11 tabaliam em a cydade de sylues aos dous dias do mes de outubro de /12 j bc Lxb annos com as testemunhas nele nomeadas segundo se tudo majs larga-/13 mente no dito estromento contynha com o qual ofiçio ele djogo pachequo /14 avera de mantymento ordenado em cada hum ano do que as ditas sysas /15 Asy Renderem a Rezão de sasemta reis por mjlheiro ate comtia /16 de mjll reis e majs não posto que as ditas sisas majs Rendão /17 os quaes j reis lhe serão pagos per ordynarja a custa dos Ren-/18 dejros quando as ditas sysas estiuerem aRendadas e quando /19 não a custa de mynha fazenda e portato mando ao Juiz de fora /20 da cydade de sylues ou a quaesquer oficiaes a que o conhecimento desto per-/21 tençer odeyxem serujr o dito oficio e aver com ele todos os /22 proes r percallços que lhe dereytamente pertencerem per Regimento /23 de mynha fazenda o qual oficio ele serujra emquanto eu o aver /24 por bem e não mandar o contrario e ele Jurara primeiro em mjnha chancelaria /25 que bem e fielmente syrua o dito oficio goardando em tudo a mym meu /26 serujço e as partes seu direito e pague d’ordenado dele na dita chancelaria mjll /27 sasemta e seii reis que ficaram caregados em Recepta sobre o Recebedor /28 dela segundo se vyo per seu conhecimento em forma que com a carta que o dito João paez ty-/29 nha do dito oficio e estromento de Renunciação foy Roto asynar /30 desta data em Lixboa a cymquo de Janeiro de j bc Lxbiij Annos el Rey noso senhor /31 o mandou por dom francisco de faram seu Amado sobrjnho do seu conselho e vedor de sua fazenda /32 amtonio da costa a fez Anno do nascimento de noso senhor Jesu Christo de j bc Lxiij Annos.

Um abraço
Luís

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RE: Pachecos, de Monchique e Açores

#73710 | MCN | 23 set 2004 16:19 | Em resposta a: #73701

Certo, então fui eu que não percebi quando dizias: "...Pedro Pacheco e Diogo Pacheco seriam irmãos e o Frutuoso estaria perfeitamente correcto"

Enfim, genealogia desta época, sem aparecem documentos, é essencialmente hipótese, portanto continuemos a divagar: porque é que fazes o Diogo mais velho, quando o mais provável é ser o inverso, e Pedro Pacheco receber a carta de fidalgo senão com uns 30, no mínimo com 25 anos? Da mesma forma se Antão Pacheco, casado com Brites de Mendonça, fosse irmão dos anteriores, também não parece que fosse o mais velho.
Continuo portanto a apontar o nascimento de Pedro Pacheco FCA lá para 1500, no máximo 1510. Antão terá nascido como referes c. 1513. Diogo terá nascido não antes de 1515, para que em 1568 tivesse uns 53 e sogro uns 75/78.
Agora "só" resta provar isto...
1 abraço,
MCN

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RE: Pachecos, de Monchique e Açores

#73714 | MCN | 23 set 2004 16:29 | Em resposta a: #73710

A tempo: a hipótese de Diogo Pacheco ser filho de Antão Pacheco e Brites de Mendonça é que não tem muita consistência. Voltavamos a ter uma grande diferença de idades entre Diogo (que neste caso seria sempre mais velho) e Tomé (nasc. 1552). Além do mais seria estranho haver documentada a genealogia do mais novo, sem referência a um irmão mais velho. Por outro era descer uma geração e não estar de acordo com o texto de Andrade Leitão, quando se refere ao bisneto [João Pacheco].
MCN

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RE: Pachecos, de Monchique e Açores

#73728 | LSV | 23 set 2004 17:30 | Em resposta a: #73714

Miguel

Preferiria trocar impressões sobre o assunto fora do fórum. Para além de que estamos a «invadir» este tópico.
De qualquer modo, e rapidamente, não se tratam de divagações. Há alguma documentação, nomeadamente dos Açores, e como tal será mais uma reconstituição de que uma divagação.

Quanto ao Pedro Pacheco ter recebido a CBA não justifica de forma alguma que ele fosse o mais velho. Uma coisa nada tem a ver com a outra.
Por outro lado, e supondo que Diogo Pacheco nasceu como pretendes não antes de 1515 acho muito estranho que o Gaspar Frutuoso o tenha ignorado, já que este nasceu em 1522 (e começou a escrever «Saudades da Terra» em 1552). Ou seja, eram contemporâneos. A única razão pela qual consigo perceber que o tenha ignorado seria o facto deste ter saído muito cedo dos Açores, de volta ao Algarve, pelo que aí não tenha deixado rasto.
Poder-se-ia colocar a hipótese do Pai de João Pacheco ser filho de Antão Pacheco (o dos Açores) e de um 1º casamento no Algarve, como penso que antes já o referi. Acontece que esta hipótese trás algumas questões que se não explicam assim.
Por exemplo, há que referir, e é muito importante, que Pedro Pacheco, dos Açores, assinava Pedro Pacheco de Sousa, conforme o seu testamento datado de 2.5.1563, junto com sua mulher. Repara que também os filhos de João Pacheco, de Monchique, seguem o apelido Pacheco de Sousa.
E este Sousa, não é, como já ouvi defender, o Sousa dos Sousa Pacheco de Faro, mas sim, e dado que João Pacheco e Pedro Pacheco eram respectivamente sobrinho e tio, o Sousa que vem pela mãe de Pedro Pacheco, Filipa Martins Furtado, filha de Martinhanes Furtado de Sousa.
Ou seja, isto fará com que João Pacheco, de Monchique, tenha de ser descendente de Martinhanes Furtado de Sousa, e como tal de sua filha Filipa Martins Furtado e de Antão Pacheco, falecido em 1522 em S. Miguel.

Poucas hipóteses restam: ou João Pacheco é filho de Diogo Pacheco e este irmão de Pedro Pacheco; ou é filho de outro Antão Pacheco (este sim, acredito que filho de um 1º casamento de Antão Pacheco no Algarve com a tal Brites de Mendonça - nem sequer poderia haver confusão entre os dois Antão Pacheco pois se o filho dum nasceu em 1552, o outro, fal. em 1522 não poderia ser seu Pai). Ora esta última versão não justifica o apelido Sousa nem os descendentes deste outro Antão Pacheco o usaram, antes, Pacheco de Mendonça. Como nota apenas, não tenho dúvidas da relação de parentesco muitissimo próxima entre estes dois Antão, nome aliás muito frequente neste ramo já que o Avô do Antão mais velho, adianto-te, também se chamou Antão.
Para mim, de longe o mais credível é que João Pacheco seja filho de Diogo Pacheco, e tanto pelas razões anterioremente apontadas, bem como pelo facto de que João Pacheco também teve um filho chamado Diogo Pacheco, cuja descendência segue também o apelido Pacheco de Sousa em Monchique.

Assim sendo, parece, só nos resta a hipótese de Diogo Pacheco ser irmão de Pedro Pacheco, o que fará o João sobrinho deste outro, tal como referido na CBA.
Manuel Pacheco de Sousa, filho de João Pacheco, casou em 1615, pelo que não nasceu certamente depois de 1590, e talvez tenha nascido mesmo lá para 1585. Também Diogo Pacheco, irmão deste último baptiza filhos em 1618 (e talvez anteriormente mas não há assentos anteriores a essa data), pelo que terá nascido pela mesma altura 1585/90. O que quer dizer que João Pacheco poderia mesmo, e sem dificuldade nenhuma, ter nascido lá para 1550. Ou seja, sem dificuldade Diogo Pacheco poderia ter nascido lá para 1510 ou antes, e ser irmão de Pedro Pacheco de Sousa, dos Açores.
Ora considerando que o Antão Pacheco nasceu lá para 1475 (e de acordo com os dados que tenho não o terá sido antes), tenho dificuldade em aceitar que, tendo eventualmente casado uma primeira vez no Algarve, já fosse casado 2ª vez nos Açores e com um filho em 1500. Não. Acredita que Pedro Pacheco não deve ter nascido antes de 1509.

Um abraço
Luís

Nota: não te prendas ao Andrade Leitão, pois se tem algum dado novo em relação aos outros genealogistas, que possa ser curioso e interessante, faz o mesmo disparate dos outros ao entroncar estes Pacheco. Eles copiavam-se todos una aos outros...

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RE: Gramaxos de Portimão

#73740 | LSV | 23 set 2004 18:14 | Em resposta a: #73673

Roberto

Bem sei que não será necessário dizer, mas, se acaso te cruzares com os nossos Freire de Andrade ou mesmo Pacheco, retira os dados sff e comunica.

Um abraço e bom trabalho
Luís

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RE: Pachecos, de Monchique e Açores

#73750 | MCN | 23 set 2004 19:00 | Em resposta a: #73728

ok, respondo em privado.

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RE: Gramaxo

#73764 | rmfrp | 23 set 2004 20:44 | Em resposta a: #73677

Caro António Godinho de Carvalho:

Muito obrigado pela sua informação. Trata-se certamente de um membro da mesma família Gramaxo, que se sabe ter tido presença nas colónias espanholas da América.

Com os melhores cumprimentos,

Rui Pereira

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RE: Oliveira Jaques / Palma Velho

#73765 | rmfrp | 23 set 2004 20:54 | Em resposta a: #73674

Caro Roberto:

Ontem não indiquei a ascendência de Vicente Velho da Silva, que é a seguinte:

Vicente Velho da Silva, n. Alvor, m. Aljezur, filho de Gregório Velho da Silva, n. Alvor, e Maria Fernandes Godinho, n. Aljezur, neto paterno de Vicente Dias Velho e Maria Soares, n./m. Alvor, e neta materna de Francisco de Borba Velho e Isabel Godinho, n./m. Aljezur.

Temos portanto dados eventualmente interessantes tanto para os Velhos como para os Soares do Alvor. Maria Soares deve ser mais ou menos contemporânea de Lopo Soares Pacheco e Branca Rodrigues Soares/Pacheco.

Por outro lado, o facto de Vicente Velho da Silva ser FSO torna pouco provável a filiação de Álvaro de Oliveira Jaques em Pero Jaques de Oliveira e Aldonça Gramaxo, que colocaria a esposa de Vicente como bisneta de uma cristã-nova presa pela Inquisição.

Informarei quando tiver mais novidades.

Um abraço,

Rui Pereira

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RE: Pachecos, de Monchique e Açores

#73768 | rmfrp | 23 set 2004 21:00 | Em resposta a: #73728

Caro Luís:

Eu até estou a gostar desta invasão dos Pachecos... Ou não fosse eu descendente dos Pachecos de Monchique, dos Pacheco de Brito de Faro e também dos Pachecos de São Miguel!

Um abraço,

Rui Pereira

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RE: Pachecos, de Monchique e Açores

#73796 | camisao65 | 24 set 2004 10:00 | Em resposta a: #73768

Caro Rui,

E vamos lá ver se não és aparentado com outro Pacheco.
Quando tiver mais dados, depois comunico-te.

Abraço

Luis

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RE: Pachecos, de Monchique e Açores

#73876 | LSV | 24 set 2004 20:09 | Em resposta a: #73768

Caro Rui

Voltei a partir pedra sobre os Pacheco como terás verificado.
Dar-te-ei novidades assim que as tiver.

Um abraço
Luís

Resposta

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RE: Gramaxos de Portimão

#73888 | jvaldeira | 24 set 2004 22:50 | Em resposta a: #73608

Caros amigos,

Grande actividade em volta dos Gramaxos e Jaques!

Só para vos deixar nota de que estou a contar pesquisar a Bordeira (Aljezur) entre outras razões porque imagino que possa encontrar algo sobre esta gente:

"à freguesia da Bordeira esteve muito ligada, nos séculos XV a XIX, a família Jaques de Lagos, que aqui possuía grandes propriedades. Pero Jaques recebeu, de D. Afonso V, a doação do Paúl do Bordalete em 1473. Um dos seus filhos, Cristovão Jaques teve papel de relevo nos inícios da colonização do recém-descoberto Brasil."

Aproveito também para recordar que existem numerosos procesos da Inquisição de Gramaxos (não só da Aldonça), como mencionei no tópico dos Lopes de Amorim; talvez algum ajude nestas linhagens.

Um abraço,
JValdeira

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RE: Pachecos, de Monchique e Açores

#73946 | rmfrp | 25 set 2004 16:42 | Em resposta a: #73796

Caro Luís:

Muito misterioso! :-)

Fico então a aguardar notícias.

Um abraço,

Rui Pereira

Resposta

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RE: Oliveira Jaques / Palma Velho

#73949 | rmfrp | 25 set 2004 16:58 | Em resposta a: #73674

Caros colegas:

Consultei hoje a habilitação do Santo Ofício de Vicente Velho da Silva. Infelizmente, não são referidos quaisquer ascendentes para lá dos pais e avós do habilitando e da esposa.

Mesmo assim, foi possível saber que todos eram tidos por cristãos-velhos, eram gente nobre, ou muito nobre, ou principal, e viviam de suas fazendas. O pai de Vicente, Gregório Velho da Silva, foi Sargento-Mor e depois Capitão-Mor de Aljezur. Álvaro de Oliveira Jaques e a esposa foram viver para Vila Nova de Portimão onde Álvaro foi Ouvidor e Capitão-Mor.

Confirma-se assim ser realmente este o "Ouvidor Álvaro de Oliveira" que foi em 1621 padrinho de Bartolomeu, filho de Francisco Cabrita Freire e Maria Domingues. O posto de Capitão-Mor é novidade.

No final do processo está uma carta de Domingos Pereira da Silva, representante do Santo Ofício, em que este se queixa de tido achaques, e de ter percorrido uma grande distância, etc.. De passagem é feita uma referência ao Cap. Francisco Soares Pacheco (que como se sabe era casado com uma neta de Álvaro de Oliveira Jaques e Brites da Palma Velho), mas parece tratar-se de um assunto diferente que por acaso foi tratado na mesma carta: "do Cap. Francisco Soares Pacheco digo o que achei na carta que V. S. me mandou que com esta vai e não tenho mais do que dar ...". O processo é de 1685.

Melhores cumprimentos a todos,

Rui Pereira

Resposta

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RE: Oliveira Jaques / Palma Velho

#73956 | LSV | 25 set 2004 17:58 | Em resposta a: #73949

Caros Rui e Roberto e outros confrades

Segue lista das referências a indivíduos de apelido Jacques constantes da chancelaria do Rei Dom Afonso V. Por favor não me façam perguntas sobre a sua identidade pois não sei nada desta família.
Suponho no entanto que vos interessa.
Um abraço

L.28 fl.59 1468.06.29 - Torres Vedras Justiça. Perdões - D. Afonso V perdoa o degredo de vinte e oito meses a João de Necasta, criado de Rui Dias Jacques, cavaleiro da casa régia, dos três anos a que foi condenado para a cidade de Ceuta, tendo pago 600 reais brancos para a Piedade.

L.28 fl.59 1468.06.29 - Torres Vedras Justiça. Perdões - D. Afonso V perdoa de degredo cinco anos e quatro meses Rui Dias Jacques, cavaleiro da casa régia, criado que foi do Infante D. Henrique, dos seis anos a que foi condenado para a cidade de Ceuta, tendo pago 12.000 reais brancos para a Piedade.

L.29 fl.268 1472.05.13 – Santarém Graça. Doações de bens e direitos - D. Afonso V doa a Rui Dias Jacques, cavaleiro da casa régia, uma tença anual de 2.000 reais brancos, enquanto sua mercê for, a partir de 1 de Janeiro de 1473, em satisfação do ofício e valor das rendas, das corvinas e pescarias do cabo e alcaidaria, na vila de Sagres, que demos a Rui de Sousa.

L.7 fl.83 1476.11.20 - Évora Justiça. Perdões - D. Afonso V perdoa a justiça régia a Luís Álvares, criado de Pedro Varela, cavaleiro, morador na vila de Lagos, na sequência do perdão geral outorgado aos homiziados que foram servir para Castela, pela querela que tivera com Henrique Jacques, morador na vila de Lagos. Refere: Carta testemunhável de 03 de Setembro de 1476

L.19 fl.72 1439.02.23 – Lisboa Administração Geral. Defesa - D. Afonso V nomeia Diogo Gil Jaques para o cargo de coudel da vila de Lagos e seu termo.
L.10 fl.126 1454.12.12 – Lisboa Fazenda. Provimento e remuneração de ofícios - D. Afonso V nomeia Diogo Gil Jaques, morador em Lagos, cavaleiro do infante D. Henrique, para o cargo de juiz das sisas régias nessa vila e seu termo, em substituição de Gonçalo Gil de Pera, que morrera.

L.9 fl.38 1463.03.20 Sacavém Fazenda. Provimento e remuneração de ofícios - D. Afonso V nomeia João Godinho, cavaleiro da casa do Infante D. Henrique, para o cargo de escrivão das sisas régias da vila de Lagos e
seu termo, em substituição de Pedro Jaques, cavaleiro régio, que renunciara

L.31 fl.141 1469.11.13 Setúbal Administração Geral. Defesa - D. Afonso V nomeia, por três anos, Fernão Barreto, cavaleiro da casa do Infante D. Fernando, para o cargo de coudel da vila de Lagos, em substituição de
Pero Jaques, que terminara o tempo de serviço

L.33 fl.79 1473.02.28 Évora Graça. Doações de bens e direitos - D. Afonso V doa para sempre a Pedro Jaques, cavaleiro da casa régia, corregedor de S. Salvador de Bouças, para ele e para todos os seus herdeiros, ascendentes e descendentes, o paúl da Bordeira e Bordalete, termo da vila de Lagos, mediante determinadas condições

L.33 fl.80 1473.03.15 Évora Justiça. Perdões - D. Afonso V perdoa a justiça régia a Catarina da Costa, mulher de João Jaques, ourives, moradores na cidade de Coimbra, culpado de mandar bater e de ferir João Eanes, tecelão, mediante o perdão das partes, tendo pago 600 reais para a Arca da Piedade. Refere: Inst. público de perdão de 20 de Fevereiro de 1473

L.30 fl.157 1475.03.02 Évora Administração Geral. Defesa - D. Afonso V nomeia novamente por três anos Pedro Jaques, cavaleiro da Casa régia, para o cargo de coudel de Longos.

L.30 fl.98 1475.04.08 Arraiolos Justiça. Perdões - D. Afonso V perdoa a justiça régia a João Lourenço, criado de João Pacheco, acusado de ter ferido Pedro Rafael e Henrique Jaques, moradores na vila de Lagos, mediante o perdão das partes, tendo pago 800 reais para a Piedade. Refere: Inst. público de perdão de 10 de Outubro de 1474 Inst. público de perdão de 12 de Outubro de 1474

L.30 fl. 70 1475.05.11 Arronches Graça. Privilégios em geral - D. Afonso V privilegia Pedro Jaques, comendador de Bouças da Ordem de Santiago, concedendo-lhe autorização para arrendar por três anos a sua comenda, com aprovação do príncipe D. João

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RE: Oliveira Jaques / Palma Velho

#73959 | LSV | 25 set 2004 18:05 | Em resposta a: #73949

Segue ainda (muito muito incompleto) da chancelaria de D. Manuel I

L.6 fl.169 Montemor-o-Novo 27.1.1496 - A Pero Jaques, fidalgo da Casa Real, comendador de Bouças, confirmação de um aforamento (1495-Março-10, Lisboa), de uma azenha velha, além do rio, (onde chama João Rama) situada no termo de Lagos. Esta concessão é feita com a obrigação de pagar 27,5 reais de prata da moeda corrente de 117 em Março e lei de onze dinheiro ao almoxarife da vila de Lagos. El-rei o mandou por Pedro de Castro do seu Conselho e vedor de sua Fazenda. Francisco de Matos a fez.

L.7 fl.467 Sintra 1.9.1510 - A Violante Jaques, viúva, mulher que foi de Diogo da Fonseca, morador na vila de Lagos, mercê pela qual Pêro Gonçalves de Vecassa, seu criado, seja privilegiado e escusado dos encargos e ofícios do concelho. Diogo Anrrulho a fez.

L.8 fl.436 Lisboa 1.8.1511 - A Diogo Fernandes, mareante, e sua mulher, Margarida Lourenço, moradores em Lagos, confirmação de um aforamento de uma courela de terra no reguengo do Paúl, termo dessa vila, com 180 reais brancos de foro anual, por 9 vintéins de prata, a 20 reais o vintém, com as confrontações e condições declaradas. Sabe-se pela carta de aforamento feita a 2 de Janeiro de 1508, em Lagos, nas casas de morada do escrivão do almoxarifado, Francisco de Sousa, que na presença de Pero Lopes Batavias, almoxarife e juíz da alfândega dessa vila, que o foro é pago ao senhorio Cristovão Jaques, cavaleiro da casa real, e que o aforamento fora feito a seu sogro, Francisco Portocarreiro. El-rei o mandou por dom Pedro de Castro do seu conselho e vedor da fazenda. João do Porto a fez.

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RE: Pachecos, de Monchique e Açores

#74044 | LSV | 27 set 2004 01:11 | Em resposta a: #73946

Rui

Antes houvesse mistério no sentido de nova documentação. Mas não, o mistério mantém-se o mesmo, apenas, à falta do documento que gostaria que existisse e encontrá-lo, voltei novamente a tentar perceber o encadeamento e a reconstituição possível desta genealogia.

Dar-te-ei a minha opinião em breve, e que não passará para já de dedução.
Um abraço
Luís

Resposta

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RE: Pachecos, de Monchique e Açores

#74057 | rmfrp | 27 set 2004 10:24 | Em resposta a: #74044

Caro Luís Soveral Varella:

Peço desculpa pela confusão originada pelo facto de ter escrito apenas "Caro Luís". O meu comentário "misterioso" foi em resposta à mensagem do Luís Camizão.

É claro que tenho todo o interesse na sua opinião sobre os Pachecos.

Um abraço,

Rui Pereira

Resposta

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RE: Gramaxos de Portimão

#74070 | roberto lopes | 27 set 2004 12:44 | Em resposta a: #73888

Caro Jorge Valdeira e Rui Pereira:

As recem descobertas do Rui Pereira, aumentam de alguma forma os candidatos a pais ou avos de Maria Jaques de Oliveira, passou-me algo pela cabeça que talvez torne possivelmente credivel a filiaçao mais correcta, para isso e necessario saber a partir de que anos começam os assentos paroquiais da freguesia de Alvor, caso os referidos assentos começem em 1720 ou 30 teriamos quase garantidamente os obitos dos pais, tios paternos, tios maternos da Maria Jacques de Oliveira, e a partir dai se possam fazer novos juizos, ou entao ficarmos mais confusos ainda, porque a medida que vamos avançando a base de dados aumenta!
Se os pais Maria Jaques casaram em 1770, teriam que nascer em 1740/50 e poderiam perfeitamente morrer aos 70/80 anos o que implicaria estarem registados os seus obitos nos anos 1710/20 e 1720/30 respectivamente!
Agora se so existirem obitos a partir 1770, que penso ser o mais certo, e estranho esta ideia chegar-me so agora, mas nunca se sabe...
Em relaçao ao Manuel Jaques de Paiva irmao de Monica da palma ñ lhe respondi, pq foi uma surpresa para mim, mas penso que devem ser filhos do outro Manuel e da Eufrasia.
Em relaçao ao Vicente Velho da Silva mais moderno filho de um Joao Mendes da Silva e de uma Maria de Paiva que os lanço para um casamento em 1720 implica-o como bisneto do Vicente Velho da Silva mais antigo FSO, recem encontrado por Rui Pereira, os avos paternos tem que ser quase obrigatoriamente um filho/a de Vicente Velho da Silva cc Maria da Palma e outro filho/a de Joao Mendes da Silva cc ou com Maria de Paiva e Sousa ou a sua 2. m.er!
A Maria de Paiva mais moderna cc Joao Mendes da Silva lanço-a para filha de Manuel Jacques de Paiva e sua 2. m.er colocando os nubentes em primos de 2. grau e 4 grau, creio nao tenho aqui comigo os apontamentos das minhas matematicas!

Com os melhores cumprimentos,

Roberto Lopes

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RE:Gramaxo

#74103 | LSV | 27 set 2004 18:29 | Em resposta a: #74057

Caro Rui Pereira

Foi de facto uma confusão....

Agora, sobre Gramaxo, para os interessados, viviam já no Algarve nos finais do séc. XV já que encontro na chanc. de Dom João II, a 20.2.1491 (L.9 fl.62) a carta de almoxarife de Silves a favor de João Gramaxo.

Encontro ainda uma carta de Legitimação a 5.2.1486 a um Bartolomeu Gramaxo. Não li o processo, donde não sei de ele era o pai se o filho.

De resto, o Gayo dá-os também no Algarve, por exemplo:

N 11 PEDRO LOPES DA FONSECA seguiu as Letras e foi Dz.or do Paço e do Conselho do Rei D. João III que lhe mandou justificar seu Brazão do qual consta tudo o referido, e foi passado a 16 de ................. de 1538 casou com Isabel Gramaxo f. de Luís de Oliveira de Ataide Homem Fidalgo

Um abraço
Luís

Resposta

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RE: Oliveira Jaques / Palma Velho

#74123 | rmfrp | 27 set 2004 23:33 | Em resposta a: #73959

Caro Luís Soveral Varella:

Muito obrigado por todas as suas contribuições mais recentes. Prometo não fazer perguntas sobre os Jaques. :-)

... mas, apenas como observação, Cristóvão Jaques, genro de Francisco Portocarreiro, é aquele a que o nosso colega Ricardo Costa de Oliveira se referiu como "o terror do litoral brasileiro", no tópico:
http://www.geneall.net/P/forum_msg.php?id=62736

... e é o mesmo referido na mensagem de 24 de Setembro do colega JValdeira. Ao que tudo indica, estes Jaques Portocarreiro estarão muito próximos da nossa linha de ascendência.

Um abraço,

Rui Pereira

Resposta

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RE: Gregório Velho, Vicente Velho...

#74125 | rmfrp | 27 set 2004 23:48 | Em resposta a: #74070

Caros Colegas:

Em primeiro lugar aproveito para agradecer o grande desenvolvimento que este tópico tem tido nos últimos dias, e que só foi possível devido à colaboração dos diversos intervenientes.

Prossigamos então com alguns dados para aumentar ainda mais a entropia:

Na genealogia dos Serpas de Portimão, encontra-se Isabel Rodrigues, b. Portimão 28.03.1649 (filha de Gregório de Serpa e Brites Rodrigues) que casa a 05.02.1674, igualmente em Portimão, com Gregório Velho Fragoso, da Mexilhoeira Grande, filho de Vicente Velho e Luzia da Esperança.

Continuando em Portimão, agora a 13.12.1719, casa (um dos vários) Álvaro de Oliveira Jaques com D. Mariana Valente Castelo Branco, e uma das testemunhas é... Vicente Velho da Silva.

Renovados agradecimentos a todos,

Rui Pereira

Resposta

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RE: Registos paroquiais do Alvor

#74126 | rmfrp | 27 set 2004 23:52 | Em resposta a: #74070

Caro Roberto:

Já sabes que os registos do Alvor são uma miséria. Segundo os dados dos microfilmes existentes na página FamilySearch, começam em:

Baptismos - 1723
Casamentos - 1763
Óbitos - 1760

Um abraço,

Rui Pereira

Resposta

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RE: Oliveira Jaques / Palma Velho

#74643 | roberto lopes | 08 out 2004 12:57 | Em resposta a: #73765

Caro Rui Pereira:

Parece que havia uma lei por volta de 1770 que proibia a distinçao entre cristaos velhos e cristaos novos e de caracter desinibitorio para solicitar carta de F.S.O., se assim for o teu Alvaro de Oliveira Jacques pode perfeitamente ser filho de uma crista nova!

Com os melhores cumprimentos,

Roberto Lopes

Resposta

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RE: Oliveira Jaques / Palma Velho

#74696 | melisa | 09 out 2004 19:06 | Em resposta a: #74643

Caros confrades
Parece-me algo tardia a lei de 1770 para permitir a habilitação a FSO de Vicente Velho da Silva em...1685.
Por outro lado caso se confirme a ascendência de Álvaro de Oliveira Jaques em Pêro Jaques de Oliveira e Aldonça Gramaxa, trata-se apenas dos bisavós da mulher do candidato, que até nem são referidos no processo (propositadamente?), o que caso não houvesse algo a ocultar deveria ser referido (Os jaques eram cristãos velhos).
Parece-me que assim sai reforçada a hipótese de filiação do AOJ.

Mudando de assunto:

Encontrei em Alvor um casamento em 18/5/1779 de um João Mendes da Silva (de Alvor) com Quitéria Joaquina.
O nubente era filho de Vicente Velho da Silva e Inês do Rio , n.p. de João Mendes da Silva e Maria de Paiva e n.m. de Afonso Vaz e Maria Dias.
O que leva a que os pais teriam casado lá para 1750, e os avós cerca de 1720.
Cumprimentos
M.Elisa

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RE: Oliveira Jaques / Palma Velho

#74713 | jvaldeira | 10 out 2004 01:28 | Em resposta a: #73949

Uma nota muito rápida só para dizer que que encontrei recentemente menção a um Vicente Velho da Silva Cap. mor de Aljezur, filho de João Matoso. Trata-se de um (ou talvez mais) registos de baptismo de +/- 1685 em Odeceixe, em que este Vicente é padrinho. Não tirei detalhes apenas nota solta por se tratar de um Velho...
Um abraço,
JValdeira

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RE: Oliveira Jaques / Palma Velho

#75112 | rmfrp | 16 out 2004 16:41 | Em resposta a: #74643

Caro Roberto:

Como já referiu a nossa Prima M. Elisa, suponho que te tenhas equivocado quanto à possível ligação entre o fim da distinção entre cristãos-novos e cristãos-velhos e a possibilidade de Vicente Velho da Silva conseguir ser FSO, em data muito anterior, sendo casado com uma bisneta de uma cristã-nova presa pela Inquisição.

No entanto, mesmo em 1770 a Inquisição continuava a colocar entraves à habilitação de descendentes de cristãos-novos. Em 1772, um parente meu conseguiu a habilitação para FSO na sequência de um processo que durou décadas, iniciado por um irmão entretanto falecido. Este processo envolveu uma extensíssima investigação, com a construção de árvores genealógicas até aos quintos avós, pelo simples motivo de um desses quintos avós ser alegadamente cristão-novo.

Um abraço,

Rui Pereira

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RE: Oliveira Jaques / Palma Velho

#75116 | rmfrp | 16 out 2004 17:48 | Em resposta a: #74643

Caro Roberto:

Vê as novidades sobre os Freire da Silva que coloquei no tópico sobre famílias de Olalhas.

Um abraço,

Rui Pereira

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Jaques na TT (Mercês; Perdoes; Legit..)

#88949 | Luis K. W. | 19 abr 2005 11:28 | Em resposta a: #73959

Só depois reparei que este trabalho de pesquisa na TT ja' tinha sido começado pelo outro Luís (LSV).
Estive no Sábado na Torre do Tombo e, em cerca de 1 hora, enchi 10 páginas de apontamentos sobre os primeiros JAQUES no Algarve.
Peço desculpa pela repetição de alguns dados (chancelaria de Afº V), mas há alguns interessantes dados nas Chancelarias de D João II e D Manuel I.

Aqui vai o resumo:

*Verbo - Enciclopédia Luso-Brasileira de Cultura*
JAQUES - família espanhola oriunda do Reino de Aragão com solar nas montanhas de Jaca. Passou a Portugal na pessoa de Guilherme Jaques, que acompanhou D Isabel, mulher do Infante D Pedro, duque de Coimbra, filho de D João I, o qual segundo alguns autores se estabeleceu no Algarve onde seus descendentes vincularam o morgado de Burdeira.
Houve outro ramo de Jaques em Portugal, aparentado com os Magalhães (que usou as armas de Magalhães, de Afonso Rodrigues).
Em Tavira houve um vereador Alvaro Joaquim Jaques Correia em 1606, e um outro vereador, chamado João Jaques Correia em 1673.

*Grande Enciclopédia Portuguesa e Brasileira*
PERO JAQUES - Fidalgo, natural de Lagos, que por importantes serviços prestados ao Reino e em África teve a mercê do paúl de Bordeira e Bordalete feita por Afonso V em 28-11-1453; foi comendador de Bouças e tendo sido um dos "vassalões", moradores de Lagos que se negavam a concorrer para as fintas do concelho, contra ele se queixaram os povos do mesmo (cortes de Évora, 1490) - Pero Jaques alegara ter passado a viver na Vila do Infante.

CRISTÓVÃO JAQUES - marinheiro português do final do séc. XV e primeira metade do XVI, dos primeiros exploradores do Estado de Pernambuco onde em
1527 fundou feitoria. Manteve lutas com franceses e levou explorações até
ao Rio de Prata. Chamado a Portugal em 1528.

**MERCÊS REAIS**

AFONSO V
=========
23-2-1439 Afº V nomeia DIOGO GIL JAQUES para coudel da Vila de Lagos

12-12-1454 Afº V nomeia DIOGO GIL JAQUES, morador em Lagos, cavaleiro do
Infante D Henrique, para Juiz das Sisas Régias da dita vila e seu termo (substituindo Gonçalo Gil de Pera, que falecera).

20-03-1463 PERO JAQUES, cavaleiro régio, renuncia ao cargo de escrivão das sisas régias.

1464 PERO JAQUES doa os reguengos de Raposeira no termo da vila de Lagos.

16-6-1464 Afº V doa anualmente a RUI DIAS JAQUES, cavaleiro régio, vedor das armações(..) régias do Algarve, (...) das casas da vila de Sagres.

1469 PERO JAQUES substituido como coudel de Lagos.

28-2-1473 doação perpétua a PERO JAQUES do Paúl de Bordeira e Bordalete.

2-3-1475 Afº V nomeia PERO JAQUES, 3 anos coudel de Longos(?)

8-4-1475 ... perdão pelos ferimentos feitos em HENRIQUE JAQUES, morador em Lagos...

JOÃO II (chancelaria)
======
9-4-1482 perdão a RUI DIAS JAQUES

17-12-1482 PEDRO JAQUES coudel de Lagos (lv.3 fl 101vº)

18-10-1489 PEDRO JAQUES (autorizaçoes) Paúl de Bordeira, e ser coimeiro
(lv.9 fl. 101, lv.26 de D M.el fl.10)

4-12-1502(?) legitimação de CRISTOVÃO, filho de PEDRO JAQUES (lv.3 fl.108vº
e lv.2 de legit de leit.nov.140vº)

PEDRO JAQUES - legitimação de seus filhos CHRISTOVÃO e HENRIQUE (lv.1 de
legit.de leit.nov. 130vº)

PEDRO JAQUES - legitimação de sua filha MARIA (lv.1 de legit.de leit.nov.
165)

PEDRO JAQUES - Doação da Igreja de Bouças (Lv.2 de D.M.el fl.93vº; lv.32
dito 133)

PEDRO JAQUES - Doação do Paúl de Bordeira e Bordelete, termo de Lagos (lv.1
de Guadiana fl.7vº; lv.26 de D M.el, fl.9)

MANUEL I
========
27-1-1496 legitimação de CRISTÓVÃO, fº de PEDRO JAQUES, do Conselho
d'el-Rei e comendador de Bouças e de BEATRIZ AFONSO, mulher solteira;
legitimação a pedido de seu pai (legit. Lv.1, fl.130vº-131).

27-1-1496, legitimação de BEATRIZ fª de PEDRO JAQUES (legit. Lv.1,
fl.130vº-131).

27-1-1496 a PERO JAQUES, FCR, comendador de Bouças, confirmação de um
aforamento (Lisboa 10-3-1495) de uma azenha velha, além do rio, onde chama
João Rama, situada no termo de Lagos,,, (Lv.32, fl.133) (lv.6,
fl.44vº-45vº)

27-1-1496 a PERO JAQUES, FCR e comendador de Bouças, de uma azenha no termo
da vila de Lagos. O beneficiado apresentou carta de aforamaneto na qual se
dizia que a 2-03-1495 na cidade de Lisboa, estando presentes BELHA MIM
NOJARIM(?) e sua mulher; JOSEPH ALFAQUIM e ESTRELA sua mulher, e PALOMA
mulher solteira, todas filhas de JOSEPH ALFAQUIM o velho, já falecido, e
que deixara os sobreditos como herdeiros de uma azenha no termo de Lagos,
foi feita uma venda da dita azenha com todo o seu assentamento, pelos ditos
herdeiros, a PERO JAQUES que se fez representar POR UM SEU SOBRINHO chamado DIOGO GODINHO, escudeiro e morador em Lagos, a quem se deu plenos poderes para tratar com os judeus herdeiros da azenha, situada junto ao rio da Vila de Lagos.... (lv.26 fl.17-18)

1496 - (...) DIOGO GODINHO, escudeiro, morador em Lagos SOBRINHO DE PERO JAQUES (...)

11-2-1496 confirmação da carta de D João II dada em Sintra a 22-12-1485, no qual confirmou PEDRO JAQUES no seu conselho, um Alvará de D Afonso V, feito por sua mão, a 30-1-1474, no qual, por lhe tirar a paz e a salvo a igreja de Bouças...

12-2-1496 A PERO JAQUES, FCR, e do nosso Conselho foi dada carta de confirmação para ser contado o Paul da Bordeira e Casal de Areias conforme carta de confirmação anterior de D Joao II... dada em Faro a 18 de Outubro de 1489 (lv.6, fl.10)

12-2-1496 a PERO JAQUES, FCR do conselho Real, confirmação da Igreja de
Bouças, conforme carta anterior de D João II e Afonso V, feitas em Alcácer
do Sal a 19 de Junho de 1481 e em 31 de Janeiro de 1474, D João II Sintra
22de Dez. de 1485 (lv.26, fl.9vº-10).

17-2-1496 a PERO JAQUES, FCR, corfirmação de doação do Paul de Bordeira e
Bordalete no termo de Lagos, o qual vai entestar com a terra de CATARINA
DOMINGUES e de outro lado com terras que pertencem a FERNÃO VASQUES,
morador na Bordeira e de SALVADOR VICENTE. morador na Raposeira, queremos
que ele, logo que tenha tomado posse do dito Paul, com CATARINA NOGUEIRA
SUA MULHER, faça o que quiser com is frutos dele sem pagar foro (data em
Évora a 28-2-1473; confirm. por D João II em Sintra a 16-12-1485) (lv.26
fl.9-9vº)

11-4-1496 A GIL JAQUES, escudeiro, e a ISABEL VAZ sua mulher, moradores em
Lagos, é dada confirmação do aforamento (...) na presença de Afonso Costa,
cavaleiro, e alcaide mor dessa Vila, procurador de Filipa DE PAIVA,
falecida, cc Francisco Portocarreiro, falecido. (lv.33 fl.94-94vº)

10-4-1499 a PEDRO JAQUES, cavaleiro, conformação de doação e mercê perpetua
do paúl da Bordeira e Bordaleto no termo da V. de Lagos, outorgado por AfºV
e confirmada por João II. (lv.16 fl.42vº)

27-4-1504 DIOGO GODINHO, almoxarife da Vila de Lagos, confirmação do
aforamento de um esteiro no termo da Vila de Lagos, no rio de Mexilhoeira,
(...). (lv.22 fl.36vº-37)

28-11-1504 a João Alvares, ferrador, morador na vila de Lagos e a Margarida
Anes sua mulher, confirmação de aforamento de um pedaço de terra no
reguengo do Paúl, termo da vila de Lagos,... que trouxe em pregão JOÃO
CORDOVIL, porteiro desta vila, de que são senhorios ISABEL DE PAIVA E SEU
MARIDO CRISTOVAO JAQUES, cavaleiro da casa d'el-Rei... o instrumento de
aforamento foi feito na casa de Pero Vaz DE PAIVA, na presença de Nuno
Tristão, cavaleiro do Rei e almoxarife nessa vila. (Nota: no lv.22, fl.
100-101; doc 387 diz: "..aforamento feito a 15 de Maio de 1504... por
comissão de DIOGO GODINHO que servia de almoxarife,..)

1-9-1510 VIOLANTE JAQUES viúva que foi de DIOGO DA FONSECA(*), morador em
Lagos, mercês pela qual Pero Gonçalves de Vecasse, seu criado, seja privilegiado e escusado dos encargose ofícios do concelho. (lv.7 fl.32-32vº)

[[(*) - aparecem vários "Diogo da Fonseca" (DdF) nas Chancelarias,
nomeadamente o(s) seguinte(s), na Chancelaria de Afonso V:
1450 .. perdoado da morte de Rui Galego, por ter estado na armada real de
Ceuta.
1450 .. perdoado por ter estado ao lado do Infante D Pedro em Alfarrobeira..
1463 AfºV afora para sempre a DdF, fidalgo régio, umas casas e moinhos em
TAVIRA, que estavam na posse de seu pai JOÃO GARCIA (carta de aforamento de
21 de Fevº de 1455).
1464 AfºV doa a DdF, cavaleiro régio, os bens móveis e de raiz de Gonçalo Gil, morador em CASTRO MARIM, que vendera uma caravela a um castelhano sem
licença régia.(!!!!)]]

1-8-1511 Diogo Fernandes mareante, e sua mulher Margarida Lourenço,
moradores em Lagos, Foro pago ao senhorio CRISTÓVÃO JAQUES, cavaleiro da
Casa Real... (lv.8 fl.77vº-78)

8-3-1513 Confirmação a Álvaro Rafael, cavº da casa d'el-Rei, morador em
Lisboa, meirinho do Paço, do aforamento em Fatiota, feito em Lagos a 4 de
Agosto de 1512,,, assinado em 16 de Fevereiro de 1513 na Alfândega d'el-Rei
perante CRISTOVÃO JAQUES, cavaleiro, Senhorio do Reguengo do Paúl, o qual
aforou umz terras do Paúl a Álvaro Rafael e sua mulher Beatriz Nunes e seus
herdeiros, ... (lv.15 fl.54-54vº)

1514 e 21-11-1521 DIOGO GODINHO, aparece como cavaleiro da casa d'el Rei,
almoxarife e Juiz de Alfândega e dos Direitos Reais da Vila de Lagos...

CRISTOVÃO JAQUES aparece como testemunha noutros aforamentos em Lagos,
todos em 1504, de:
João Vaz cc Ana Vaz
João Galego cc Beatriz Afonso
Afonso Vaz cc Maria Freire
Beatriz Afonso viúva de João Gonçalves.
ISABEL DE PAIVA, mulher de Cristóvão Jaques, era filha de Filipa de PAIVA e
Francisco Portocarreiro (ver em cima, 11-4-1496, a mercê a Gil Jaques).
-------------------------------------

Mas havia JAQUES espalhados pelo resto do País:
15-3-1473 perdão de Afº V a Catª da Costa m.er de JOÃO JAQUES, moradores em
Coimbra
11-5-1515 JAQUES COROMELA substituído nos cargos de Juz dos feitos e Tratos
da Guiné e das Indias (em Lisboa).
24-3-1518 FRANCISCO JAQUES, tabelião em Freixo de Numão

Na INQUISIÇÃO descobri inúmeros JAQUES/JACQUES, a maioria eram mesmo
estrangeiros (franceses, holandeses...). Entre os mais antigos descobri:

- PEDRO JAQUES, 40, morador em Évora, cantor da Sé de Évora, cc Maria
Negreiros; preso a 15-4-1553, acusado de herege luterano; sentença a
22-10-1553; pena comutada pela sua casa em 1556 (pelo cardeal D Henrique).

- Mestre JACQUES (Jalandes), 32, natural de Danzig (Polónia), morador em
Lisboa, cirurgião, cc Isabel Godinha, acusado em 1562 de luteranismo...

- ANTONIO JAQUES CORREIA, natural de Tavira, 52, [f.º de ALVARO JAQUES
CORREIA (da governança de Tavira) e Andreia Maria natural de Tânger];
Vereador, Juiz, Chanceler e Alferes Mor de Tavira, cc Maria Robala de
Azambuja; acusado de heresia, desrespeito pelo Sto Ofício, suborno,
malícia. Preso a 11-2-1757; sentença a 28-8-1757; 5 anos de degredo em
Miranda.

E as "surpresas"... (também na Inquisição):
JAQUES VIEGAS, natural da Mina, 20, morador em Lisboa, PRETO ESCRAVO,
solteiro; preso a 19-6-1704 acusado de superstição e feitiçaria; condenado
a 3 anos de degredo no couto de CASTRO MARIM.

Bom, e agora é "só" ligar estes aos JAQUES, de PORTIMÃO e ALVOR. :-)
Cumprimentos.
Luís K W
Lisboa-Portugal

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RE: Gramaxos de Portimão

#90359 | LSV | 09 mai 2005 19:30 | Em resposta a: #67042

Fazendo o apanhado dos dados que tenho sobre os Gramaxo, nomeadamente os dados que recebi directamente do Roberto Lopes e os que recolhi deste fórum, juntamente com os que tenho de investigação feita por mim, coloco aqui um apontamento genealógico, ainda que muito provisório, da descendência dos deste apelido, de Portimão.
Como nota importante, convém salientar que o entroncamento dos de Lagoa (joão Martins Gramaxo) nos de Portimão (Fernão Martins Gramaxo) está ainda por documentar.
Também a filiação de João Martins Gramaxo em Jerónimo Gramaxo é, para já, apenas uma proposta, que faltará documentar.

Espero com esta vira a receber do fórum mais dados, mais completos, para podermos organizar um texto mais rigoroso.

Os melhores cumprimentos
Luís Soveral Varella

GRAMAXO DE PORTIMÃO

1. Jerónimo Gramaxo, nascido cerca 1430, cónego da Sé de Silves. Teve de Violante Meirinho, nascida cerca 1435, solteira, moradora em Silves:
1.1. João Gramaxo, nascido cerca 1460, legitimado por carta de 28.8.1468, legitimação confirmada a 3.5.1496, falecido em 1518, Silves, sepultado na Sé de Silves em campa armoriada de Gramaxo, junto com sua mulher. Foi almoxarife de Silves por carta de 20.2.1491 e até 20.6.1502, data em que renuncia, sendo o ofício dado a 12.7.1502 a Sebastião Correia, cavaleiro e morador na cidade de Silves. Casou com Ana Taborda, nascida cerca 1465, e sepultada com seu marido na Sé de Silves.
1.1.1. Jorge Gramaxo, nascido cerca 1485, almoxarife de Portimão, cristão-velho.
Casou com Leonor de Sousa, nascida cerca 1485, Portimão, cristã-velha.
1.1.1.1. Inês Gramaxo, nascida cerca 1505, Portimão, cristã-velha. Casou com Luís Fernandes, nascido cerca 1500, Portimão, mercador, cristão-novo.
1.1.1.1.1. Beatriz Gramaxo, nascida cerca 1530, Portimão. Casou com Nicolau Martins, mercador, cristão-novo, tiveram
1.1.1.1.1.1. André Luís, nascido em Portimão, mercador, vivia em 1588 na Índia de Castela. Casou com Maria Leitão.
1.1.1.1.1.2. Branca de Sousa, nascida em Portimão, cristã-nova, presa pela inquisição de Évora.
1.1.1.1.1.3. Leonor de Sousa, nascida em Portimão, cristã-nova, presa pela inquisição de Évora.
1.1.1.1.1.4. Ana Gramaxo, nascida em Portimão, cristã-nova, presa pela inquisição de Évora.
1.1.1.1.1.5. Aldonça Gramaxo, nascida em 1554, Portimão, cristã-nova, presa pela inquisição de Évora e condenada a confisco de bens, cárcere e hábito penitencial por judaísmo a 10.7.1588. Casou com Pedro Jacques de Oliveira.
1.1.1.1.1.5.1. Diogo de Oliveira.
1.1.1.1.1.5.2. Álvaro de Oliveira Jacques. Casou com Brites da Palma Velho.
1.1.1.1.1.5.3. Isabel Jacques. Casou a 12.6.1628 em Portimão com António Correia.
1.1.1.1.1.5.4. Vicência Jacques, nascida em Alvor. Casou com João Furtado, nascido em Alvor.
1.1.1.1.1.5.4.1. Luís Domingues, nascido em Alvor. Casado a 15.7.1640 em Portimão com Joana Baptista.
1.1.1.1.1.5.4.1.1. Pedro Jacques, nascido em Portimão. Casou a 10.4.1673 em Portimão com Leonor de São Tiago.
1.1.1.1.1.5.4.1.1.1. Jerónimo, baptizado em 1674 em Portimão.
1.1.1.1.1.5.4.1.1.2. Domingas, baptizada a 27.3.1676 em Portimão.
1.1.1.1.1.5.4.1.1.3. Manuel, baptizado a 22.7.1678 em Portimão.
1.1.1.1.1.5.4.1.1.4. Teresa de Jesus, baptizada a 3.3.1681 em Portimão e falecida no terramoto de 1.11.1755, sendo sepultada na igreja de Lagoa. Casou a 15.2.1699 em Portimão com Vitoriano Freire de Andrade, baptizado a 4.3.1633 em Lagoa.
1.1.1.1.1.5.4.1.1.4.1. Domingos Martins Bocarro. Casou com Leonor Gonçalves Pais.
1.1.1.1.1.5.4.1.1.4.1.1. Isabel Freire de Andrade, nascida em Lagoa. Casou em Lagoa com Manuel Nunes (ou Manuel Neves), nascido em Lagoa.
1.1.1.1.1.5.4.1.1.4.1.1.1. Gregória Maria, nasceu em Lagoa. Casou com João de Sousa Lamim, nascido em Lagoa.
1.1.1.1.1.6. Isabel de Sousa, nascida em Portimão. Casou com Lourenço Vogado.
1.1.1.1.1.7. Violante Gramaxo, nascida em Portimão e falecida antes de 1588.
1.1.1.1.2. Leonor Gramaxo, nascida cerca de 1535, cristã-nova. Casou com António Nunes, nascido cerca 1530.
1.1.1.1.2.1. Francisco Nunes Gramaxo, nascido cerca 1558 em Portimão, mercador, cristão-novo. Casou em Portimão com Branca Fernandes, nascida cerca 1563.
1.1.1.1.2.1.1. Isabel Nunes, nascida cerca 1598 em Portimão. Casou em 1623 em Portimão com Fernão Martins Gramaxo, nascido cerca 1590 em Portimão.
1.1.1.1.2.1.1.1. João Martins Gramaxo, nascido cerca 1625 em Portimão. Casou com Maria da Esperança.
1.1.1.1.2.1.1.1.1. Domingos Martins Gramaxo, nasceu cerca de 1670. Casou com Maria de Jesus Bentes.
1.1.1.1.2.1.1.1.1.1. Susana de Jesus Gramaxo, nasceu cerca de 1700. Casou a 29.7.1722 em Lagoa com João Rodrigues Boto.
1.1.1.1.2.1.1.1.1.1.1. Maria de Jesus Boto, nasceu em Lagoa. Casou a 23.4.1748 em Lagoa com João Rodrigues Carrasco, nascido cerca de 1724 em Lagoa.
1.1.1.1.2.1.1.1.1.1.1. Catarina de Jesus. Casou a 20.7.1778 em Lagoa com Felisberto José Vieira Alvaleide, nascido a 17.11.1752 em Ferragudo, termo de Lagoa, baptizado a 25.12.1752 em Ferragudo.
1.1.1.1.2.1.1.1.1.1.1.1. Manuel Vieira Paixão, nascido em Lagoa. Casou a 8.5.1806 em Lagoa com Felícia Maria Duarte, nascida cerca 1781 em Silves.
1.1.1.1.2.1.1.1.1.2. Brígida Maria. Casou com Francisco de Pina.
1.1.1.1.2.1.1.1.1.3. Maria de São José, baptizada a 23.12.1704 em Lagoa. Casou com João Fernandes Xamorro.
1.1.1.1.2.1.1.1.1.4. Teresa de Jesus Gramaxo. Casada em 1742, Lagoa, com João Gonçalves Giado.
1.1.1.1.2.1.1.1.1.4.1. Domingos Martins Gramaxo, nascido em 1745 em Lagoa.
1.1.1.1.2.1.1.1.1.4.2. João Martins Gramaxo, nascido em 1745 em Lagoa, gémeo do anterior. Casou a 14.1.1766 em Lagoa com Maria de Jesus.
1.1.1.1.2.1.1.1.1. João Martins Gramaxo.
1.1.1.1.2.2. Jorge Fernandes Gramaxo, mercador, cristão-novo, foi viver para as Índias de Castela, talvez fugido à inquisição que perseguiu e prendeu quase toda a sua Família.
1.1.1.1.3. Isabel Gramaxo, nascida cerca 1535 em Portimão. Casou com Fernão Martins, nascido em Portimão, mercador, cristão-novo.
1.1.1.1.3.1. Aldonça Gramaxo, nascida cerca 1560, Portimão, cristã-nova. Casou cerca 1582 em Portimão com Manuel Quaresma.
1.1.1.1.3.1.1. Bento Gramaxo, baptizado a 18.7.1583 em Portimão.
1.1.1.1.3.1.2. Ana Gramaxo, nascida em 1588 em Portimão.
1.1.1.1.3.1.3. Domingos Quaresma, nascido cerca 1590 em Portimão. Casou a 6.5.1619 em Portimão com Isabel Gramaxo, baptizada a 11.2.1584 em Portimão.
1.1.1.1.3.1.3.1. Manuel, baptizado a 5.3.1620 em Portimão.
1.1.1.1.3.1.3.2. Manuel Quaresma Gramaxo, baptizado a 12.5.1621 em Portimão. Casou em 1650 em Lagos com Sebastiana Serrão, nascida em Lagos.
1.1.1.1.3.1.3.2.1. Domingos Quaresma Gramaxo. Casou com Isabel Maria Teles.
1.1.1.1.3.1.3.3. Inês Gramaxo, baptizada a 3.8.1624 em 1624, Portimão.
1.1.1.1.3.1.3.4. Aldonça Gramaxo, baptizada a 17.11.1629 em Portimão.
1.1.1.1.3.1.4. Fernão Martins Gramaxo, nascido cerca de 1590 em Portimão. Casou em 1623 em Portimão, com Isabel Nunes, nascida cerca 1598 em Portimão.
1.1.1.1.3.1.4.1. João Martins Gramaxo, nascido cerca 1625, Portimão, ver acima nº 1.1.1.1.2.1.1.1.
1.1.1.1.3.2. Brites de Sousa, nascida em 1566 em Portimão. Casou com Luís da Silva, nascido cerca de 1577 em Portimão, dos mais nobres homens de Portimão, juiz dos orfãos desta cidade em 1594, e sargento-mor de Silves.
1.1.1.1.3.2.1. Guiomar da Silva, nascida em Portimão. Casou com Pedro do Rego Freire, nascido em Lagos, vereador de Lagos.
1.1.1.1.3.2.1.1. Manuel do Rego da Silva, nascido a 21.5.1634 em Lagos, capitão de artilharia da praça do Rio de Janeiro, Brasil, FCA (Dezembro 1672), CFCR (13.5.1658) e COA.
1.1.1.1.4. Violante Gramaxo, falecida em Évora, cristã-nova, presa pela inquisição de Évora e aí queimada nas fogueiras da inquisição. Casada cerca 1560 em Portimão, com [...] Quaresma, licenciado.
1.1.1.1.4.1. Manuel, baptizado a 5.7.1584 em Portimão.
1.1.1.1.4.2. Domingos Quaresma, nascido em 1585 em Portimão. Casou em 1620 em Portimão, com Aldonça Gramaxo.
1.1.1.1.4.2.1. Manuel Quaresma. Casado a 6.6.165[…] em Portimão com Luzia Raposo.
1.1.1.1.5. Jorge Gramaxo, mercador. Casou com Beatriz Brandão.
1.1.1.1.6. Diogo Fernandes, nascido em Portimão, cristão-novo, preso pela inquisição de Évora, morador em 1588 em Beja. Casou com Violante Mendes.
1.1.1.1.7. Álvaro Gramaxo, riquíssimo mercador de Cartagena, em 1583 sendo já viúvo, vivia na Índia de Castela, e arrecadara 2.000.000.

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RE: Gramaxos de Portimão

#90897 | rmfrp | 14 mai 2005 18:41 | Em resposta a: #90359

Caro Luís Soveral Varella:

A respeito da questão dos Gramaxos, em que estou longe de ser um entendido, tenho apreciado a discussão neste e em outros tópicos mas parece-me que se está a tornar difícil, pelo menos para um observador exterior, separar o que está provado do que são especulações.

Em particular, e no que se refere ao eventual entroncamento do meu ramo Oliveira Jaques nos Gramaxos, creio já ter exprimido neste Fórum a minha opinião de que, muito provavelmente, Álvaro de Oliveira Jaques NÃO ERA filho de Pero Jaques de Oliveira e Aldonça Gramaxo. Baseio esta minha opinião no facto de Vicente Velho da Silva, casado com uma neta de Álvaro, ter sido FSO sem qualquer problema, o que dificilmente teria sucedido se ela fosse bisneta de uma cristã-nova condenada pela Inquisição.

Um abraço,

Rui Pereira

Resposta

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RE: Gramaxos de Portimão

#90921 | LSV | 14 mai 2005 21:27 | Em resposta a: #90897

Caro Rui

Muito obrigado pela tua chamada de atenção. Passou-me ou pelo menos foi com menos atenção que terei lido a tua mensagem de dia 23.9.2004 onde referes precisamente essa questão.

De resto, referes «que se está a tornar difícil, pelo menos para um observador exterior, separar o que está provado do que são especulações».
Meu caro, o fórum é para isto mesmo, para intervirmos quando achamos que devemos e para troca de informações. Conto contigo também para a tentativa de organização de um apontamento sobre esta família no que puderes ajudar.

O texto muito provisório que enviei para o fórum é mesmo isso, muito provisório e apresenta dados documentados e outros propostos (que aliás refiro em nota) na esperança de receber esse tipo de intervenções.
Não se leiam todos eles como definitivos. Aliás, por consulta ao processo da IE de Fernão Martins Gramaxo, esta semana na TT percebi que nos dados que coloquei no fórum, há uma filiação que não está correcta, filiação essa também retirada das várias intervenções.

Organizei-os como sabes, e tive o cuidado de referir, com base em alguma investigação minha e nos dados recolhidos deste fórum, que, quem foi acompanhando a discussão ou o quizer fazer agora, verificará que muitos desses dados são colocados nas diversas intervenções como propostas, nomeadamente pelo Roberto.

Vou com tempo, talvez já nesta próxima semana, recolocar o esquema de descendência com as devidas anotações quendo se tratar de proposta não documentada.

No entanto, o facto de Vicente Velho da Silva ser casado com uma neta de Álvaro de Oliveria Jacques, e ter sido FSO, não é decisivo quanto ao facto deste último não poder ser filho de Pedro Jacques de Oliveira e de Aldonça Gramaxo, xn presa pela inquisição. Não seria o primeiro caso em que um xn era aceite no santo ofício. Há até um processo em que curiosamente se diz que o habilitando tendo parte de xn poderá apesar de tudo servir o santo ofício mas que fica registado que nenhum dos seus descendentes o poderá fazer. Era o dinheiro... muito importante também já nestas épocas.
Como sabes, li o processo deste Vicente para as HSO, vol. XXV, mas confesso que não me lembro em detalhe (aliás seria impossível) e estou sem saber se a sua aprovação foi passiva ou não. Confesso que não sei. Terei de o ler outra vez a menos que me saibas responder a isso.

Tens ainda um outro processo curioso, o de Rodrigo de Medeiros de Brito, que embora tenha acabado por ser recusado, no seu processo de habilitação, o próprio deão da Sé de Faro Dom Manuel Guerreiro Camacho de Aboim, presidente do santo ofício na inquisição de Évora e primo co-irmão do habilitando, testemunha a favor do mesmo em carta datada de 13.3.1687 de Évora, dirigida ao inquisidor-mor enviando um instrumento de sentença, apenso ao processo, datado de 14.8.1618 feito na vila de Almodôvar, no tabelião Bartolomeu Guerreiro, onde se «prova da Família dos Medeiros da vila de Almodôvar donde procede o pretend.te Rodrigo de Medeiros de Brito por seu Auo Rº Medrº e se bis auo Gonçalo Medrº Marrecas pª informação».
Não fora a intervenção do pessoal do deputado e inquisidor Bento de Sousa de Almeida que por despacho de 27.6.1690 em Évora informa que entende que estes Medeiros não eram dos Medeiros Marreca, cristão-velhos e gente pobre, mas sim dos Medeiros de Serpa e de Mértola, ricos lavradores e cristão-novos, e habilmente desmantela a teia que envolve todo este processo, e ele teria sido aprovado.
A verdade é assim apurada pelo inquisidor Bento de Almeida que para isso investiga o inventário patrimonial por morte de Rodrigo de Medeiros [Marreca], avô do suplicante e com ele prova que estes Medeiros eram muito ricos com propriedades em Serpa e Mértola ao contrário dos Medeiros Marreca por quem se quiseram fazer passar. Aproveitando o facto dos Medeiros Marreca terem fugido para Alcoutim acusados de ter cometido um crime em que mataram um homem atirando-o a um poço, estes outros terão querido fazer constar que tinha sido esse o motivo pelo qual os seus antepassados tinham ido viver para Alcoutim. Rodrigo de Medeiros de Brito [ou de Aboim] era de acordo com as testemunhas inquiridas «muito rico..., lavrador de muitto boa lavoira que lhe fazem seos servos Negros E Criados...».

Mas enfim, o facto é que não está provada essa filiação de Álvaro e essa é a realidade, que confesso desconhecia.

Um abraço e mais uma vez muito obrigado pela chamada de atenção
Luís

Resposta

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RE: Gramaxos de Portimão

#90977 | rmfrp | 15 mai 2005 14:08 | Em resposta a: #90921

Caro Luís Soveral Varella:

Muito obrigado pelos seus comentários.

Como sabe, tomei conhecimento da existência do processo de Vicente Velho da Silva exactamente através do volume XXV das HSO, e já tive oportunidade de consultar o processo. Os apontamentos que tenho não indicam qualquer suspeita de ascendência cristã-nova, e o que recordo dessa consulta é que se tratava de uma habilitação bastante simples, sem pormenores especiais.

Um abraço,

Rui Pereira

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RE: Gramaxos de Portimão

#90991 | LSV | 15 mai 2005 17:50 | Em resposta a: #90977

Rui

Nesse caso, é de facto muito suspeito.
Duvido que não houvesse pelo menos uma testemunha que soubesse que a bisavó da mulher do habilitando tivesse sido presa pela inquisição por ter parte de sangue de cristã-nova.
Concordo contigo, dificilmente Álvaro era filho de Aldonça Gramaxo.
Manterei talvez a proposta de filiação mas sob suspeita e com essa argumentação, até novos dados.

Um abraço
Luís Soveral Varella

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RE: Gramaxos de Portimão

#92115 | Amilcarg | 30 mai 2005 04:16 | Em resposta a: #90359

Prezado Luís Soveral Varella
Isto talvez possa lhe interessar. Encontrei num livro recentemente editado no Brasil " A Inquisição e a Lista dos Cristãos-Novos Condenados a Viver no Brasil" a citação de GASPAR ÁLVARES, filho de Manuel Quaresma Gramacho e Sebastiana Serrana, nascido em Lagos, 38 anos de idade, provavelmente à época de sua prisão, ocorrida em 16-12-1683. Segundo o autor, esses dados foram obtidos do processo 2335 da inquisição de Lisboa. Gaspar Álvares vivia em Setubal e era casado com Ana Vaz.
Fico às ordens se precisar de alguma referência adicional sobre essa fonte.
Sds
Amilcar

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RE: Gramaxos de Portimão

#92180 | LSV | 30 mai 2005 20:23 | Em resposta a: #92115

Caro Amilcar

Muito obrigado pela sua informação. Irei ler esse processo assim que puder, quem sabe tem informação acrescida importante.

Cumprimentos
Luís Soveral Varella

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Gramaxos de Lagoa

#110536 | roberto lopes | 25 jan 2006 11:40 | Em resposta a: #92180

Caro Luis Soveral Varella:

1. João Martins Gramaxo cc Maria da Esperança. Tiveram:
2. João Martins Gramaxo, que segue
2. Domingos Martins Gramaxo, que segue
2. Catarina, b. Lagoa 25.10.1677

2. João Martins Gramaxo cc (Lagoa 29.11.1698) Maria Josefa, f.ª de Gaspar Fernandes e de Margarida Fernandes, do Alferce. Tiveram:
3. João Martins Gramaxo, que segue
3. Gaspar, b. lagoa 30.07.1702

4. João Martins Gramaxo cc Catarina da Conceição, f.ª de Francisco Gonçalves Lapa e
de Catarina Gonçalves. Tiveram:
5. Maria, b. Lagoa 1744

2. Domingos Martins Gramaxo cc Maria de Jesus Bentes. Tiveram:
3. Teresa de Jesus Gramaxo, que segue
3. (?) Brízida Maria, que segue
3. Susana de Jesus Gramaxo, que segue
3. Maria, b. Lagoa 23.12.1704

3. Teresa de Jesus Gramaxo cc João Gonçalves Giado, f.º de Manuel Gonçalves Giado
e de Leonor Sintra. Tiveram:
4. Josefa, b. Lagoa 1743
4. João Martins Gramaxo, b. Lagoa 1745
4. Domingos Martins Gramaxo, b. Lagoa 1745 (gêmeo do anterior), que segue

4. Domingos Martins Gramaxo cc (Lagoa 14.01.1766) Maria de Jesus, f.ª de João
Baptista e Teresa de Jesus, de Lagoa. Tiveram.
5. Sebastião Martins Gramaxo, b. Lagoa 25.01.1788
5. Maria de São José, que segue

5. Maria de São José cc Francisco da Silva Méco, lavrador, f.º de Manuel da Silva Méco e de Teresa Maria, naturais de Lagoa. Tiveram:
6. Manuel da Silva Méco, proprietário nasceu em Vale d El-Rei tendo sido baptizado em
Lagoa 02.01.1793 faleceu em Vale d El-Rei, tendo sido registrado o seu óbito em Lagoa
a 14.09.1867 cc (Lagoa 01.05.1813) com Maria Paula da Luz, f.ª de José Joaquim de
Sant´Ana Pargana, proprietário natural de Estômbar e de Teodora Maria da Assunção,
proprietária natural de Lagoa, neta paterna de José Luís Pargana e de Maria da
Conceição, naturais de Estômbar e é neta materna de Matias Correia Marreiros, de
Lagoa e de Ana Gertrudes, de Albufeira ( 5.os avós do Roberto Lopes)

3. (?) Brízida Maria (talvez seja filha de uma outra m.er de seu pai, porque no registo do seu casamento consta como sendo filha de Maria de São José) cc (Lagoa 11.05.1739) Francisco Gonçalves Pina ou Francisco de Pina, f.º de Francisco de Pina e de Catarina dos Santos. Tiveram:
4. Domingos Gonçalves Pina cc Teresa Josefa, f.ª de Manuel Correia e de Vitória de Jesus. Tiveram:
5. Maria Teresa cc (Lagoa 18.11.1807) com o seu primo em 4.º grau de consangüinidade Manuel Correia da Ponte ou Manuel José da Ponte, lavrador, f.º de José Correia da Ponte e de Isabel da Assunção, neto paterno de Filipe Correia da Ponte, oficial de ferreiro e de Maria Josefa da Conceição, e é neto materno de Bartolomeu Raposo e de Teodora da Assunção, de Lagoa. Tiveram:
6. José Correia da Ponte, nasceu e foi baptizado em Lagoa a 16.03.1810 faleceu no Sitio dos Lombos, Lagoa a 10.03.1887 cc (Lagoa 08.01.1833) Maria da Luz, f.ª de José Gonçalves Matoso e de Maria Jacinta, neta paterna de Domingos Gonçalves Matoso e de Maria do Carmo, ambos proprietários e é neta materna de António Álvares e Teresa Jacinta, todos naturais de Lagoa ( 5.os avós do Roberto Lopes)

3. Susana de Jesus Gramaxo cc (Lagoa 29.07.1722) João Rodrigues Boto. Tiveram:
4. Maria de Jesus Boto cc (Lagoa 23.04.1748) João Rodrigues Carrasco. Tiveram:
5. Catarina de Jesus cc (Lagoa 20.07.1778) Felisberto José Vieira Alvaleide , nascido a 17.11.1752 em Ferragudo, f.º de Manuel Vieira Alvaleide e de Domingas de Jesus Maria. Tiveram.
6. Manuel Vieira Paixão cc (Lagoa 08.05.1806) Felícia Maria Duarte, f.ª de Manuel Duarte e de Catarina Jacinta, naturais de Silves ( 5.os avós do Luís Soveral Varella)
__________________________________________________________________________

1. João Martins Gramaxo cc Isabel de Medeiros. Tiveram:
2. Domingos Martins Gramaxo, b. Lagoa 13.01.1686
2. Diogo, b. Lagoa 02.02.1690
2. Mónica de São José, b. Lagoa 23.02.1698, que segue

2. Mónica de São José cc João Fernandes Xamorro, f.º de Manuel dos Santos Xamorro
e de Maria Luís. Tiveram:
3. Teresa de Jesus Gramaxo cc (Lagoa 30.04.1748) Domingos da Silva, f.º de Martinho
Rodrigues, b. Lagoa 07.09.1693 e de Catarina da Assunção, neto paterno de Martinho
Rodrigues e de Maria Alvares casados em Lagoa 25.01.1683 e é neto materno de
Manuel Gonçalves e de Maria da Silva. Tiveram:
4. Francisco da Silva Martinho, que segue
4. Manuel da Silva, que segue
4. António da Silva Gramaxo, que segue

4. Francisco da Silva Martinho, nasceu em Lagoa cc (Lagoa a 01.03.1802) Maria Rosa,
nascida em Lagoa, filha de Inácio da Encarnação e Maria Rosa, naturais de Lagoa, neta
paterna de Diogo Rodrigues, de Loulé e Josefa da Encarnação de Lagoa e é neta
materna de João de Sousa, de Loulé e de Apolónia de Sousa, de Boliqueime. Tiveram:
5. José da Silva Gramaxo nasceu no Sítio dos Salicos, baptizado em Lagoa a 08.05.1803
faleceu no Sítio dos Salicos, Lagoa a 04.02.1882 casou em Lagoa antes de 25.02.1846
com Maria Josefa nascida no Sítio dos Salicos e sendo baptizada em Lagoa a
19.03.1804, filha de Bernardo da Silva e de Maria da Conceição, neta paterna de
António Dias e de Inácia da Conceição, naturais de Lagoa e é neta materna de Tomé da
Silva e de Luísa do Carmo naturais de Lagoa. Tiveram:
6. Joaquim da Silva Gramaxo Sénior, que segue
6. José da Silva Gramaxo cc (Lagoa 22.08.1854) com Maria Manuela
6. António da Silva Gramaxo casou com Teresa de Jesus

6. Joaquim da Silva Gramaxo nasceu no Sítio dos Salicos e foi baptizado em Lagoa a
25.02.1846 casou em Lagoa 27.11.1872 com D. Maria José da Purificação Correia,
irmã de D. Maria do Rosário Correia que casou pela 1.ª vez com Manuel Joaquim de
Sousa Gomes; depois de enviuvar casou pela 2.ª vez em Lisboa a 06.06.1903 na Igreja
de S. Nicolau com Joaquim Marcelino Saraiva, Prof. de Música, natural de Moncorvo,
Bragança, sendo ambas sobrinhas maternas do Dr. Juiz João Rodrigues Correia, sendo
filhas de José dos Reis Quá, soldado do Batalhão Nacional Móvel de Lagos, de Lagoa e
de Sebastiana Rosa do Carmo Correia, de Porches, netas paternas de Inácio de Jesus
ou Inácio dos Reis Quá e de Mariana do Carmo, naturais de Lagoa e são netas
maternas de Inácio José Correia e de Maria Inácia Correia, naturais de Porches.
Tiveram:
7. Joaquim da Silva Gramaxo, que segue
7. Alfredo da Silva Gramaxo casou com Quitéria
7. Estefânia da Silva Gramaxo

7. Joaquim da Silva Gramaxo nasceu no Sítio dos Salicos, foi baptizado em Lagoa
01.06.1875 onde veio a falecer a 10.12.1955 casou em Lagoa a 17.11.1896 com Isabel
da Conceição Rêgo, nascida em Vale d El-Rei, onde veio a ser baptizada em Lagoa
18.11.1874, faleceu em Benagil, Lagoa 14.02.1962, sendo filha de Joaquim Dias Rêgo e
de Jacinta Rosa, neta paterna de Domingos Dias Rego e de Catarina Maria, e é neta
materna de José Gonçalves Matoso e de Custódia do Sacramento, sendo todos naturais
e moradores no Sítio Vale d El-Rei,, Lagoa. Tiveram:
8. Joaquim da Silva Gramaxo, que segue
8. José da Silva Gramaxo casou com Maria Júlia Alves da Costa
7. Francisco da Silva Gramaxo casou com Ilda Arrobe
8. Luís da Silva Gramaxo (morreu menino)
8. Luís Rêgo da Silva Gramaxo casou com Maria Lucília Alves da Costa (sobrinha de
Maria Júlia Alves da Costa, acima referida)
8. Maria Teresa da Silva Gramaxo (morreu menina)

8. Joaquim da Silva Gramaxo nasceu no Sítio dos Salicos, foi baptizado em Lagoa
01.06.1897 onde veio a falecer a 25.11.1978 casou em Lagoa em 1922 com Maria do
Espírito Santo Vieira, nascida em Carvoeiro, tendo sido baptizada em Lagoa a
01.06.1902 faleceu em S. Brás de Alportel em 14.09.1972, é filha de José António Vieira
e de Maria Teresa de Jesus Vicente, naturais de Carvoeiro, é neta paterna de António
José Vieira Estrêllo, proprietário, de Carvoeiro e de Joaquina Rosa de Jesus, de
Alfanzina e é neta materna de António Vicente Méco, criado de servir, de Lagoa e de
Maria da Conceição Barôa, de Portimão. Tiveram:
9. Maria Teresa Vieira da Silva do Espírito Santo casou com Isídorio do Espírito Santo
s.g.
8. Joaquim José Leandro da Silva, que segue

9. Joaquim José Leandro da Silva nasceu em Carvoeiro, foi baptizado em Lagoa a
27.02.1928 casou em Lagoa a 17.09.1955 com Natália da Conceição Neto nascida
em Benagil tendo sido baptizada em Lagoa a 25.02.1935, filha de António Neto Juniór,
guarda-fiscal em Lisboa, Quarteira e Benagil e de sua prima em 4.º grau de
consangüinidade Maria da Conceição Neto, naturais de Silves, é neto paterno de
António Gonçalves Neto, feitor na casa de D. Quitéria Marina Júdice Grade casada com
José Bernardo dos Santos e de Maria da Saúde Gonçalves, naturais de Silves e de São
Bartolomeu de Messines, respectivamente e é neta materna de António Rodrigues
Gralho, quadrador na Fábrica do Inglês, Silves e de Lucrécia da Conceição Rocha
Pimenta, naturais de Silves (avós maternos do Roberto Lopes)


4. Manuel da Silva casou com Teresa de Jesus. Tiveram:
6. José da Silva Gramaxo cc Angélica Rosa, f.ª de José Nunes Machado e de Maria
dos Reis. Tiveram:
7. Maria da Luz cc (Lagoa 10.08.1853) Joaquim José da Silva, f.º de Eugénio da Silva e
de Joaquina Rosa, de Alcantarilha.

4. António da Silva Gramaxo casou com Isabel Joaquina. Tiveram:
5 . António da Silva Gramaxo, que segue
5. Mariana Gertrudes, que segue


5. António da Silva Gramaxo cc Maria Teresa, f.ª de Veríssimo Matias e Maria
Gertrudes. Tiveram.
6. José da Silva cc (Lagoa 03.11.1853) Quitéria de Deus, v.ª

5. Mariana Gertrudes cc João António Camacho. Tiveram.
6. Isabel Maria cc (Lagoa 04.05.1858) Francisco das Neves, v.º



Caro Luís, a relação que anteriormente te enviei tinha alguns erros, lembras-te da Maria de São José cc João Fernades Xamorro, afinal é Mônica de São José, pq no casamento da sua filha Teresa de Jesus Gramaxa ocorrido em Lagoa a 30.04.1748 com Domingos da Silva, aparece assim mencionada, e antes tinha-me baseado apenas no casamento do seu neto Francisco da Silva Martinho com Maria Rosa ocorrido em Lagoa 01.03.1802, em que consta que este é neto materno de Maria de São José, acho que nos devemos basear no casamento mais antigo. Temos também dois João Martins Gramaxo da mesma altura só que um é pai com Maria da Esperança e outro com Isabel de Medeiros, pode tratar-se do mesmo individuo em dois casamentos, ou simplesmente podem tratar-se de primos-irmãos. A minha Brígida Maria está interrogada porque no assento do seu casamento consta como sendo filha de Maria de São José, portanto não pode ser a Maria de Jesus Bentes.
Seria fundamental fazer um levantamento de todos os baptismos deste período, para confirmar-mos a ligação com os Martins Gramaxo de Portimão.
Recorda que também existem Gramaxos em Lagoa bastante antigos.

Um abraço,

Roberto Lopes

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Gramaxos de Lagoa

#115700 | roberto lopes | 03 abr 2006 11:32 | Em resposta a: #92180

Caro Luis

Estive esta semana passando a pente fino os paroquiais de Lagoa e conclui o seguinte:
Os nossos Gramaxos de Lagoa aparentemente não têm qualquer relação com os Gramaxos de Portimão, pelo menos os registos por mim encontrados assim o determinam, parecia incrível a maneira como os nomes e os apelidos batiam tão certo mas afinal é a partir do casal João Martins cc Margarida Gramaxa que esta gente começa a utilizar igualmente o apelido MARTINS GRAMAXO, a única duvida que tenho é se o João Martins Gramaxo cc (I) Margarida Bota e (II) Maria da Esperança é f.º ou é neto de João Martins cc Margarida Gramaxa, como sabes no espaço de 1640 e 1650, normalmente os registos de casamentos de Lagoa, não refere o nome dos pais dos nubentes, o que nos complica bastante a vida, e pelo que analisei, esta é a ascendência mais correcta, da-me também a sensação que os Gramaxos de Estombar entroncam nesta gente, mas prefiro coloca-los em separado para não provocar mais confusão.
Obviamente esta Francisca Gramaxa, das duas uma, ou vem de Portimao casar em Lagoa ou vem de Silves, de Portimão é fácil comprovar e a Melisa esteve a consultar os processos de Inquisição e até agora esta Francisca Gramaxa não apareceu mencionada, talvez se encontre algo mais nos óbitos...

GRAMAXOS DE LAGOA

1. Francisca Gramaxa cc Martim Fernandes. Tiveram:
2. Margarida Gramaxa, que segue

2. Margarida Gramaxa cc (Lagoa 02.06.1597) Francisco Fernandes Pereira. Tiveram:
3. Margarida Gramaxa, que segue

3. Margarida Gramaxa cc (Lagoa c. 1615) cc João Martins. Tiveram:
4. Catarina Gramaxa b. Lagoa 07.02.1616, que segue

4. Catarina Gramaxa b. Lagoa 07.02.1616 cc (Lagoa c. 1635) N... . Tiveram:
5. João Martins Gramaxo, que segue

5. João Martins Gramaxo cc (I) (Lagoa 12.07.1655) Margarida Bota (a) cc (II) (Lagoa 02.06.1661) Maria da Esperança (b), f.ª de Francisco Gonçalves e de Maria Vicente, naturais de Lagos. Tiveram:
6. João Martins Gramaxo (a) b. Lagoa c. 1656 cc Isabel de Medeiros, que segue
6. Diogo Martins Gramaxo (a) b. Lagoa 11.08.1658
6. Isabel (a) b. Lagoa 25.02.1660
6. Domingas Martins (a) b. Lagoa c. 1661 cc Pedro Gonçalves, que segue
6. João Martins Gramaxo (b) cc Maria Josefa, que segue
6. Domingos Martins Gramaxo (b) cc Maria Bentes, que segue
6. Maria da Esperança (b) b. Lagoa 26.12.1675 cc Domingos Vaz, que segue
6. Catarina Gramaxa (b) b. Lagoa 30.11.1677

6. João Martins Gramaxo (a) b. Lagoa c. 1656 cc (Lagoa c. 1685) Isabel de Medeiros. Tiveram:
7. Domingos Martins Gramaxo b. Lagoa 11.01.1686
7. André b. Lagoa 30.11.1687 b. Lagoa 30.11.1687
7. Diogo Martins Gramaxo b. Lagoa 09.02.1690 cc Catarina da Assunção, que segue
7. Mónica de São José b. Lagoa 02.03.1698 cc João Fernandes, que segue

7. Diogo Martins Gramaxo b. Lagoa 09.02.1690 cc (Silves 11.08.1717) Catarina da Assunção, f.ª de Manuel Lourenço e de Isabel Rodrigues, naturais de Silves.

7. Mónica de São José b. Lagoa 02.03.1698 cc (Lagoa 14.02.1715) João Fernandes, f.º de Manuel dos Santos e Maria dos Reis. Tiveram:
8. Teresa de Jesus cc Domingos da Silva, que segue

8. Teresa de Jesus cc (Lagoa 30.04.1748) Domingos da Silva, f.º de Martinho Rodrigues e de Catarina da Assunção. Tiveram:
9. Francisco da Silva Gramaxo cc Maria Rosa, que segue
9. Manuel da Silva cc Teresa de Jesus
9. António da Silva Gramaxo cc Isabel Joaquina

9. Francisco da Silva Gramaxo cc (Lagoa a 01.03.1802) Maria Rosa, f.ª de Inácio da Encarnação e Maria Rosa, naturais de Lagoa. Tiveram:
10. José da Silva Gramaxo, b. Lagoa 08.05.1803 cc Maria Josefa, que segue

10. José da Silva Gramaxo, b. Lagoa 08.05.1803 cc (Lagoa  08.10.1842) Maria Josefa
f.ª de Bernardo da Silva e de Maria da Conceição. Tiveram:
11. Joaquim da Silva Gramaxo Sénior, b. Lagoa 25.02.1846 cc Maria José da Purificação Correia, que segue
11. José da Silva Gramaxo cc (Lagoa 22.08.1854) Maria Manuela
11. António da Silva Gramaxo cc Teresa de Jesus
11. Julia b. Lagoa 08.10.1842

11. Joaquim da Silva Gramaxo Sénior, b. Lagoa 25.02.1846 cc (Lagoa 27.11.1872) Maria José da Purificação Correia, f.ª de José dos Reis Quá, soldado do Batalhão Nacional Móvel de Lagos, de Lagoa e de Sebastiana Rosa do Carmo Correia, de Porches. Tiveram:
12. Joaquim da Silva Gramaxo cc Isabel da Conceição Rego, que segue
12. Alfredo da Silva Gramaxo cc Quitéria
12. Estefânia da Silva Gramaxo

12. Joaquim da Silva Gramaxo nasceu no Sítio dos Salicos, foi baptizado em Lagoa 01.06.1875 onde veio a falecer a 10.12.1955 casou em Lagoa a 17.11.1896 com Isabel
da Conceição Rêgo, nascida em Vale d El-Rei, onde veio a ser baptizada em Lagoa
18.11.1874, faleceu em Benagil, Lagoa 14.02.1962, sendo filha de Joaquim Dias Rêgo e
de Jacinta Rosa. Tiveram:
13. Joaquim da Silva Gramaxo casou com Maria do Espírito Santo Vieira, que segue
13. José da Silva Gramaxo casou com Maria Júlia Alves da Costa
13. Francisco da Silva Gramaxo casou com Ilda Arrobe
13. Luís da Silva Gramaxo (morreu menino)
13. Luís Rêgo da Silva Gramaxo casou com Maria Lucília Alves da Costa (sobrinha de
Maria Júlia Alves da Costa, acima referida)
13. Maria Teresa da Silva Gramaxo (morreu menina)

13. Joaquim da Silva Gramaxo nasceu no Sítio dos Salicos, foi baptizado em Lagoa
01.06.1897 onde veio a falecer a 25.11.1978 casou em Lagoa em 1922 com Maria do
Espírito Santo Vieira, nascida em Carvoeiro, tendo sido baptizada em Lagoa a
01.06.1902 faleceu em S. Brás de Alportel em 14.09.1972, é filha de José António Vieira
e de Maria Teresa de Jesus Vicente, naturais de Carvoeiro (meus bisavós)

6. Domingas Martins (a) b. Lagoa c. 1661 cc (Lagoa 30.11.1684) Pedro Gonçalves, f.º de João Gonçalves Pincho e de Maria da Luz.

6. João Martins Gramaxo (b) cc (Lagoa 29.11.1698) Maria Josefa, f.ª de Gaspar Fernandes e de Margarida Fernandes, naturais do Alferce. Tiveram:
7. João Martins Gramaxo, que segue
7. Gaspar, b. Lagoa 30.07.1702
7. Maria, b. Lagoa 23.12.1703

7. João Martins Gramaxo cc (Lagoa  1744) Catarina da Conceição, f.ª de Francisco Gonçalves Lapa e de Catarina Gonçalves. Tiveram:
8. Maria, b. Lagoa 1744

6. Domingos Martins Gramaxo (b) cc (Lagoa c. 1703) Maria Bentes. Tiveram:
7. Maria, b. Lagoa 23.12.1704
7. Susana de Jesus, que segue
7. Brizida Maria, que segue
7. Teresa de Jesus, que segue
7. José da Trindade Gramaxo, que segue

7. Susana de Jesus cc (Lagoa 29.07.1722) João Rodrigues Boto (teus antepassados)

7. Brizida Maria cc (I) (Lagoa 20.12.1728) Simão de Sousa (a), f.º de António de Sousa e de Maria Nunes, natural de Porches cc (II) (Lagoa 11.05.1739) Francisco Gonçalves Pina ou Francisco de Pina (b), v.º de Isabel Fernandes, ele é f.º de Francisco de Pina e de Catarina dos Santos, naturais de Alcantarilha (meus 8.os avós)

7. Teresa de Jesus cc (Lagoa 31.07.1735) João Gonçalves Giado, f.º de Manuel Gonçalves Giado e de Leonor Leitôa. Tiveram:
8. Josefa, b. Lagoa 1743
8. João Martins Gramaxo, b. Lagoa 1745 G
8. Domingos Martins Gramaxo, b. Lagoa 1745 G (gêmeo do anterior), que segue

8. Domingos Martins Gramaxo, b. Lagoa 1745 cc (Lagoa 14.01.1766) Maria de Jesus, f.ª de João Baptista e Teresa de Jesus, de Lagoa. Tiveram:
9. Sebastião Martins Gramaxo, b. Lagoa 25.01.1788
9. Maria de São José, que segue

9. Maria de São José cc Francisco da Silva Méco, lavrador, f.º de Manuel da Silva Méco e de Teresa Maria (meus 6.os avós)

7. José da Trindade Gramaxo cc (Lagoa 09.05.1748) Caetana de Moura, f.ª de Domingos Afonso e de Maria da R... . Tiveram:
8. José Martins Gramaxo, que segue

8. José Martins Gramaxo cc (Lagoa 27.02.1775) Maria Teresa, f.ª de Manuel Gonçalves Tangerino e de Domingas Maria

6. Maria da Esperança (b) b. Lagoa 26.12.1675 cc (Lagoa 03.08.1692) com o seu primo em 3.º grau de consanguinidade Domingos Vaz, f.º de Gregório Vaz e de Catarina Gonçalves

_____________________________________________________________________________


GRAMAXOS DE ESTOMBAR

1. Sebastião Martins cc Bárbara Fernandes, moradores em Estombar. Tiveram:
2. Bartolomeu Martins, b. Estômbar, que segue
2. Maria Gramaxa, que segue

2. Bartolomeu Martins, b. Estômbar cc Maria Vieira. Tiveram:
3. Maria Gramaxa, que segue

3. Maria Gramaxa cc (Estômbar 08.01.1710) Manuel Álvares, f.º de Miguel Álvares e de Maria Cardosa, naturais de Lagos

2. Maria Gramaxa cc (Lagoa 07.02.1667) Manuel Correia, f.º de Jeronimo Correia e de Jerónima R... Tiveram:
3. Maria Gramaxa, b. Lagoa 19.12.1673
3. Bárbara Fernandes, b. Lagoa 02.02.1683, que segue
3. Jerônimo Correia, b. Lagoa 07.10.1677, que segue

3. Bárbara Fernandes, b. Lagoa 02.02.1683 cc (Lagoa 25.11.1698) Domingos Dias Louzeiro. f.º de Domingos Dias Louzeiro e de Leonor Marreira

3. Jerônimo Correia, b. Lagoa 07.10.1677 cc (Lagoa 30.07.1699) Luciana da Silva, f.ª de João Bentes Silva e de Filipa de São Tiago

Com os melhores cumprimentos,

Roberto Lopes

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RE: Gramaxos de Portimão

#116022 | roberto lopes | 06 abr 2006 22:09 | Em resposta a: #92180

Caro Luis:

Lembras-te do casal que eu nao sabia se seriam pais ou avos no nosso Joao Martins Gramaxo?

Margarida Gramaxa cc (Lagoa c. 1615) cc João Martins. Tiveram:
Catarina Gramaxa b. Lagoa 07.02.1616, que segue

CASARAM EM LAGOA EM 1612!!!

O que sugere que deverao ser os avos do nosso Joao Martins Gramaxo, ja que este casou em 1655!
ESte casal de acima so tiveram a Catarina em 1616, nao ha outros filhos, admito que nao se chame Catarina Gramaxa, mas sim Catarina Vaz que e mae com Diogo Martins de um Joao em 1640, mas antes de dar um ultimato, prefiro pesquisar todos os joaos nascidos entre 1630 e 1640 em Lagoa, filhos de Catarinas, recorda tb que ha descendentes desta gente de apelido Vaz com notas de consanguinidade!

A nossa Francisca Gramaxa devera ser bisneta do Joao Gramaxo, mas vai ser dificil prova-lo documentalmente, se puder consultar os obitos, pode que se possam fazer alguns juizos de valor mais conclusivos, mas digo-ye sinceramente, esta gente esta arrumada!
Amanha envio-te os dados completos, pq estou a escrever-te de memoria, por completa falta de disponibilidade.

Forte abraço

Roberto

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Gramaxos de Lagoa

#116024 | roberto lopes | 06 abr 2006 22:26 | Em resposta a: #92180

Caro Luis nao resisto mais...

Joao Martins casou (Lagoa 28.07.1612) Margarida Gramaxa

Diogo Martins ou Rodrigues foi pai com Catarina Vaz de um Joao b. Lagoa 29.06.1640

E as nossas tias:

Manuel Rodrigues, v.º de Maria Alvares cc (Lagoa 26.08.1721) Maria Bentes, f.ª de Domingos Martins Gramaxo e de Maria Bentes

Francisco de Siqueira, f.º de Antonio Gonçalves e de Maria de Siqueira, de Porches cc (Lagoa 03.08.1732) Monica de Sao Jose, f.ª de Domingos Martins Gramaxo e de Maria Bentes

Abraço,

Roberto

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RE: Gramaxos de Portimão

#116095 | LSV | 07 abr 2006 17:11 | Em resposta a: #116022

Caro Roberto

Grandes novidades. Cá fico à espera de mais se as houver.

Deixa-me só acertar que, de estes Gramaxo de Lagoa tiverem a ver com os de Portimão, a nossa Francisca Gramaxo poderá ser bisneta é de Jorge Gramaxo e de Leonor de Sousa, e assim trisneta de João Gramaxo, de Portimão. Isto está mais em acordo com a cronologia.
Quem sabe aparece alguma ligação destes de Lagoa aos de Portimão, que estou de facto em querer tratar-se da mesma gente.

Um abraço
Luís

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Gramaxos de Lagoa/Portimão

#116119 | roberto lopes | 07 abr 2006 20:35 | Em resposta a: #116095

Caro Luis:

Trago-te muito boas noticias, a consulta de obitos de Lagoa (sugestao da nossa confrade Melisa) foi surpreendente...

A tua intuiçao esta certissima

OBITOS DE LAGOA

18.04.1613 faleceu Francisco Fernandes Pereira, foi testamenteiro seu f.º Francisco Fernandes (...) mandou rezar uma missa ao seu f.º João Ferr.º e pela alma da sua m.er Ambrosia Ruiz duas (...) (estes devem ser os sogros da nossa Margarida Gramaxa + velha)

No dia da Pascoa de 1616 faleceu em Lx.ª Manuel Quaresma, fez testamento sua m.er Aldonça Gramaxa, testamenteira.

A 09.01.1653 faleceu Margarida Gramaxa, v.ª de Manuel Serrão, fez testamento a seu genro Sebastião Martins (deve ser irma da Catarina Martins b. 1616)

Nota: Os pais do Joao Martins Gramaxo + velho devem ser Diogo Gonçalves cc (Lagoa 20.02.1640) Catarina Martins!!!

Com toda esta informaçao, que nao e toda, tenho mais dados, logo te enviarei, estes pelo menos são os mais revelantes, dão a sensaçao que um ramo Gramaxo de Portimao estava ou veio a radicar-se em Lagoa, parece-me bastante credivel que estes tenham sido a origem da familia Gramaxo na freguesia e concelho de Lagoa, não sera por acaso que a v.a Aldonça Gramaxa regista o obito do marido Quaresma nos paroquiais em Lagoa, deveriam se ali residentes, não te parece?

Abraço,

Roberto

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RE: Gramaxos de Portimão

#116120 | roberto lopes | 07 abr 2006 20:54 | Em resposta a: #116095

Caro Luis

Agora o que nao sei é se descendemos do Quaresma, parece que cronologicamente a nossa Francisca Gramaxa, esta mais virada para ser irma da Aldonça, mas penso que isso nao sera problema, havera algo naqueles processos de Inquisiçao, e temos a vantagem de saber ja qual o casal com registo em Lagoa, vou ver o que posso fazer 2.ª feira, como sabes estou em lx.ª de passo, mas, tenho muitos compromissos que me impedem de fazer um estudo mais aprofundado.

Abraço,

Roberto

P.S. Esquece o que eu disse sobre os Vaz.

Uma historia ha parte:

A 12.04.1656 fal. BARTOLOMEU RODRIGUES PAIS, fez test., foram testamenteiros a sua m.er Catarina Mina e Felipe Alistao, m.or em Silves

(...) deixou ele testador a sua serva do serro a sua irmã que mora em Lagos e por sua morte a Maria Paes, f.ª de Francisco Pires Barriga e sea a de Maria Paes falecer que a sua irma por morte da sua irma ficaria a dita serva a seu primo Manuel Pires e deixa a serva dez missas de encargo em cada hum ano em qto o mundo durar (...)

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RE: Gramaxos de Portimão

#116174 | melisa | 08 abr 2006 23:00 | Em resposta a: #73536

Caro Roberto

Como suspeitavamos são de facto dois licenciados Quaresma.

Em 7/8/1606 faleceu em Portimão o Licenciado João Fernandes Quaresma, fez testamento sendo seu testamenteiro Manuel Quaresma.

Por outro lado o licenciado Quaresma aparece a apadrinhar pelo menos em 2/7/1608,7/7/1608 e 8/10/1610.

O pior é que ambos são casados com 2 Violante Gramaxas.



Entretanto pela consulta no processo de Aldonça Gramaxa (presa em 11/10/1589) casada com Manuel Quaresma, tratante em Portimão e depois com loja de panos em Évora, e filha de Fernão Martins e de Isabel Gramaxa, verifica-se que o marido daquela (Ré) é irmão do Licenciado João Fernandes Quaresma (médico).

Enquante que sua mulher Violante Gramaxa, é tia da referida Aldonça Gramaça (irmã da mãe). Declarações de Beatriz Brandoa ( tia por afinidade de Aldonça Gramaxa) e de Isabel de Sousa ( prima-co irmã da dita" por duas vezes, pela parte do pai e da mãe por casarem dois irmãos com duas irmãs).

Os meus cumprimentos

M.Elisa

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RE: Gramaxos de Lagoa

#116175 | melisa | 08 abr 2006 23:02 | Em resposta a: #116024

Caro Roberto

Como suspeitavamos são de facto dois licenciados Quaresma.

Em 7/8/1606 faleceu em Portimão o Licenciado João Fernandes Quaresma, fez testamento sendo seu testamenteiro Manuel Quaresma.

Por outro lado o licenciado Quaresma aparece a apadrinhar pelo menos em 2/7/1608,7/7/1608 e 8/10/1610.

O pior é que ambos são casados com 2 Violante Gramaxas.



Entretanto pela consulta no processo de Aldonça Gramaxa (presa em 11/10/1589) casada com Manuel Quaresma, tratante em Portimão e depois com loja de panos em Évora, e filha de Fernão Martins e de Isabel Gramaxa, verifica-se que o marido daquela (Ré) é irmão do Licenciado João Fernandes Quaresma (médico).

Enquante que sua mulher Violante Gramaxa, é tia da referida Aldonça Gramaça (irmã da mãe). Declarações de Beatriz Brandoa ( tia por afinidade de Aldonça Gramaxa) e de Isabel de Sousa ( prima-co irmã da dita" por duas vezes, pela parte do pai e da mãe por casarem dois irmãos com duas irmãs).

Os meus cumprimentos

M.Elisa

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RE: Gramaxos de Lagoa

#116217 | roberto lopes | 09 abr 2006 17:51 | Em resposta a: #116175

Cara Melisa:

Muitissimo obrigado pel esclarecimento, é-me muito util, pois os Quaresmas/Gramaxos são familias muito dificeis de estudar não só pelos garus de parentesco, mas tb pela quantidade de nomes e apelidos homónimos.
Um Manuel Quaresma que morre em Lisboa e e registado no livro de obitos de Lagoa pela sua viuva Aldonça Gramaxa, aparentemente e estranho na medida em que estes não poderão ser pais da minha Francisca Gramaxa, cronologicamente não seria possivel, mas talvez seja irmã, tia, prima as opções são algumas.

Isto é o que eu penso que aconteceu:

Talvez a Francisca Gramaxa tenha ido de Portimão para Lagoa viver depois de ter casado com um homem de Lagoa, a sua irma Aldonça Gramaxa, por o marido Manuel Quaresma se encontrar fora, em Lisboa, foi viver para a casa da dita irmã. Ao ficar viuva, regista o obito do seu marido em Lagoa, por se encontrar ali a viver naquele momento.

Forte abraço

Roberto

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Aldonça Gramaxa

#116282 | roberto lopes | 10 abr 2006 20:55 | Em resposta a: #116175

Cara Melisa e Luís:

Estive hoje a dar uma vista de olhos, muito superficial sobre o processo de Aldonça Gramaxa cc Manuel Quaresma e parece-me que não tem qq relação com a Francisca Gramaxa de Lagoa, de facto não deixa de ser curioso o registo de obito em Lagoa do marido Manuel Quaresma, esta Francisca Gramaxa de que espero saber algo mais da sua ascendencia, é de Lagoa e muito possivewmente x-velha pois não existem processos de Inquisição em que conste o seu nome.

Os meus cumprimentos,

Roberto

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RE: Gramaxos de Portimão

#116301 | melisa | 11 abr 2006 03:50 | Em resposta a: #116282

Caros Roberto e Luís Soveral Varella

Dos vário processos que consultei aliados aos paroquiais mais antigos de Portimão retirei o seguinte:

Eram irmãos e filhos de JOÃO MARTINS e de CATARINA GONÇALVES:

-FERNÃO MARTINS, mercador casado com Isabel Gramaxa ( filha de Luís Fernandes e Inês Gramaxa.

-NICOLAU MARTINS casado com Beatriz Gramaxa ( irmã da anterior)

- NUNO MARTINS casado com Aldonça Fernandes ( encontrava-se presa em 1589, sendo declarante no processo de Aldonça Gramaxa).



Por outro lado temos como descendentes de:

DIOGO FERNANDES mercador (cristão novo) casado com LEONOR FERNANDES.
Pais de:

1- LUÍS FERNANDES , e INÊS GRAMAXA, cristã velha filha de JORGE GRAMAXO e ´ LEONOR DE SOUSA.

Pais de:


2-JORGE FERNANDES GRAMAXO, tendeiro e tozador, casado com Beatriz
Brandoa,cristã nova, que se encontrava presa pela Inquisição de Évora em
1589). Pais de:

3- Brites Loba ( presa, já falecida em 1589?)

3- Elisabete Loba (já falecida em 1589?)

3-Catarina Dias

3- Maria Fernandes

3- Ana Fernandes * cerca de 1574.


2-ÁLVARO GRAMAXO , solteiro ou mais provavelmente viúvo,mercador, ausente
nas Índias de Castela em 1591.


2-DIOGO FERNANDES GRAMAXO, nascido cerca de 1542, mercador morador em
Beja em 1591 e ja anteriormente preso em 1572 , casado com Violante Nunes,
cristã nova.


2-VIOLANTE GRAMAXA nascida cerca de 1549 presa aos 39 anos em 1588 e
executada em auto de fé em 29/10/1589 casada com o Licenciado João
Fernandes Quaresma (médico).
Este faleceu em 7/8/1606, fez testamento sendo testamenteiro Manuel
Quaresma, que provavelmente seria o seu irmão.

Foram pais de:

3-Álvaro , baptizado em Portimão em 11/1/1581

3- Inês, baptizada em Portimão em 17/3/1583. ( é esta a data correcta).


2- ISABEL GRAMAXA (falecida antes de 1589) casada com Fernão Martins,
mercador em Portimão (também falecido antes de 1589) e filho dos
anteriormente referidos: João Martins cc Catarina Gonçalves.)

Foram pais de:

3- Inês Gramaxa, nascida em Portimão cerca de 1560, presa em 1586 aos 26
anos casada com Fernando ou Fernão Álvares, mercador em Portimão.
Pais de:

4- álvaro, bapt. Em Portimão em Junho de1582
4- Vicente, bapt em Portimão aos 4/10/1585
4- Francisco , bapt em Portimão aos 1/11/1588
4- Isabel Gramaxa , casou em Portimão ( 15/5/1619) com Domingos
Quaresma , filho de Manuel Quaresma (Gramaxo) e de Aldonça Gramaxa*

3- Luís Fernandes Gramaxo , mercador, casado com Brites Gonçalves
Tinoca.Luís Fernandes Gramaxo faleceu em Portimão aos6/9/1609 sendo
sepultado na capela de N.S. do Rozario da Igreja Matriz.

Pais de:

4-Isabel , b. Portimão 23/5/1583
4- Isabel , b. Portimão 26/10/1584
4-Violante, b. Port. 26/3/1586
4-Fernando , b.Port.6/12/1592
4-Brites, b. Port.22/9/1594
4-Jorge, b. Port.30/8/1599
4-Catarina b.29/10/1603

3-Beatriz de Sousa casada com Luís da Silva, cristão velho de Portimão ,
nascido cerca de 1557. ( filho de Pedro da Silva ,sargento mor em Silves e
de Guiomar Figueira

Pais de:

4- D. Guiomar da Silva casada ( Portimão aos 19/4/1621) com Pedro do
Rego Freire, natural e vereador em Lagos onde foram moradores.( Pais
de Manuel do Rego da Silva capitão de artilharia Rio de Janeiro e
CFCR.)

3-João Martins (Gramaxo), nascido em Portimão cerca de 1569. Em 1589
estava ausente nas Índias de Castela ou Portugal ( processo 479- nº4603
I.E.)

3 -Jorge Fernandes, nascido cerca 1574.

3-Aldonça Gramaxa, baptizada em Portimão aos 6/10/1568, presa em 1589,
casada com Manuel Quaresma Gramaxo. cristão novo morador em
Portimão.Tratante , em 1594, tinha loja de panos em Évora.
Irmão do Licenciado João Fernandes Quaresma.

Filhos:

4-Bento, bapt. em Portimão 18/7/1583
4- António, bapt em Portimão 14/11/1588
4- Beatriz, bapt. Port.12/4/1595
4- Domingos Quaresma casou em Portimão (15/5/1619) com Isabel
Quaresma ( filha de Fernão Álvares e de Inês Gramaxa*, conforme já
referido acima).
4- Fernão Martins Gramaxo casou em Portimão (30/11/1623) com Isabel
Nunes, filha de Francisco Nunes Gramaxo e de Branca Fernandes.


2- BEATRIZ GRAMAXA casada com Nicolau Martins , filho de João Martins e
Catarina Gonçalves , referidos no início.

Foram pais de :

3-Branca de Sousa , viveu em Portimão, encontrava-se presa em 1591 sendo
já viúva de Luís Gonçalves, cristão novo , falecido em Alte.

Pais de :
4- Inês. B. Port,22/6/1588.

3-Leonor de Sousa, encontrava-se presa em 1589, casada com Pero Mendes,
cristão novo, que também fora preso pela Inquisição,antes de 1587, já
falecido em 1591.

Pais de:
4-Guiomar, b. em Portimão 16/8/1579.


3- Violante Gramaxa ou de Sousa , falecida cerca de 1585

3- Isabel de Sousa , moradora em Almodovar e casada comLourenço Vogado,
cristão velho (de Almodovar).

3- Ana Gramaxa, nascida cerca de 1560 (presa em 1587 aos 27 anos) casada
com Francisco Nunes de Sousa , mercador e tratante em Portimão, cristão
novo.

Pais de:
4- Leonor de Sousa, b. Portimão em 1/5/1585.


3-André Luís, morador em Portimão, e em 1589 ausente nas Índias de Castela ,
casado com Maria Leitoã, cristã nova que se encontrava presa em 1591.

3- Aldonça Gramaxa, natural de Portimão onde nasceu cerca de 1564 e
moradora em Alvor quando foi presa em 1587, casada com Pero Jaques de
Oliveira, cristão velho, natural de Alvor.

Pais de:
4- Diogo de Oliveira, nascido cerca de 1582
4- Isabel Jaques que casou em Portimão aos 12/6/1628 com António
Correia ,viúvo.


Os meus cumprimentos
M.Elisa

Resposta

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RE: Gramaxos de Portimão

#116392 | LSV | 11 abr 2006 22:00 | Em resposta a: #116301

Caros M. Elisa e Roberto

Grandes progressos nesta investigação. Infelizmente não vos tenho podido acompanhar nessas pesquisas que tenho um trabalho grande em mãos que me está a tomar a totalidade do tempo.

Vou agora, e com mais cautela, rever todos os apontamentos que tenho acrescidos das vossas preciosas informações e corrigir com tempo o que está on-line sobre esta família.

Cumprimentos e vou-vos esperando por aqui.

Luís

Resposta

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RE: Gramaxos de Portimão

#116401 | melisa | 11 abr 2006 23:43 | Em resposta a: #116392

Caros Luís Soveral Varella e Roberto Lopes

Infelizmente não foi até agora possível situar alguns Gramaxos.

Por exemplo:

ÁLVARO GRAMAXO FONTES que teve filhos pelo menos entre 1577 e 1590, casado com Violante Freire. Pelas mesmas datas apadrinha várias crianças em Portimão.

Não seria Álvaro Gramaxo “ausente nas Índias de Castela em 1589”, pois foi pai de uma criança baptizada em 28/8/1590.

Foi também pai de Aldonça Freire que casou em Portimão aos 17/5/1625 com Pero do Amaral da Guerra, natural de Algodres, bispado de Viseu.

Aparecem como suas irmãs:

-Elvira Fontes viúva de Álvaro Lourenço e

-Irmina (?) de Fontes casada com Heitor da Fonseca, pais por sua vez de:

-- Ana, baptizada em Portimão aos 13/5/1583
e de
-- Mécia, baptizada em 6/9/1585.

É primo co-irmão de uma Violante Machada ( com quem também apadrinha) e que poderá ser Violante Machada casada com Lopo Dias de Leão.

Aquele casal baptiza em 31/5/1612 uma filha, cujos padrinhos são Esperança de Fontes, que será certamente familiar, e Licenciado Jorge Fernandes.

Deste licenciado Jorge Fernandes nada sei por enquanto.

Há ainda uma Isabel Machada casada com Afonso Annes dos Santos . e uma Mécia Machada que poderão eventualmaente ser familiares da anterior Violante Machada.

Baseio esta hipótese não só no apelido como pelo facto dos padrinhos de baptismo dos filhos de Isabel Machada - António (b. Em Portimão aos 17/1/1582) serem Mécia Machada e Àlvaro Gramaxo e do filho Pedro (b. Portimão aos 6/5/1584) serem Francisco Àlvares o Velho e Violante Freira (mulher de Àlvaro Gramaxo Fontes).

Aparentemente estes Gramaxos não foram perseguidos pela Inquisição.

Se fosse possível seria bom que o Roberto consultasse na TT – Inquisição , conselho Geral , Ppapéis Avulsos , maço 7 nº 2618 pois conforme é referido em “ Inquisição de Évora 1533-1668” do Professor António Borges Coelho , são feitas referências a Jorge Fernandes Gramaxo , morador em Cartagena e seu sobrinho Álvaro Gramaxo, de Portimão.

Por outro lado seria bom consultar o processo nº 8750 (não sei qual o maço, mas talvez procurando nos índices da Inquisição de Évora nos Gramaxos se chegue lá) referido pelo Doutor Miguel Côrte-Real em “Fidalgos de Cota de Armas do Algarve” a propósito dos ascendentes de Manuel do Rego da Silva.

Os meus cumprimentos

M.Elisa

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RE: Gramaxos de Portimão

#116414 | ofdob2 | 12 abr 2006 00:40 | Em resposta a: #116401

Boa noite,

A seguinte informação foi retirada do artigo "Os Gramaxo. Um caso paradigmático de redes de influência em Cartagena das Indias" de Maria da Graça Ventura, publicado em 2001 nos "Cadernos de Estudos Sefarditas - Ciclos de Conferências 2000 N1" da Catedra de Estudos Sefraditas.
Este artigo pode ser encontrado online na página da catedra. Procurando no google "Os Gramaxo. Um caso paradigmático de redes de influência em Cartagena das Indias" será o segundo link:

[...]
2. Os Gramaxo.
[...]
Jorge Fernandes Gramaxo teria nascido por volta de 1558, em Vila Nova de Portimão, filho de António Nunes e Leonor Fernandes. Toda a sua família fora presa pelo Santo Ofício, talvez por isso ele tenha partido para as Índias, à semelhança do que fizera seu tio, Álvaro Gramaxo, em 1583 [10 ANTT, Inquisição, Conselho Geral, Papéis avulsos, Maço 7, doc. 2618]
Segundo o informador do Santo Ofício da Inquisição de Évora, Jorge teria partido de Portimão cerca de 1588. Pelas suas declarações nos vários processos fiscais e judiciais que lhe foram movidos, sabemos que chegou a Cartagena das Índias em 1590, após uma arribada forçada a Santo Domingo. De Lisboa parece ter ido a Cabo Verde e ao Brasil, já envolvido no trato negreiro. Morreu, doente, na véspera de S. João do ano de 1626, com mais de setenta anos de idade.[...]

Omite a sua filiação, apenas menciona os sobrinhos, residentes em Lisboa, como herdeiros, mas não os associa aos seus progenitores. Sabemos, cruzando informação, que em Cartagena das Índias se encontravam algumas pessoas de apelido homónimo. Teriam mantido relações afectivas, sociais ou comerciais? Uma Maior Alves, mulher de nação, reconciliada em Évora, passou a Cartagena onde, em 1613, é conhecida como a «Gramaxa». Terá mais cinco anos de idade que Jorge e foi para lá poucos anos depois dele, cerca de 1597 [12] . Nos Rios da Guiné negoceia outro homónimo – Jorge Fernandes Gramaxo, homem grosso, bem disposto, preto de rosto e bem conhecido naquelas partes. Este era filho de Fernão Martins, residente em Portimão, e partiu desta vila cerca de 1603 [13] . Seriam familiares ou correligionários? Haveria negócios entres estes homónimos? Sabemos que o Gramaxo de Cartagena tratava com negros, especialmente, dos Rios da Guiné, este Gramaxo negro seria seu correspondente? Outro homónimo, seu sobrinho, Jorge Gramaxo, o moço, veio de Cabo Verde para Cartagena talvez para integrar a rede comercial familiar que o capitão Gramaxo consolidava. Protegido pelo tio morreu novo, já com fortuna considerável.
[...]

--
Oscar Barroso

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RE: Gramaxos de Portimão

#116463 | melisa | 12 abr 2006 20:50 | Em resposta a: #116414

Caro Oscar Barroso

Estive a ver o artigo que refere e transcreve parcialmente. É muito interessante.

Jorge Fernandes Gramaxo, de Cartagena será certamente irmão de Francisco Nunes Gramaxo casado com Branca Fernandes.

Ambos filhos de António Nunes e Leonor Fernandes ou Gramaxo.

Não referi esta Leonor na minha anterior mensagem por ainda não ter encontrado provas de que seja efectivamente filha de Luís Fernandes e de Inês Gramaxa.

No entanto o nosso confrade Luís Soveral Varela refere-a como tal, mas não sei se essa informação resultou de pesquisa sua ou de simples transcrição do que foi surgindo neste tópico e que eventualmente poderia não estar documentalmente confirmado.

Relativamente Jorge Fernandes Gramaxo, preto de rosto, que negociava nos rios da Guiné será o referenciado no processo de Aldonça Gramaxa como seu irmão Jorge Fernandes, nascido cerca de 1574 e filhos de Fernão Martins e de Isabel Gramaxa., e mencionado na minha mensagem apenas como Jorge Fernandes.


Os meus cumprimentos.

M.Elisa

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RE: Gramaxos de Portimão

#116466 | melisa | 12 abr 2006 21:20 | Em resposta a: #116463

Caros Oscar Barroso, Luís soveral Varella e Roberto Lopes

Depois de ter lido o artigo “ Os Gramaxo. Um caso paradigmático de redes de influência em Cartagena das Índias”, levantou-se-me uma questão:

Seriam estes Gramaxos mestiços e por que lado?

Não só pela referência no artigo da Doutora Maria da Graça Ventura a Jorge Fernandes Gramaxo, “preto de rosto, que negociava nos rios da Guiné” mas também por constar no processo de Aldonça Gramaxa que embora de parentesco muito próximo, ou seja filhas de casamentos de dois irmaõs (João Martins e Nicolau Martins) e duas irmãs (Isabel Gramaxa e Beatriz Gramaxa) encontra-se desavinda com suas primas.

A desavença entre os dois ramos desta familia é já antiga e procede dos pais e é resultante de questões de dote, agravada no tempo das filhas por o marido de Aldonça Gramaxa , Manuel Quaresma ...”ter sido cometido para casar com Ana Gramaxa e não querendo consentir no casamento” casou depois com Aldonça Gramaxa. Pelo que aquela e suas irmãs levaram a mal e lhe rogavam muitas pragas ao que ela ré respondia chamando MULATA aleijada a Ana Gramaxa.

Cumprimentos
M.Elisa

Resposta

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Gramaxos de Lagoa

#117045 | roberto lopes | 21 abr 2006 12:03 | Em resposta a: #116392

Caro Luis e Melisa:

Os Gramaxos de Lagoa e de Estômbar são os mesmos, resta-nos agora estabelecer a relação que estes eventualmente possam ter com os Gramaxos de Portimão. A hipótese que antes lancei de a nossa Francisca Gramaxa poder ser irmã de Aldonça Gramaxa revelou-se impossível, pois a família desta está devidamente documentada e no leque de irmãs que esta possui nenhuma é Francisca.
Talvez sejam primas, mas para conseguir avançar mais teríamos entre todos de analisar os vinte e muitos processos de todos os membros Gramaxos condenados pela Inquisição de Évora.
Encontrei novos dados, por isso volto a colocar a descendência dos Gramaxos com os novos dados e suas devidas correções.

GRAMAXOS DE LAGOA

1. Francisca Gramaxa cc Martim Fernandes. Tiveram:
2. Margarida Gramaxa, que segue

2. Margarida Gramaxa cc (Lagoa 02.06.1597) Francisco Fernandes Pereira, f.º de Francisco Fernandes Pereira (+ Lagoa 18.04.1613/ fez testamento sendo test.º seu filho Francisco Fernandes) e Ambrósia Ruiz (+ Lagoa 15.12.1603 m.er do Pereira). Foram Testemunhas neste casamento João Martins Ferrobeiro e Estevão Mexilhão. No testamento de Francisco Fernandes Pereira mais antigo, manda rezar uma missa pela alma do seu filho João Ferrobeiro e por alma da sua mulher Ambrósia Ruiz, penso que este João Ferrobeiro é o João Ferrobeiro cc Maria Fidalga, pais de Domingas Fidalga b. Lagoa 01.03.1602 e talvez seja também o João Martins Ferrobeiro que testemunha o casamento do seu irmão. Tiveram:
3. Francisco Fernandes Pereira, que segue
3. Margarida Gramaxa, que segue

3. Francisco Fernandes Pereira cc (Lagoa 20.07.1616) Catarina Anes

3. Margarida Gramaxa cc (Lagoa 28.07.1612) cc João Martins. Tiveram:
4. Catarina Martins b. Lagoa 07.02.1616, que segue
4. Bárbara Fernandes, que segue

4. Catarina Martins b. Lagoa 07.02.1616 cc (Lagoa 20.02.1640) Diogo Gonçalves. Tiveram:
5. Catarina Gonçalves, que segue

5. Catarina Gonçalves cc (Lagoa 09.07.1661) Gregório Vaz, f.º de Vicente Freire e de Maria Vicente Vicente, moradores na Raposeira. Tiveram:
6. Domingos Vaz, que segue

6. Domingos Vaz cc (Lagoa 03.08.1692) a sua prima em 3.º grau de Consanguinidade, Maria da Esperança, f.ª de João Martins Gramaxo e de Maria da Esperança, neta paterna de Diogo Anes e de Bárbara Fernandes, naturais de Lagoa, é neta materna de Francisco Gonçalves e de Maria Vicente, naturais de Lagos.

4. Bárbara Fernandes cc (Lagoa  1638) Diogo Anes. Tiveram:
5. João Martins Gramaxo, b. Lagoa 21.11.1638, que segue

5. João Martins Gramaxo, b. Lagoa 21.11.1638 cc (I) (Lagoa 12.07.1655) Margarida Bota (a) cc (II) (Lagoa 02.06.1661) Maria da Esperança (b), f.ª de Francisco Gonçalves e de Maria Vicente, naturais de Lagos. Tiveram:
6. João Martins Gramaxo (a) b. Lagoa c. 1656 cc Isabel de Medeiros, que segue
6. Diogo Martins Gramaxo (a) b. Lagoa 11.08.1658
6. Isabel (a) b. Lagoa 25.02.1660
6. Domingas Martins (a) b. Lagoa c. 1661 cc Pedro Gonçalves, que segue
6. João Martins Gramaxo (b) cc Maria Josefa, que segue
6. Domingos Martins Gramaxo (b) cc Maria Bentes, que segue
6. Maria da Esperança (b) b. Lagoa 26.12.1675 cc Domingos Vaz, que segue
6. Catarina Gramaxa (b) b. Lagoa 30.11.1677

6. João Martins Gramaxo (a) b. Lagoa c. 1656 cc (Lagoa c. 1685) Isabel de Medeiros. Tiveram:
7. Domingos Martins Gramaxo b. Lagoa 11.01.1686
7. André b. Lagoa 30.11.1687 b. Lagoa 30.11.1687
7. Diogo Martins Gramaxo b. Lagoa 09.02.1690 cc Catarina da Assunção, que segue
7. Mónica de São José b. Lagoa 02.03.1698 cc João Fernandes, que segue

7. Diogo Martins Gramaxo b. Lagoa 09.02.1690 cc (Silves 11.08.1717) Catarina da Assunção, f.ª de Manuel Lourenço e de Isabel Rodrigues, naturais de Silves.

7. Mónica de São José b. Lagoa 02.03.1698 cc (Lagoa 14.02.1715) João Fernandes, f.º de Manuel dos Santos e Maria dos Reis. Tiveram:
8. Teresa de Jesus cc Domingos da Silva, que segue

8. Teresa de Jesus cc (Lagoa 30.04.1748) Domingos da Silva, f.º de Martinho Rodrigues e de Catarina da Assunção. Tiveram:
9. Francisco da Silva Gramaxo cc Maria Rosa, que segue
9. Manuel da Silva cc Teresa de Jesus
9. António da Silva Gramaxo cc Isabel Joaquina

9. Francisco da Silva Gramaxo cc (Lagoa a 01.03.1802) Maria Rosa, f.ª de Inácio da Encarnação e Maria Rosa, naturais de Lagoa. Tiveram:
10. José da Silva Gramaxo, b. Lagoa 08.05.1803 cc Maria Josefa, que segue

10. José da Silva Gramaxo, b. Lagoa 08.05.1803 cc (Lagoa  08.10.1842) Maria Josefa
f.ª de Bernardo da Silva e de Maria da Conceição. Tiveram:
11. Joaquim da Silva Gramaxo Sénior, b. Lagoa 25.02.1846 cc Maria José da Purificação Correia, que segue
11. José da Silva Gramaxo cc (Lagoa 22.08.1854) Maria Manuela
11. António da Silva Gramaxo cc Teresa de Jesus
11. Julia b. Lagoa 08.10.1842

11. Joaquim da Silva Gramaxo Sénior, b. Lagoa 25.02.1846 cc (Lagoa 27.11.1872) Maria José da Purificação Correia, f.ª de José dos Reis Quá, soldado do Batalhão Nacional Móvel de Lagos, de Lagoa e de Sebastiana Rosa do Carmo Correia, de Porches. Tiveram:
12. Joaquim da Silva Gramaxo cc Isabel da Conceição Rego, que segue
12. Alfredo da Silva Gramaxo cc Quitéria
12. Estefânia da Silva Gramaxo

12. Joaquim da Silva Gramaxo nasceu no Sítio dos Salicos, foi baptizado em Lagoa 01.06.1875 onde veio a falecer a 10.12.1955 casou em Lagoa a 17.11.1896 com Isabel
da Conceição Rêgo, nascida em Vale d El-Rei, onde veio a ser baptizada em Lagoa
18.11.1874, faleceu em Benagil, Lagoa 14.02.1962, sendo filha de Joaquim Dias Rêgo e
de Jacinta Rosa. Tiveram:
13. Joaquim da Silva Gramaxo casou com Maria do Espírito Santo Vieira, que segue
13. José da Silva Gramaxo casou com Maria Júlia Alves da Costa
13. Francisco da Silva Gramaxo casou com Ilda Arrobe
13. Luís da Silva Gramaxo (morreu menino)
13. Luís Rêgo da Silva Gramaxo casou com Maria Lucília Alves da Costa (sobrinha de
Maria Júlia Alves da Costa, acima referida)
13. Maria Teresa da Silva Gramaxo (morreu menina)

13. Joaquim da Silva Gramaxo nasceu no Sítio dos Salicos, foi baptizado em Lagoa
01.06.1897 onde veio a falecer a 25.11.1978 casou em Lagoa em 1922 com Maria do
Espírito Santo Vieira, nascida em Carvoeiro, tendo sido baptizada em Lagoa a
01.06.1902 faleceu em S. Brás de Alportel em 14.09.1972, é filha de José António Vieira
e de Maria Teresa de Jesus Vicente, naturais de Carvoeiro

6. Domingas Martins (a) b. Lagoa c. 1661 cc (Lagoa 30.11.1684) Pedro Gonçalves, f.º de João Gonçalves Pincho e de Maria da Luz.

6. João Martins Gramaxo (b) cc (Lagoa 29.11.1698) Maria Josefa, f.ª de Gaspar Fernandes e de Margarida Fernandes, naturais do Alferce. Tiveram:
7. João Martins Gramaxo, que segue
7. Gaspar, b. Lagoa 30.07.1702
7. Maria, b. Lagoa 23.12.1703
7. (Talvez) Bárbara Fernandes, que segue

7. João Martins Gramaxo cc (Lagoa  1744) Catarina da Conceição, f.ª de Francisco Gonçalves Lapa e de Catarina Gonçalves. Tiveram:
8. Maria, b. Lagoa 1744

7. (Talvez) Bárbara Fernandes cc (Lagoa c. 1725) Baltasar Lourenço. Tiveram:
8. João Martins Gramaxo, que segue

8. João Martins Gramaxo cc (Estômbar 21.02.1746) Maria de São José, f.ª de José Gonçalves e de Inácia de Jesus, naturais de Estômbar.

6. Domingos Martins Gramaxo (b) cc (Lagoa c. 1703) Maria Bentes. Tiveram:
7. Maria Bentes, b. Lagoa 23.12.1704, que segue
7. Susana de Jesus, que segue
7. Brizida Maria, que segue
7. Mónica de São José, que segue
7. Teresa de Jesus, que segue
7. José da Trindade Gramaxo, que segue

7. Maria Bentes, b. Lagoa 23.12.1704 cc (Lagoa 26.08.1721) Manuel Rodrigues, v.º de Maria Álvares.

7. Susana de Jesus cc (Lagoa 29.07.1722) João Rodrigues Boto, f.º de Manuel Rodrigues Boto e de Maria Jorge.

7. Brizida Maria cc (I) (Lagoa 20.12.1728) Simão de Sousa (a), f.º de António de Sousa e de Maria Nunes, natural de Porches cc (II) (Lagoa 11.05.1739) Francisco Gonçalves Pina ou Francisco de Pina (b), v.º de Isabel Fernandes, ele é f.º de Francisco de Pina e de Catarina dos Santos, naturais de Alcantarilha

7. Mónica de São José cc (Lagoa 03.08.1732) Francisco de Siqueira, f.º de António Gonçalves e de Maria de Siqueira, naturais de Porches.

7. Teresa de Jesus cc (Lagoa 31.07.1735) João Gonçalves Giado, f.º de Manuel Gonçalves Giado e de Leonor Leitôa. Tiveram:
8. Josefa, b. Lagoa 1743
8. João Martins Gramaxo, b. Lagoa 1745 G
8. Domingos Martins Gramaxo, b. Lagoa 1745 G (gêmeo do anterior), que segue

8. Domingos Martins Gramaxo, b. Lagoa 1745 cc (Lagoa 14.01.1766) Maria de Jesus, f.ª de João Baptista e Teresa de Jesus, de Lagoa. Tiveram:
9. Sebastião Martins Gramaxo, b. Lagoa 25.01.1788
9. Maria de São José, que segue

9. Maria de São José cc Francisco da Silva Méco, lavrador, f.º de Manuel da Silva Méco e de Teresa Maria

7. José da Trindade Gramaxo cc (Lagoa 09.05.1748) Caetana de Moura, f.ª de Domingos Afonso e de Maria da R... . Tiveram:
8. José Martins Gramaxo, que segue

8. José Martins Gramaxo cc (Lagoa 27.02.1775) Maria Teresa, f.ª de Manuel Gonçalves Tangerino e de Domingas Maria

6. Maria da Esperança (b) b. Lagoa 26.12.1675 cc (Lagoa 03.08.1692) com o seu primo em 3.º grau de consanguinidade Domingos Vaz, f.º de Gregório Vaz e de Catarina Gonçalves, neto paterno de Vicente Freire e de Maria Vicente Vicente, naturais da Raposeira e é neto materno de Diogo Gonçalves e de Catarina Martins, natural de Lagoa. É esta Catarina Martins que julgo tratar-se da Catarina b. Lagoa 07.10.1616 f.ª de João Martins e de Margarida Gramaxa, logo o nosso João Martins Gramaxo, não poderá ser filho dela, mas sim sobrinho, e o casal mais adequado que encontrei para candidatos a pais do nosso João Martins Gramaxo será Diogo Anes e Bárbara Fernandes já que registam um baptismo de um João em Lagoa a 21.11.1638. Esta situação confirma o parentesco em 3.º grau dos netos destas duas irmãs e para além disso tornam a genealogia mais credível já que as outras datas que antes propus pareciam quase impossíveis, se o nosso João Martins Gramaxo casa pela 1.ª vez em 1655, dificilmente os seus pais teriam casado em 1640, o casamento dos seus pais não encontrei, mas sabe-se que foi antes de 1638. Outro dado que me levou a optar por este casal foi o facto de para além das Bárbaras Fernandes que de vez em quando aparecem na descendência, também surgem alguns Diogos Martins Gramaxo.

_____________________________________________________________________________


GRAMAXOS DE ESTOMBAR

Penso que esta Margarida Gramaxa, v.ª de Manuel Serrão é a mesma Margarida Gramaxa casada com João Martins, de acima com forte descendência Martins Gramaxo em Lagoa, num segundo casamento. Curiosamente, a descendência deste ramo passa por Estômbar, mas com ascendência e descendência em Lagoa. São nomes comuns às duas linhas: Margarida Gramaxa e Bárbara Fernandes, que ajudaram de alguma forma a estabelecer a genealogia de Lagoa que foi tão complicada de esclarecer, pela quantidade de assentos ilegíveis, casamentos em que não constavam os nomes dos pais. Foi uma prova muito importante e definitiva o casamento consangüíneo em 3.º grau de Domingos Vaz, f.º de Gregório Vaz e de Catarina Glz cc (Lagoa 03.08.1692) Maria da Esperança, f.ª de João Miz Gramaxo e de Maria da Esperança.

1. Margarida Gramaxa, v.ª de Manuel Serrão + 09.01.1653/ fez test.º sendo test.º seu genro Sebastião Martins cc Manuel Serrão. Tiveram:
2. Bárbara Fernandes, que segue
2. Francisca Fernandes, que segue

2. Bárbara Fernandes cc (Lagoa 13.05.1640) Sebastião Martins, moradores em Estombar. Tiveram:
3. Maria Gramaxa, b. Lagoa 03.04.1644
3. Maria Gramaxa, b. 01.10.1645, que segue
3. Francisca Fernandes, b. Lagoa 02.03.1649
3. Francisca Fernandes, b. Lagoa ...10.1652
3. (Talvez) Bartolomeu Martins, b. Estômbar, que segue

3. Maria Gramaxa cc (Lagoa 07.02.1667) Manuel Correia, f.º de Jeronimo Correia e de Jerónima R... Tiveram:
4. Maria Gramaxa, b. Lagoa 19.12.1673
4. Bárbara Fernandes, b. Lagoa 02.02.1683, que segue
4. Jerônimo Correia, b. Lagoa 07.10.1677, que segue

4. Bárbara Fernandes, b. Lagoa 02.02.1683 cc (Lagoa 25.11.1698) Domingos Dias Louzeiro. f.º de Domingos Dias Louzeiro e de Leonor Marreira

4. Jerônimo Correia, b. Lagoa 07.10.1677 cc (Lagoa 30.07.1699) Luciana da Silva, f.ª de João Bentes Silva e de Filipa de São Tiago

3. Francisca Fernandes cc (Lagoa  1638) João Martins. Tiveram:
4. Maria Gramaxa b. Lagoa 01.05.1638
4. Sebastião Martins b. Lagoa 30.01.1640
4. Francisco Fernandes Pereira b. Lagoa 30.01.1642
4. Margarida Gramaxa b. Lagoa 29.04.1643
4. Sebastião Martins b. Lagoa 08.04.1646

3. Bartolomeu Martins, b. Estômbar cc Maria Vieira. Tiveram:
4. Maria Gramaxa, que segue

4. Maria Gramaxa cc (Estômbar 08.01.1710) Manuel Álvares, f.º de Miguel Álvares e de Maria Cardosa, naturais de Lagos
___________________________________________________________________________

TESTAMENTO DE FRANCISCO FERNANDES PEREIRA:

+ 18.04.1613
Francisco Fernandes Pereira/ fez Testamento sendo test.º seu filho Francisco Fernandes

Aos 18 dias de Abril de 1613 faleceu Francisco Fernandes Pereira, fez testamento. Testamenteiro seu filho Francisco Fernandes
- Manda que ao dia do seu enterramento lhe digam uma misa cantada co ladanhas ofertada co hu alq de trigo s mero alumde de vinho
- Aos nove dias o mesmo i a mesma oferta
- Ao mês sinquo miss. Rezadas ofertadas co dozes pais o meia camada de vinho
- Ao ano o mesmo co a mesma oferta
- Anjo da guarda hua missa
- A S. Francisco outra
- Pela alma do seu pai duas missas
- Pela alma da sua mãe outras duas
- Pelas almas dos seus anos todos quatro quatro missas
- Pela alma da sua molher Ambrósia Ruiz duas
- Pela alma do seu sogro y de sua sogra duas
- Pela alma do seu filho João Ferrobero hua missa
- Pela alma de João Agosto hua
- Pela alma de Gaspar Freire e de sua molher duas
- Hua missa pelas mais does encaparadas almas
- Hua missa rezada de S. Bartolomeu

Esmolas

- ao S. Sacramento cem reis -------------------------------------100
- a S. José quarenta reis---------------------------------------------40
- a Virgem do Rosário-------------------------------------------------50
- a S. Pedro--------------------------------------------------------------30
- a S. João----------------------------------------------------------------40
- a S. António------------------------------------------------------------50
- a Francisco de Deus-----------------------------------------------100
- a nossa Fra da cera--------------------------------------------------50
- ao spa. S.s--------------------------------------------------------------50
- ao martire----------------------------------------------------------------50
- a virgem do socorro---------------------------------------------------50
- a S. Alberto--------------------------------------------------------------50
- as folhas da Fé-------------------------------------------------------400
- a S. Catarina------------------------------------------------------------30




Com os melhores cumprimentos,

Roberto Lopes

Resposta

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RE: Gramaxos de Portimão

#117050 | roberto lopes | 21 abr 2006 12:32 | Em resposta a: #116401

Cara Melisa e Caro Oscar Barroso

Muitissimo obrigado pela vossa colaboraçao!!!

Os meus cumprimentos,

Roberto Lopes

Nota para a Melisa:

Ainda nao coloquei os Mendes Alemao, pq estao ligados aos Vaz Figueira e isso implica fazer um levantamento exaustivo, ja tenho o esquema elaborado em papel, quando possa colocarei aqui todas as descendencias por mim ate agora encontradas!

Mais uma vez,

Um abraço

Roberto Lopes

Resposta

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RE: Gramaxos de Lagoa

#117067 | LSV | 21 abr 2006 15:04 | Em resposta a: #117045

Caro Roberto

Grandes avanços! Estive na TT anteontem também à volta dos Gramaxo, mas dos mais antigos, no séc. XV.

A hipótese que colocas da Margarida Gramaxo casada com João Martins ser a mesma que casou com Manuel Serrão parece-me bastante razoável, mas mais uma vez há que o comprovar.

Parece-me no entanto que ela poderá ainda ser bisneta de Jorge Gramaxo e trisneta de João Gramaxo, que se documenta com herdeiros, que se entende filhos, por conseguinte mais de um, a 11.1.1501, em que, sendo cavaleiro e almoxarife de Silves, lhe é confirmado, a ele, sua mulher e herdeiros, o aforamento de um esteiro de água, que se chama "de Moxardam", que é a fonte de Martim dos Pés, pagando o foro anual de 20 reais, documento esse em que é apresentado o contrato de aforamento feito em Faro a 8.4.1496.

Mais não sei adiantar. No entanto, convinha que fosses dando as cotas dos processos da inquisição que foste consultando, e a M.Elisa também, e irei tentar consultar alguns também. Quem sabe deslindamos isto de vez.

Um abraço
Luís

Resposta

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RE: Gramaxos de Lagoa

#117802 | melisa | 01 mai 2006 20:52 | Em resposta a: #117067

Caro Luís

Peço desculpa de só agora lhe responder mas estive fora.

os processos que consultei foram os seguintes:

Processo de Ana Gramaxa ,(filha de Nicolau Martins)) salvo erro maço 78 - 767

Processo de Aldonça Gramaxa (casada com Manuel Quaresma) maço 479-4603

Consultei também os resumos de outros processos, alguns dos quais que não tive acesso por estarem em mau estado.

Nomeadamente:

Processo de Aldonça Gramaxa ( casada com Pero Jaques de Oliveira e fª de Nicolau Martins) maço 479-4605
Inês Gramaxa ( fª de Fernão Martins) - maço 915- 8925

Também on-line consultei " Os Gramaxo. Um caso paradigmático de redes de influência em Cartagena das Indias " da Professora Maria da Graça A. Mateus Ventura que refere entre outras fontes Inquisição , Conselho Geral , Papéis avulsos Maço 7, doc 2618. que infelizmente ainda não tive oportunidade de consultar pessoalmente.

Consultei também os Registos Paroquiais de Portimão rolo 549.

Os meus cumprimentos

M.Elisa

Resposta

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RE: Gramaxos de Lagoa

#118650 | LSV | 15 mai 2006 22:21 | Em resposta a: #117802

Muito obrigado M.Elisa

Vou ver se com tempo vou consultar os restantes

Cumprimentos
Luís

Resposta

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RE: Gramaxos de Lagoa

#191507 | LBolacha | 07 abr 2008 18:39 | Em resposta a: #117045

Caro Roberto

tens mais informações sobre este casal:
4. Jerônimo Correia, b. Lagoa 07.10.1677 cc (Lagoa 30.07.1699) Luciana da Silva, f.ª de João Bentes Silva e de Filipa de São Tiago

Especialmente sobre a ascendencia da mulher (são meus 11ºavós)?
Posso colocar aqui o pouco que sei sobre a sua descendencia

Atenciosamente
Levi Redondo Bolacha

Resposta

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Gramaxos de Portimão

#424912 | sergiopereira | 14 jun 2020 22:40 | Em resposta a: #90359

Prezado Luís Soveral Varella,

Haveria alguma comprovação de que VICÊNCIA JACQUES, nascida em Alvor, casada com João Furtado, nascido em Alvor, é filha de Aldonça Gramaxo e Pero Jacques de Oliveira? Tem alguma fonte ou referência sobre essa filiação?

Muito obrigado
Att

Sérgio

Resposta

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Gramaxos de Portimão

#424915 | Luis K. W. | 14 jun 2020 23:07 | Em resposta a: #424912

Caro Sérgio,
«Haveria alguma comprovação de que VICÊNCIA JACQUES, nascida em Alvor, casada com João Furtado, nascido em Alvor, é filha de Aldonça Gramaxo e Pero Jacques de Oliveira? Tem alguma fonte ou referência sobre essa filiação?»

Escreveu, por duas vezes, "JaCques". O apelido é ibérico e escreve-se JAQUES.

Penso que a melhor fonte é o processo de inquisição da mãe, Aldonça Gramaxo (26/07/1587-01/12/1588), Inquisição de Évora (maço 479-4605), condenada por judaísmo, auto de fé em 10/07/1588.

Luís
Lisboa-Portugal

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Gramaxos de Portimão

#435300 | Mauro Rúben | 24 jul 2021 18:05 | Em resposta a: #67042

Sobre os Gramaxos da Lagoa, que sou descendente pela via de João Martins Gramaxo com Isabel de Medeiros da Lagoa, refere no site de Genealogia do Algarve, como minha última ascendente do ramo Gramaxo, Francisca Gramaxo nascida em 1550, diz lá que o João Martins Gramaxo de Portimão, aquele que foi para as índias apadrinha a neta de Francisca Gramaxo da Lagoa (f.ª da sua filha Bárbara Fernandes) em Lagoa a 02/05/1597, afinal os Gramaxos da Lagoa existe alguma relação com o os Gramaxos de Portimão, este João Martins Gramaxo de Portimão que foi para as índias que apadrinhou a neta de Francisca Gramaxo minha antepassada, será irmão de Francisca Gramaxo da Lagoa??? É que ao que parece nasceram os dois praticamente na mesma época, qual será o grau de parentesco???

Esperarei por novas novidades, e espero ter sido útil nestas novas informações para o tópico.

Cumprimentos,
Mauro Rúben.

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#435495 | Mauro Rúben | 03 ago 2021 13:48 | Em resposta a: #67042

Para quem se interessar sobre os Gramaxo do Algarve, aqui vai um tópico de pesquisas individuais com documentos oficiais, sobre os Gramaxos do Algarve.

Jerónimo Martins Gramaxo, era Cónego da Sé de Silves, Catedral do Algarve, com Violante Marinha ou Marinho, tiveram os seguintes filhos legitimados pelo Rei de Portugal, documento esse escrito em uma carta de petição ao Rei.

não sei se conseguem abrir o link mas cá vai: https://pb.lib.berkeley.edu/xtf/servlet/org.cdlib.xtf.dynaXML.DynaXML?source=/BITAGAP/Display/19481BITAGAP.Person.xml&style=Person.xsl&gobk=http%3A%2F%2Fpb.lib.berkeley.edu%2Fxtf%2Fservlet%2Forg.cdlib.xtf.crossQuery.CrossQuery%3Frmode%3Dphilobitagap%26everyone%3Dtexid%201044%26creator%3D%26title%3D%26incipit%3D%26explicit%3D%26assocname%3D%26daterange%3D%26placeofcomposition%3D%26subject%3D%26text-join%3Dand%26browseout%3Dwork%26sort%3Dmoniker

Filhos:

1. João Gramaxo, recebeu o Almoxarifado de Silves em que foi Almoxarife, por carta régia do Rei de Portugal, foi sepultado na Sé de Silves, Catedral do Algarve, em um grande túmulo de pedra em que gravou o brasão dos Gramaxos, foi sepultado na mesma catedral onde foram sepultados, o Rei D. João II e o Egas Moniz Teles.

2. Tomé Gramaxo.

3. Bartolomeu Gramaxo.

4. Margarida Gramaxo.

Segundo os genealogistas o primeiro a receber o brasão de armas Gramaxo foi no tempo de D. Pedro I, em meados do século XIV, teve o título de Barão, Pedro Anes Gramaxo, morador na casa D`EL Rei, casado com Mor Afonso de Bulhão, sua filha Isabel de bulhão casou com Afonso Lopes de Bulhão, seu primo.

Mais tarde no tempo de D. João I, tenho o conhecimento de um Fernão Rodrigues Gramaxo, nascido em Évora, foi Fidalgo e morador na casa D`EL Rei D. João I.

Havendo ainda notícia de outro membro da família mais tarde, que viveu no tempo do Jerónimo Martins Gramaxo que referi em cima, que foi o Fernão Gil Gramaxo, não se sabe onde nasceu, mas sabe-se que morou em Arraiolos no Alentejo, foi vassalo régio do Rei D. Afonso V, depois no tempo de D. João II foi caçador do rei e administrador de uma Capela.

Não sei se conseguem abrir o link mas cá vai: https://pb.lib.berkeley.edu/xtf/servlet/org.cdlib.xtf.dynaXML.DynaXML?source=/BITAGAP/Display/23249BITAGAP.Person.xml&style=Person.xsl&gobk=http%3A%2F%2Fpb.lib.berkeley.edu%2Fxtf%2Fservlet%2Forg.cdlib.xtf.crossQuery.CrossQuery%3Frmode%3Dphilobitagap%26everyone%3D%26name%3Drui%20de%20pina%26title%3D%26daterange%3D%26assocplace%3D%26affiliation%3D%26subject%3D%26text-join%3Dand%26browseout%3Dperson%26sort%3Dauthor

Espero que estas informações sejam úteis para os interessados no assunto.

Cumprimentos,
Mauro Rúben.

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#435496 | Mauro Rúben | 03 ago 2021 13:55 | Em resposta a: #435495

Pequena Correção por que me enganei: foi sepultado o Vincente Raposa Viegas, em vez do Egas Moniz Teles na mesma Catedral.

Cumprimentos,
Mauro Rúben.

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#435497 | Mauro Rúben | 03 ago 2021 14:27 | Em resposta a: #67042

Não querendo ser exaustivo, mas em relação ao Jerónimo Martins Gramaxo Cónego da Sé de Silves, com Violante Marinha, e dos seus filhos, e em relação ao Fernão Gil Gramaxo da mesma época, que foi vassalo régio do Rei, existem os documentos oficiais que deixei o link, em relação aos outros foi apenas o que ouvi genealogistas a falarem a respeito.

Também ouvi falar alguns genealogistas sobre a Francisca Gramaxo da Lagoa, que dizem que poderá ser descendente do sepultado e Almoxarife de Silves o João Gramaxo, devido ao facto de que ela e a família não têm processos de judaísmo e devido ao documento que ele diz que o sobrenome deverá se manter apenas pela via feminina que é o caso, mas se não for descendente dele algum destes irmãos deverá ser descendente, também existe um documento de um apadrinhamento, da neta de Francisca Gramaxo da Lagoa, a Catarina Gramaxo também da Lagoa, que quem apadrinhou foi um tal João Martins Gramaxo de Portimão que estava ausente nas índias, que dizem que é descendente do Almoxarife de Portimão o Jorge Gramaxo.

Até agora é as notícias que tenho.

Cumprimentos,
Mauro Rúben.

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#436486 | roberto lopes | 23 set 2021 13:48 | Em resposta a: #435300

Caro Mauro Rúben,

Estou particularmente interessado no estudo dos Gramaxos de Lagoa, é uma família que estudo há imensos anos e graças a isso acabei por apaixonar-me por genealogia.

Os Gramaxos/Gramachos também os encontro com a grafia mais antiga de Garamacho, estou totalmente convencido de que se tratam de uma mesma familia portuguesa, apesar de existirem também com o apelido Gramajo em Espanha e na América Latina, julgo que os Gramaxos de Portimão perseguidos pela Inquisição, foram os que muito provávelmente deram origem aos Gramajos espanhois.

Sei também, que os Gramaxos de Portimão eram mercadores e estiveram nas Índias de Castela, Madrid, Sevilha, Roma, Nápoles...isto para citar alguns lugares donde aparecem mencionados nos processos de Inquisição!

No Convento de Santa Mónica (julgo que que se referem ao de Nápoles) e no Convento de Nossa Senhora do Carmo em Lagos encontrei freiras professas e religiosos a professarem na dita ordem.

No âmbito documental, em termos de Processos de Santo Ofício e também nos assentos paroquiais quer de Portimão, quer de Lagos, confirmo que são todos membros da mesma família e descendentes de Jorge Gramaxo que foi Almoxarife em Portimão.

Em relação aos Gramaxos de Lagoa, como sabemos, não foram perseguidos pela Inquisição, mas tenho documentado um assento de baptismo em Lagoa de uma neta de Francisca Gramaxa, em que um tal João Martins Gramaxo, mercador foi de Portimão a Lagoa baptizar a referida neta! Serão certamente parentes, mas com a diferença que os Gramaxos de Lagoa não foram incomodados pela Inquisição.

Os Gramaxos são x-velhos na sua origem, o que sucedeu no Algarve foi que os filhos do Jorge Gramaxo e Leonor de Sousa, apesar de também serem x-velhos casaram com mercadores x-novos:
- Isabel Gramaxa, x-velha cc Álvaro Gomes, mercador x-novo: com muita descendência em Cádiz, donde foram moradores.
- Inês Gramaxa, x-velha cc Luís Fernandes, mercador x-novo: deixou descendência em Portimão e Lisboa.
- Álvaro Gramaxo, x-velho cc Espanha D. Estefânia s.m.n.

Os Gramaxos de Lagoa, caso tenham alguma relação de parentesco com os Gramaxos de Portimão/Lagos seria por via de um tio ou tia do Jorge Gramaxo, Almoxarife de Portimão.

Um caso, que penso que devo mencionar é o do Capitán Gramajo (Capitão Jorge Fernandes Gramaxo mercador de Portimão), que mandou fazer uma lápide de três toneladas em mármore italiano com as armas plenas dos Gramaxos na Cartagena das Índias:

Veja a seguinte notícia:

https://www.eluniversal.com.co/suplementos/facetas/secretos-de-una-lapida-de-1626-en-cartagena-252456-LVEU363181?fbclid=IwAR0EOALvjTdoXA8nr1HfkmAvy2NC631PSJMbZm0Q7wTnSdEToymBuJjI5Fc

E tenha em conta a seguinte biografia:

[...] Toda a sua família fora presa pelo Santo Ofício, talvez por isso ele tenha partido para as Índias, à semelhança do que fizera seu tio, Álvaro Gramaxo, em 1583 [10 ANTT, Inquisição, Conselho Geral, Papéis avulsos, Maço 7, doc. 2618]
Segundo o informador do Santo Ofício da Inquisição de Évora, Jorge teria partido de Portimão cerca de 1588. Pelas suas declarações nos vários processos fiscais e judiciais que lhe foram movidos, sabemos que chegou a Cartagena das Índias em 1590, após uma arribada forçada a Santo Domingo. De Lisboa parece ter ido a Cabo Verde e ao Brasil, já envolvido no trato negreiro. Morreu, doente, na véspera de S. João do ano de 1626, com mais de setenta anos de idade.[...]

Fontes: "Os Gramaxo. Um caso paradigmático de redes de influência em Cartagena das Indias" de Maria da Graça Ventura, publicado em 2001 nos "Cadernos de Estudos Sefarditas - Ciclos de Conferências 2000 N1" da Catedra de Estudos Sefraditas.

Isto significa a meu ver, que os Gramaxos mercadores x-novos de Portimão descendiam do Jerónimo Martins Gramaxo.

Os Gramaxos de Lagoa, como podemos verificar pela sua genealogia documentada: a Francisca Gramaxa teve uma filha e uma neta chamadas Margarida Gramaxa, o mesmo nome de uma das filhas legitimadas do Cónego da Sé de Silves, isto não significa que sejam descendentes desta Margarida Gramaxa directamente, pode ser através de um irmão ou irmã.

Temos também uma outra fonte muito importante: A Capela dos Gramaxos e o testamento de João Gramaxo que fez testamento onde refere a existência de 3 filhos e de um irmão, sendo testemunha o seu sogro o Cavaleiro João de Óbidos.
Como o testamento refere claramente que, se nenhum dos três filhos ou o irmão aceitassem a administração da capela que pretendia fundar, seria feito pregão pelas ruas e praças de Silves facilmente conclui-se que Jorge Gramaxo não seria seu filho. Fontes: Nuno Inácio.

Pela existência deste testamento, percebe-se que tanto o Bartolomeu Gramaxo como a irmã Margarida Gramaxa, ambos perfilhados pelo Jerónimo Gramaxo, Cónego da Sé de Silves, não eram vivos!

Parece ser que só existiram dois filhos que vingaram em termos de descendência, o João Gramaxo e o Tomé Gramaxo: como sabemos o nome dos filhos que teve o João Gramaxo, o Jorge Gramaxo só poderá ser filho do irmão deste, sendo portanto seu sobrinho.

Em relação aos Gramaxos de Leça de Palmeira, tenho documentado o seguinte: [...] Na obra: "Inquisición y judaizantes en América española (siglos XVI-XVII)" de Ricardo Escobar Quevedo, Jorge Fernández Gramajo, el converso que podía "destruir las Indias" consta como sendo parente de Amador André Gramajo, Domingo André Gramajo y Lorenzo André Gramajo portugueses que formavam parte do comércio negreiro. Sabendo que Jorge Fernández Gramajo nasceu em Portimão por volta de 1556 e que João André Gramaxo veio do mar não sei donde viver para S. Miguel da Palmeira e teve pelo menos um bisneto Domingos André Gramaxo n. S. Miguel da Palmeira 10/10/1597 filho de Pantaleão Rodrigues e de Leonor André Gramaxo (neta materna do João André Gramaxo) parece não haver muitas dúvidas em relação às ascendências dos Gramaxos de Leça de Palmeira, a cronologia e o parentesco entre Jorge Fernández Gramajo (bisneto de Jorge Gramaxo e de Leonor de Sousa) com os André Gramajo era conhecido nas Indias e sendo assim a origem será concerteza nos Gramaxos de Portimão.[...]

Sabemos por esta fonte que os "André Gramajo" portugueses tratavam-se por parentes com o Capitán Jorge Fernandez Gramajo, que tal como o referi acima era mercador e de Portimão!

Por outro lado: [...] Diogo Martins Gramaxo, era casado com D. Ana Selrrique, filha de João Piper de origem Flamenga. Na sua vida renova o prazo do Casal da Granja por 3 vidas, principiando-se então a denominar-se “Quinta de Barreiros”.
Destaca-se posteriormente um seu filho, D. Diogo de Andrade Gramaxo. Nasceu a 18 de Agosto de 1676, filho de Diogo Martins Gramaxo e de sua mulher D. Ana Selrriqua, na freguesia de S. Nicolau, Porto, foi batizado a 25 de Agosto. Formado na Faculdade dos Sagrados Cânones da Universidade de Coimbra. Foi-lhe concedida Carta de Brasão em 20 de Maio de 1718 com as armas dos GRAMAXOS, por El Rei D. João V.[...]

Fontes: https://www.fundacaogramaxo.pt/historia-da-familia-gramaxo/2/

Ora nesta carta passada em Lisboa aos 21 de Julho de 1724 consta nas genealogias mais antigas sem chegar a fazer uma ponte directa, mas que diz o seguinte: [...] Nos Registos del Rey D. Aff.º 3º se acha Hieronimo Gramaxo Conego de Silves, vejo q. se continuou esta familia deste o tempo del Rey D. Pedro 1.º até ao Rey D. Joaõ o 2.º e nos seculos mais vizinhos ao nosso se achaõ nos livros cazamentos de pessoas desta familia q. tinhaõ Nobreza e limpeza [...].

Isto foi como digo depressa e correndo, estarei atento às suas mensagens!

Com os melhores cumprimentos,

Roberto Lopes

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#437057 | Mauro Rúben | 15 out 2021 14:57 | Em resposta a: #436486

Caro Roberto Lopes.

Agradeço-lhe muito por toda a informação que conseguiu, muito útil na verdade, e sim já que existe essas provas, conclui-se facilmente que os Gramaxos da Lagoa eram parentes dos de Portimão, até por que eu desse ramo de Gramaxos posteriores, têm os nomes João Martins Gramaxo, e a neta de Francisca Gramaxo, foi apadrinhada por um também João Martins Gramaxo de Portimão descendente de Jorge Gramaxo, era portanto um parente ou sobrinho da avó, já que a avó já tinha o apelido Gramaxo, qualquer das maneiras pertenciam tantos os da Lagoa como os de Portimão à linhagem dos Gramaxo.

Existe também um dado interessante que um genealogista publicou, em que diz que o João Gramaxo, Almoxarife de Silves, disse que seu apelido só se deveria seguir por via feminina, esse genealogista diz que é provável que a Francisca Gramaxo seja descendente direta dele, até por que ela e os seus descendentes não tinham processos de inquisição, mas pronto isso ainda não está provado que ela seja descendente direta dele.
Fui pesquisando mais documentos, e soube de um documento que diz que esse João Gramaxo, foi preso por 2 anos em Ceuta, por que espancou a criada, e voltou a assumir o cargo de Almoxarife depois de estar preso.

O facto de alguns Gramaxos terem sido perseguidos pela inquisição, não significa que essas pessoas que eram cristão novos, tinham ascendência total de cristãos-novos, tenho pesquisado muito sobre o assunto, e li vários documentos da torre do tombo, e conclui que muitos que praticavam judaísmo tinham apenas 1 ou 2 antepassados que eram cristão novos, e para além do mais várias famílias Nobres Portugueses e Europeias, têm um ramo ou outro de cristão novos.

Achei essa informação que me deu sobre o Hierónimo Gramacho do tempo de D. Afonso III, muito interessante, por que tenho pesquisado bastante sobre o Fernão Rodrigues Gramacho, Fidalgo de Évora, estima-se que nasceu entre 1245 e 1300 ital, que parece mesmo ter sido o primeiro a usar o brasão de armas, repare-se que o João Gramaxo de Silves usava o mesmo brasão de armas do que ele, e mais tarde o João Fernandes Gramaxo também as usava, o Almoxarife João Gramacho é referido e assina também como João Gramacho em um documento da torre do tombo.

Como já era de esperar as datas das linhagens medievais não são totalmente fiáveis, não só na genealogia dos gramaxos, como também de quase todas as outras famílias, referem apenas datas aproximadas, é provável mesmo até que o filho Rui Gramacho e neto Rui Gramacho, tenham nascido em épocas muito anteriores que aquelas que são amplamente aceites.

Com os melhores cumprimentos,

Mauro Rúben.

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#437059 | Mauro Rúben | 15 out 2021 15:58 | Em resposta a: #437057

Queria ainda dizer que esse suposto primeiro que usou o brasão de armas da família, o Fernão Rodrigues Gramacho, que falei na mensagem anterior, nem sequer aparece no livro da Chancelaria de D. João I, portanto acho que é mais um erro genealógico do Felgueiras Gayo, o que é normal por que o livro dele foi escrito no século 19, e não se sabia de tudo como é obvio, enfim é um livro cheio de erros genealógicos que foi doado à Santa Casa da Misericórdia, onde ele trabalhava, se formos ler os livros de linhagens dos primeiros existentes em Portugal até 1600 ital, as genealogias não variam muito, enquanto no felgueiras gayo muda bastante e têm diversos erros genealógicos e biográficos, que até genealogistas mais entendidos na matéria, referem muito isso e fazem esse tipo de comparações.

Em uma coisa na linhagem dos Gramaxos ele pode ter acertado, o Fernão Rodrigues Gramacho parece ter sido o primeiro que se têm conhecimento, e o primeiro a usar esse brasão de armas da família, mas ele para ter nascido entre 1200 ital e 1300, não é do tempo de D. João I, mas sim anterior a ele, e o filho e neto também.

Com os melhores cumprimentos,
Mauro Rúben.

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#437115 | roberto lopes | 18 out 2021 20:51 | Em resposta a: #437057

Caro Mauro Rubén,

Estou com o telemóvel agora e as dificuldades para escrever são muitas, mas mesmo assim irei citar-lhe de memória alguns pormenores que foram fruto das minhas investigações!

A Francisca Gramaxa, dita de Lagoa era alfinal natural de Portimão, sei disto porque localizei o óbito nos paroquiais de Portimão: foi enterrada na igreja da vila + 02/07/1600 (imagem 484) e por outro lado, já o nosso confrade Nuno Inácio havia localizado o casamento e nascimento de um filho da Francisca Gramaxa, um tal Sebastião Correia, curiosamente o mesmo nome do suposto genro do João Gramaxo de Silves que "Substituiu no cargo a João Gramacho que ao mesmo renunciou, conforme instrumento de renúncia passado pelo tabelião do lugar, Diogo Rebelo, em 20 de Junho de 1502. Francisco de Matos a fez."

Se assim for a linha viria pela Isabel Gramaxa - filha do João Gramaxo que foi a imediata sucessora da Capela dos Gramaxos e com obrigação de o apelido Gramaxo seguir na sua descendência - segundo o testamento do João Gramaxo que deixou tudo muito bem atado.

Em relação aos Gramaxos de Portimão, não me deixa de causar alguma "estranheza" o facto de não existirem Jerónimos nem Tomés nas suas descendências, nem sequer há Margaridas!!!

Existe sim um dos netos do Jorge Gramaxo chamado Fernão Gil ou Fernão Álvares Gramaxo. Ora esta pista é bastante significativa e diría com algum atrevimento que o Jorge Gramaxo possa ser neto do Fernão Gil Gramacho de Arraiolos, que foi um antigo administrador de uma Capela na igreja de Coruche.

Eram 1/2 cristãos novos, sem dúvida os netos do Jorge Gramaxo de Portimão pelos casamentos que fizeram as filhas com os mercadores cristãos novos.

São mais de 20 processos aquém e além fronteiras!

Os Gramaxos de Lagoa muito mais tarde já no séc. XVIII unem-se aos descendentes dos Gramaxos de Portimão pela linha dos Fragosos, mas no periodo mais remoto só temos a tal apadrinhamento...

Há uma relação de parentesco com uma tal Aldonça Fernandes com processo no Sto Ofício e não tem nada a ver com Lagoa, digo e afirmo: os Gramaxos de Lagoa eram intocáveis pelo Santo Ofício.

Tenho dúvidas de que fossem primos, serão certamente parentes com um parentesco lá para o 4.° grau.

Sei da existência de uma Magdalena Gramaxa de Portimão contemporânea da Francisca, outra intocável...

Só resta-nos verificar agora as Capelas da Corôa para unir o que nos falta que são umas duas gerações.

Mas em principio os Gramaxos de Lagoa descendem dos de Silves: Sebastião Correia, Margarida Gramaxa... Os mesmos nomes!

Com os melhores cumprimentos,

Roberto Lopes

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#437122 | Mauro Rúben | 19 out 2021 16:38 | Em resposta a: #437115

Caro Roberto Lopes.

Muito úteis as suas investigações amigo, informações muito importantes, agradeço-lhe muito por isso, por que é de facto uma família muito difícil de estudar.

Percebi que o amigo é interessado também em outras famílias algarvias, algumas que tenho estudado muito bem durante estes meses, e que tenho informações e provas muito úteis e importantes sobre algumas delas, vou deixar aqui o meu email para podermos falar melhor: marspluto125@gmail.com

Com os melhores cumprimentos,

Mauro Rúben.

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#437742 | Mauro Rúben | 23 nov 2021 03:07 | Em resposta a: #437115

Caro Roberto Lopes,

Bem achei um livro de genealogia, chamado "Livro da Gerações Nobres deste Reino de Portugal", em que aparece os Gramachos Algarvios, aparece o Jerónimo Gramacho o cónego de Silves, e ainda aparece o tal Jorge Gramacho, são todos da mesma família, e segundo o conde d. pedro, que mencionado no livro, o primeiro chamava-se Pedro Anes Gramacho que viveu no tempo de D. Pedro I de Portugal, depois aparece como filhos deste, um Rui Lourenço Gramacho, que viveu em Évora e teve como filhos Fernão Gil Gramacho, que foi Almoxarife, e outro Pedro Anes Gramacho, e estes viveram em Évora, a partir deste Pedro Anes Gramacho, segue a linhagem do Algarve, o Jerónimo Gramacho Cónego de Silves, irmão de outro Fernão Gil Gramacho de arraiolos do tempo de D. João II, e irmão de Isabel Gramacha, que casou com Lopo Esteves de Bulhões, no entanto a linhagem só segue apenas através de Jerónimo Gramacho, Cónego de Silves, neste livro, que deixou descendentes no Algarve, se quiseres envio te o link do livro, dá para ler online.

Cumprimentos,
Mauro Rúben.

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#437745 | Mauro Rúben | 23 nov 2021 12:03 | Em resposta a: #437115

Penso que essa Francisca Gramaxa, juntamente com outras que parecem ser as mesmas de Portimão, são referidas como tias paternas em um processo de inquisição em arraiolos, pelas datas parecem ser elas, o avô deve ser o Fernão Gil Gramaxo de arraiolos que deve ter casado com uma cristã nova, ele irmão do Cónego de Silves, Jerónimo Martins Gramacho.

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#437749 | Mauro Rúben | 23 nov 2021 14:50 | Em resposta a: #67042

Qualquer das maneiras, as genealogias apresentadas são um bocado complexas e têm que se ver com cuidado, sobre o João Gramacho, diz no livro que é a obrigação do apelido Gramacho passar para os descendentes, no entanto diz que os filhos morrerão pequenos, da parte do irmão dele um Bartolomeu Gramacho morador em Silves é que se continua a genealogia, uns que foram para as índias, alguns Almoxarifes e Capelões etc e etc, parecem ter também os mesmos nomes dos que aparecem nos processos de inquisição de Arraiolos no Alentejo.
Sobra no entanto a irmã do João Gramacho, a Margarida Gramacha que pode ter deixado descendência, pensava que o Fernão Gil Gramacho irmão do Cónego de Silves que foi para Arraiolos, tinha deixado descendentes, mas afinal num documento da Torre do Tombo, diz que não deixou descendentes.

Só sei que o Pai do Jerónimo Martins Gramacho, Cónego de Silves, e os irmãos dele, uma Isabel Gramacha, e o Fernão Gil Gramacho, eram filhos de um Pedro Anes Gramacho, tinha o mesmo nome que o seu avô, este Pedro Anes Gramacho pai destes, casou com uma mulher com o apelido de Bulhão, mãe destes.

Vou deixar aqui o Livro, para ver se entendes melhor as genealogias apresentadas, é que os nomes muitas vezes são parecidos e alguns iguais como nos descendentes como também nos ascendentes, e por isso baralha-me um bocado.

Livro das Gerações Nobres deste Reino de Portugal - Titulo Gramachos - Letra G - tiff 587
https://digitarq.arquivos.pt/details?id=6041545

Cumprimentos,
Mauro Rúben

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#437751 | Luis K. W. | 23 nov 2021 16:33 | Em resposta a: #437749

Caro Mauro Rúben,
Também descendo desses Gramaxo.
Obrigado pelo "Livro de Gerações Nobres..."
Vou levar algumas semanas a tentar decifrar algumas das SUAS frases (exemplo: "o Pai do Jerónimo Martins Gramacho, Cónego de Silves, e os irmãos dele, uma Isabel Gramacha, e o Fernão Gil Gramacho, eram filhos de um Pedro Anes Gramacho, tinha o mesmo nome que o seu avô, este Pedro Anes Gramacho pai destes, casou com uma mulher com o apelido de Bulhão, mãe destes").
Cumprimentos,
Luís K. W.

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#437770 | Mauro Rúben | 24 nov 2021 20:49 | Em resposta a: #437751

Caro Luís,
Obrigado, é um prazer ajudar, o título e biografia do livro diz o seguinte: “LIVRO DAS GERAÇÕES NOBRES DESTE REINO DE PORTUGAL JUNTAS E TRASLADADAS DE DIVERSOS AUTORES E ACRESCENTADAS POR DOCUMENTOS FIDEDIGNOS NESTE ANO DE 1719 POR BERNARDO PIMENTA AVELAR PORTOCARRERO, SECRETÁRIO DOS FILHAMENTOS, MOÇO DO GUARDA ROUPA DO SENHOR REI D. JOÃO V, CAPITÃO-MOR DE TOMAR”

Penso que foi um achado muito útil, para as famílias dos Gramachos, até por que pelo que se lê nesse livro, os do Algarve descendem todos desses Gramachos, por uma via ou por outra, visto que são dos primeiros da família e por isso estão na origem dela, a continuação genealógica nesse livro é feita através dos filhos Jerónimo Martins Gramacho, Cónego de Silves, mas ele também teve irmãos, filhos, netos etc, ele até teve um neto, com o mesmo nome dele que viveu em Silves.

Para entender melhor, o tal Jerónimo Martins Gramacho e os irmãos dele, eram filhos de um Pedro Anes Gramacho que casou com Mor Afonso de Bulhão, o Mor não aparece nesse livro apenas aparece unicamente Afonso de Bulhão, mas segundo alguns genealogistas o nome Mor confirma-se, segundo alguns dizem que esta família Bulhão, supõe-se aparentada com Fernando de Bulhões, nome de batismo de Santo António, de Lisboa, de Pádua.

Sobre a genealogia em si, os nossos Gramachos de Lagoa e de Portimão, descendem claramente, das duas uma, ou do Jerónimo Martins Gramacho, ou dos irmãos dele, que inclusive até teve uma irmã, chamada Isabel Gramacha, e teve filhos, netos etc, que viveram no Algarve, dos outros irmãos não se sabe a descendência, mas com certeza tiveram alguma.

Penso que existe um dado curioso, é visto tanto nos Gramachos da Lagoa como nos de Portimão, alguns usarem os apelidos Martins Gramacho, que era o mesmos nomes desse Jerónimo Martins Gramacho, o cónego, que li também outros documentos da época em que aparece assim o nome dele, o sobrenome Gramacho, como esta escrito nesse documento, escreviam das duas maneiras, Gramacho ou Gramaxo.

Eu por exemplo descendo da Francisca Gramaxa que casou com Martim Dias em Portimão, que até agora pensava-se que ela era natural da Lagoa, mas afinal era de Portimão, e teve um filho Sebastião Correia, Margarida Gramaxa etc, dizem alguns e é muito provável tanto pelos nomes, como também pelo local, que descendem dos de Silves, já que o João Gramaxo não deixou descendência viva, mas teve herdeiros, os filhos do irmão dele Tomé Gramaxo, ficaram com a herança, segundo li em alguns documentos oficiais, eu inclusive achei outras Franciscas Gramachas em processos, uma delas em Arraiolos, no entanto não é minha antepassada, mas acho curioso, que muitos membros da família têm até os mesmos nomes, repetidamente, durante gerações.

E os outros Gramachos de Portimão embora tenham casado com Cristãos-Novos, também devem ser claramente descendentes dos Gramachos originais, por alguma dessas vias que referi, já que é sabido que João Fernandes Gramacho, natural de Portimão que foi para as índias, mandou fazer o Brasão de Armas da Família Gramacho, e o Jorge Gramaxo, Natural de Portimão foi Almoxarife de Silves.

Muitos membros da família como se sabe pelos registos, e agora com esse livro, que muitos foram para as índias, outros eram Fidalgos, outros Capitães de Naus etc, Almoxarifes então existe muitos mesmo nesta família ao longo de gerações, é uma família que têm uma história interessante, de maneira geral na minha opinião.

Cumprimentos,
Mauro Rúben.

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Gramaxos de Portimão

#437855 | Mauro Rúben | 30 nov 2021 11:35 | Em resposta a: #67042

Caros Confrades

Espero que esteja tudo bem.

Venho divulgar mais um dado que pode ser importante, diz nesse livro que além do testamento a Tomé Gramaxo, este Tomé Gramaxo irmão de João Gramaxo ou João Martins Gramaxo, herdou do seu irmão uma capela e um morgadio em Lagoa, Estombar, que depois passou para a posse do seu sobrinho Bartolomeu Gramaxo.

Sabemos pelos registos oficiais, que árvore dos Gramaxos da Lagoa só têm documentos oficiais, até um João Martins Gramaxo, é provável que sejam descendentes destes, e já que não têm processos de inquisição, parece que a suposição do amigo Roberto Lopes, pode estar certa.

Cumprimentos.

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Gramaxos de Portimão

#437877 | roberto lopes | 01 dez 2021 16:30 | Em resposta a: #437742

Caro Mauro Rúben,

Em primeiro lugar, quero pedir-lhe imensas desculpas por somente agora puder responder-lhe! Acho que o seu contributo para o estudo desta nossa família que também é sua tem sido muito positivo, felicito-o por isso, quero que saiba que desconhecia por completo a existência dessas genealogias manuscritas: "Livro da Gerações Nobres deste Reino de Portugal" em título de Gramachos do conde D. Pedro e concerteza não serei o único e o Mauro veio trazer à luz algo que procurava há várias décadas que são nada mais, nada menos que as ascendências e descendências devidamente documentadas do Jerónimo Gramaxo, cónego da Sé de Silves.

Pelo que li, apesar de serem genealogias manuscritas, são baseadas em documentos fidedignos existentes na Torre do Tombo, o que é muito bom sinal, pois gosto que as coisas sejam sérias, apesar de termos de "jogar" ainda com algumas suposições, quanto mais informação possamos reunir, mais possibilidades poderemos eliminar e iremos aproximando-nos cada vez mais da direcção correcta.

Encontro no entanto algumas coisas que não me convencem totalmente, por exemplo: o conde D. Pedro disse que os filhos do João Gramaxo falecerão pequenos, é impossível, prova disto é o testamento do João Gramaxo, pois vejamos: "... João Gramaxo foi exigente em relação aos preceitos religiosos, encomendando duas missas por semana por sua alma enquando o mundo duarar. As exigências continuaram em relação à terça destinada à construção da capela, doada à filha, ou com quem ela casar e que somente andará na dita sua filha e nos que dela descenderem para sempre deixando claro que a terça não podia ser vendida, trocada nem escambada nunca; e isto, também, até ao fim do mundo. Mas o velho cavaleiro devoto impôs mais outra condição: os seus netos, por parte da filha, teriam de manter sempre o apelido Gramaxo, obrigando-se igualmente a herdeira a concluir a igreja de São Braz por ele mandada construir.
Numa atitude que, aprentemente, ia contra a tradição da varonia, desconhece-se porque João Gramaxo deixou esta imcubência à filha e não a um dos dois filhos, Jerónimo e Thomé. De qualquer modo, refere o testamento, se a filha não cumprisse o encargo, seria Jerónimo Gramaxo a herdá-lo, e, se este também não o cumprisse, caberia a Thomé o encargo da última vontade do patriarca..." Fontes: Vozes da Pedra, Tunulária e Armaria da Sé Velha de Silves de João Vasco Reys, pág. 72.

A leitura que faço é que muito prvávelmente os irmãos da Isabel Gramaxo faleceram pequenos por um lado e por outro julgo que ela não cumpriu com o encargo, o que explicaria a administração da Capela dos Gramaxos pelo seu tio Thomé Gramaxo, que curiosamente viveu em Lisboa e lá faleceu sendo enterrado na Igreja do Convento do Carmo da mesma cidade.

Por aqui já podemos descartar o João Gramaxo casado com Ana Taborda e o Thomé Gramaxo falecido em Lisboa como hipotéticos ascendentes dos Gramaxos algarvios, só temos dois candidatos, o Bartolomeu Gramaxo que foi legitimado em 1486 sendo cav.º Fidalgo casou em Coimbra cujas descendências expandem-se para outras regiões do país salvo o filho primogénito Jerónimo Gramaxo que viveu em Silves, também descartaria este candidato, a única que tem possibilidades de ser nossa ascendente é a Margarida Gramaxa, legitimada em 1487 muito provávelmente casou com Sebastião Correia que "Substituiu no cargo a João Gramacho que ao mesmo renunciou, conforme instrumento de renúncia passado pelo tabelião do lugar, Diogo Rebelo, em 20 de Junho de 1502. Francisco de Matos a fez." eu julgava que este Sebastião Correia seria genro do João Gramaxo, mas devia era de ser cunhado, as peças já começam a encaixar finalmente o que explicaria a existência de dois irmãos: um Sebastião Correia e uma Margarida Gramaxa como filhos de Francisca Gramaxa, parece-me bastante plausível que a nossa linhagem venha por esta via.

Ainda sobre o Bartolomeu Gramaxo o João Vasco Reys no seu livro, na pág. 73 faz referência a um tal Bartolomeu Gramaxo, que levou do Algarve um navio com 80 homens para defender Mazagão em 1562. Será concerteza o irmão do João Gramaxo, a cronologia assenta que nem uma luva.

Em relação ao Jorge Gramaxo, que foi Senhor da Casa e Morgado de seu pai casada com Ana Brandão não pode ser o mesmo que o homónimo Jorge Gramaxo, que foi Almoxarife de Portimão, pois era duas gerações mais novo. O Jorge Gramaxo mais velho sempre pensei que pudesse ser sobrinho do João Gramaxo, mas tendo em conta os novos dados, e sabendo que tanto o Thomé como a Margarida Gramaxa foram legitimados muito mais tarde que o João Gramaxo, acho que é contemporâneo desta irmandade, será primo irmão deles, porque irmão sabemos que não era, o Fernão Gil Gramaxo que viveu em Arraiolos não teve descendentes, só sobra a Isabel Gramaxa como candidata, para além destas suspeitas, sabemos que o Jorge Gramaxo de Portimão teve uma filha Isabel Gramaxa e um neto Fernão Gil...

Sobre a Francisca Gramaxa de Arraiolos, poderia ser interessante verificarmos os dados que contêm a genealogia, mas estou convencido que nada têm a ver com a nossa.

Com os melhores cumprimentos,

Roberto Lopes

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